9 de jun. de 2013

Capítulo 14- Uma surra é sempre uma surra.




De repente me dou conta que, apesar de todo poder que conquistei, ainda não tenho aquele que mais gostaria: o poder de congelar o tempo quando estou com ela. Quando relaxamos depois de uma trepada fenomenal, é como se o mundo exterior não existisse e meu interior fica completamente leve, relaxado, com os monstros que me incomodam em silêncio, dando uma trégua...
Ela está deitada no meu peito, exausta depois do gozo e eu fico curtindo o aroma dos seus cabelos. Eles têm um cheiro suave, adocicado, muito bom de sentir. Fico em silêncio, respirando calmamente, eternizando estas sensações já que não sei quanto tempo poderei conservar isso tudo. Sei que assim que ela realmente me conhecer, com certeza vai desistir, além de saber também que não consigo dar o mais que ela quer e que realmente merece. Não gosto de dividir este pensamento secreto nem comigo mesmo. É altamente incomodante e desafiante.
Ela se aninha mais ainda e este maldito pensamento me dá um tempo. De repente, sinto um toque suave no meu tórax e num rápido impulso agarro sua mão, evitando que ela continue. Suavizo o gesto puxando sua mão para minha boca e docemente beijo seus dedos. Rolo sobre ela e a encaro nos olhos.
— Não faça! — Murmuro e então a beijo ligeiramente.
— Por que você não gosta de ser tocado? — Ela indaga frustrada.
— Porque... Bem, porque sou cinquenta vezes fodido, de cinquenta maneiras, cinquenta tons diferentes Anastasia.
Minha honestidade a desarma completamente. Ela pisca para mim, querendo entender.
— Tive um começo de vida muito duro. Não quero carregar você com os detalhes. Só não faça. Não me toque. — Roço meu nariz contra o dela, e então me retiro de dentro dela e me sento.
— Acredito que já percorremos todos os pontos básicos. Que tal? — Estou contente com os desfechos desta noite. Apesar do estresse da negociação com a Srta Teimosia, devo admitir que nos saímos muito bem.
Ela vira a cabeça para um lado, como eu faço, e sorri para mim, mas não é um sorriso natural, me parece triste e diz em seguida.
— Se você acha que conseguiu me iludir ao fingir que me concedeu o controle, bem, você não levou em conta minhas boas notas. — E sorri timidamente. —Mas obrigada pela ilusão.
— Srta Steele, você não é só um rosto bonito. Você teve seis orgasmos até agora e todos eles pertencem a mim. — Ostento minha conta, brincalhão e completamente orgulhoso.
Ela ruboriza e pisca ao mesmo tempo, isso me faz pensar que tem algo a me dizer, mas não tem coragem. Aperto as sobrancelhas e questiono com voz firme.
— Você tem algo para me dizer?
Ela faz uma careta de incerteza, mas toma coragem e fala.
— Eu tive um sonho esta manhã.
— É? — Eu olho curioso para ela, doido para saber.
— Gozei dormindo. — E lança um braço acima de seus olhos, morrendo de vergonha da confissão.
Eu me divirto e não digo nada esperando sua reação. Ela espia por debaixo do braço enquanto eu pergunto.
— Dormindo?
— Quando gozei, acordei.
— Tenho certeza que acordou. Estava sonhando com o quê? —Esta confissão começa a esquentar e a me animar. Entro no clima e dou corda para que ela continue.
— Você.
Ela lança o braço acima de seus olhos novamente como se fosse uma criança se escondendo de mim. Eu faço a linha durão. —Mas você está ficando durão mesmo, Grey!
— Anastasia, o que eu estava fazendo? Não vou perguntar de novo.
— Você estava usando um chicote de montaria.
Sensacional! Fico atônito com a revelação e salto sobre ela movendo seu braço para ver seu rosto.
— Verdade? É sério?
— Sim. — Ela está escarlate.
— Ainda há esperança para você, Baby! — murmuro em combustão. — Eu tenho vários chicotes de montaria.
— De couro trançado marrom?
Eu rio ao ver que ela me entrega até o modelo. —Uau, fetiches Srta Steele? Gosto muito!
—Não, não tenho este modelo, mas posso conseguir um tranquilamente. — Meus olhos brilham de excitação. —Ah, seu sonho é realizar o sonho dela, não é Grey?
Dou-lhe um breve beijo, antes que esta conversa me excite ainda mais. Olho rapidamente no relógio, já são nove e quarenta e Taylor está lá fora me esperando, preciso ir. Visto minha cueca e começo a vestir o resto de minha roupa. Ela sai da cama também e pega sua calça de moletom e uma camiseta. Depois senta de volta na cama, cruza as pernas e fica me assistindo. Eu pergunto algo tem me incomodado.

Capítulo 13- Presente de Formatura



Fico afoito com as possibilidades de estar com ela novamente e muita criatividade começa a aflorar em meu subconsciente. Peço a Taylor que busque o melhor champanhe do hotel e retorne para sairmos.
Imprimo seu e-mail e a lista que será negociada. Coloco-os no bolso da jaqueta. Hoje finalmente chegaremos a um acordo sobre nossa relação.
Estou me preparando para sair quando meu BlackBerry toca.
— Ah, minha princesa! Que saudades de você!
—Oi Chris! Eu também estou doida par te ver. Estou sabendo das novidades!
—Mia... Mia... De que novidades exatamente você está falando?
—A novidade mais “novidadeira” do planeta: meu irmão lindo, maravilhoso, cheiroso, gostoso, Chris desencalhou!
— Ah, já sei foi o fofoqueiro do Elliot que te contou, não foi?
— Poxa, Chris, deixa de ser bobo! Estou tão feliz com esta novidade.
— Sim, estou conhecendo melhor Anastasia Steele, vamos ver se será namoro ou não.
— Deixa de ser tímido, Chris. Um gato como você pode conquistar a mulher maravilhosa que quiser e eu estou doida para conhecê-la.
— Muito bem, querida! Você vai conhecê-la pessoalmente. Eu te esperarei no aeroporto no sábado. Seu voo chegará a que horas?
— Vai chegar às sete horas. Se prepare Chris, eu vou te agarrar e beijar muito.
— Vou cobrar querida. Vamos matar esta saudade.
— Sim, dar adeus a Paris não está sendo fácil, mas voltar para casa é ainda melhor.
— Estamos todos em festa com seu retorno, Mia!
— Bem... Festa vocês farão ao abrir os presentes maravilhosos que eu comprei para todos.
— Ah, imagino! Aliás, posso te buscar com meu carro ou seria melhor contratar um caminhão de mudanças?
— Chris! Não comprei quase nada, quer dizer... Não comprei tudo o que queria.
— Ah, faço ideia Mia. Se eu não te conhecesse tão bem...
— São apenas algumas bagagens, seu carro será perfeito. Mas me conta, Chris. Eu não aguento até sábado, ela é bonita? Você está beijando muito?
— Mia, controle-se! Espere até sábado. Mas já adianto uma coisa, ela não é bonita.
— Não? Chris, como assim?
— Bonita é pouco. Ela é linda Mia, linda! Você vai adorar.
— Oba! Assim que eu gosto. Até sábado então, Chris.
— Até, querida. Boa viagem. Beijos...
— Até, dois beijos e cinco mordidas!
— Tchau, Mia. Boa noite!
Ela desliga o telefone. Mia, minha irmã mais nova. Tão alegre, divertida, jovem e linda com seu corpo esguio e cabelos escuros. Sou seu fã, ela é minha princesa. Minha irmã amada e querida. Estou feliz com seu retorno ao lar e sei que sábado será o dia de ouvir muitas e muitas histórias.
A campainha toca. É Taylor me chamando para sairmos.
— Pronto Sr Grey. Consegui esta Bollinger bem gelada, no ponto.
— Perfeito Taylor, gosto muito desta.
Vamos saindo da suíte rumo ao elevador. No caminho vamos combinando o que fazer.
— Bem faremos o seguinte, Taylor. Eu dirijo meu carro e você dirige o presente. Deixe estacionado em frente ao apartamento dela.
— Como quiser Senhor.
— Ficarei lá algum tempo. Como está minha agenda para amanhã?
— Bem Senhor, teremos que estar em Seattle às oito horas para a reunião sobre mercados futuros.
— Nossa, tinha me esquecido desta reunião, tão cedo assim?
— Sim Senhor, já está agendada com os executivos há mais de um mês.
— Muito bem, então esteja de volta ao prédio dela às nove horas para me buscar. Assim retorno cedo para descansar e partir ao amanhecer, não quero chegar atrasado.
— Entendido Senhor.
— Ah, e o BlackBerry?
— Será entregue para a Srta Steele amanhã pela manhã, Senhor.
Chegamos aos carros estacionados no estacionamento do hotel.
— Muito bem, é do modelo mais recente?
— O mais moderno Sr Grey, como o Senhor escolheu.
— Perfeito Taylor, então siga-me.