1 de fev. de 2014

Capítulo 16- Jogue e realize um sonho



Estou me preparando para deitar quando recebo uma mensagem:
E aí Grey, desistiu dos treinos?
Está com medo de mais uns chutes no traseiro?
Sou ainda seu professor?
Bastille
Respondo imediatamente.
Medo? Quer provar? Tem horário para amanhã?
Seu ainda aluno, Grey
Claude Bastille, meu treinador, responde:
Está brincando, só se for à dez.
Venha de fraldas para amortecer os golpes no traseiro.
Bastille
Calmamente escolho uma reposta para digitar enquanto fico pensando...—Sei, lá sou fujão e cagão... Cada uma! Só este Bastille para ter esta coragem.
Combinado. Amanhã, às dez.
Tenha lenços higiênicos preparados para limpar as SUAS fraldas.
Tente dormir depois desta- Grey
Começo a acreditar que realmente o universo conspira a favor. Estava precisando de um bom treino para colocar em ordem as energias. Bastille caiu como um luva.
Deito-me, já é tarde. Fico observando o tempo passar em minha cama. A cidade está silenciosa, mas suas luzes parecem refletir meu cérebro em chamas, povoado de pensamentos contraditórios. Adormeço na madrugada.
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Eu não gosto deste escuro eu não gosto deste cheiro. Lá fora há silêncio.
De repente uma luz inunda os meus olhinhos e uma mão magra, cheia de ossos aparentes me tira do armário do castigo.
—Vem, Chris. Ele já foi. Vem comer alguma coisa.
Ela me dá um pouco de mingau que está quentinho. Ela está cheirosa. Seu cabelo está molhado, tomou banho.
—Depois de comer tudinho você vai tomar um banho também.
Eu gosto quando ela está assim. Só comigo. Eu só com ela. Tem dias que ela é carinhosa comigo.
Eu como todo o mingau. Não sei do que é, mais é gostoso. Olho para o lugar onde estavam os pedaços do meu heli... As peças não estão mais lá e meus olhos se enchem de lágrimas. Era meu único brinquedo. Ela diz:
—Eu recolhi aquelas peças. Ele foi duro com você novamente, não foi?
Eu balanço a cabeça afirmativamente.
—Não provoque mais, não desobedeça. Você tem que ser um menino bom, obediente para não ir para o castigo. Eu disse que ele é perigoso.
Eu derrubo algumas lágrimas em silêncio. Ela passa os dedos por meus olhos, recolhe uma lágrima e beija os dedos molhados. Em seguida, me diz:
—Sabe o que eu acho?
Eu arregalo os olhos para ela e espero as palavras. Sempre aproveito os momentos que ela está assim sendo minha mamãe de verdade.
— Eu acho que você vai ser um homem muito bonito, inteligente e poderoso. Eu acho que você vai ter outro helicóptero, branco como este que você tanto gostava, só que ele vai ser de verdade. Vai voar no céu azul, te levando para lá e para cá.
Eu me imagino um homem bem grandão. Bem fortão. Se eu fosse grandão e fortão eu não ia deixar ela apanhar deste jeito. Eu ia socar a cara daquele filho da puta e colocar ele de castigo no armário fedido. Ia ver ele sufocando lá dentro e pedindo socorro também e não ia nem ligar.
Olho para o céu azul que está lá fora e me imagino voando no meu heli de verdade. Eu gosto de imaginar isso. Sorrio para mamãe e ela sorri para mim. Mas eu noto que o sorriso dela é triste. Seu cabelo marrom está tão bonito esta manhã, mas não combina com o olho roxo e a pele amarelada. A mamãe está muito magra porque não come o mingau como eu. Ela dá só uma colheradinha e deixa o resto no prato. Por isso está fraquinha e tão pálida. Vai acabar ficando doente.
—Pense sempre assim, querido. Você foi o único sobrevivente do seu helicóptero, não foi? Você ficou vivo depois que ele quebrou, não foi?
Eu balanço a cabeça que sim, com a boca cheia de mingau.
— Você quer pentear o meu cabelo? Você gosta de fazer isso, não gosta?
Eu sorrio, pois adoro pentear os cabelos dela.
— Vai comendo, vou buscar a escova de cabelo.
Eu fico lambendo até a última gota do meu mingau. Eu estava com muita fome. Estou feliz porque o dia começou muito bem e eu vou ser um homem poderoso e voador de helis... Esta palavra é difícil, mas eu vou ter um heli poderoso, a mamãe disse.
Fico esperando pela mamãe e acho que ela está demorando muito para achar a escova de cabelo. Vou atrás dela e quando chego ao quarto a encontro caída no chão. Tremendo, revirando os olhos e babando. Será que o mingau fez mal para ela?
Fico desesperado, não sei o que fazer, começo gritar:
— Mamãe... mamãe.. ma...
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Ouço uma sirene que toca. Estou molhado de suor, angustiado. Abro os olhos e as luzes da cidade invadem minha retina. A sirene do despertador me tira do sufoco às 5h da manhã.
— Mia!
Levanto sobressaltado e corro para o chuveiro. Tomo um banho rápido para acalmar meu nervosismo. Outro pesadelo. Por que será que quando durmo com ela não tenho pesadelos? —Pense nisso Grey, que ótimo motivo para mantê-la todas as noites em sua cama.
Desço para a sala e preparo um café na máquina expressa. É sábado e dei folga para Gail. Às 5:30 já estou no R8. Vou sozinho pegar Mia, pois imagino a quantidade de malas que ela traz. Antes de seguir para o portão de desembarque paro na floricultura 24h e compro um arranjo de flores do campo. São viçosas, coloridas e singulares, como Mia.
Quando o relógio bate 6:20, vejo uma morena esguia de cabelos lisos, escuros e longos com olhos instigantes espreitando os que esperam o desembarque. Fico parado contemplando a beleza da minha querida irmã. Ela veste jeans, T Shirt, mas não abandona os saltos altos que a deixam tão elegante. Complementa o visual com uma linda jaqueta de couro preta. É um corpo de mulher numa alma de menina.
Noto alguns babões encarando minha irmã como lobos-maus a procura de chapeuzinho e eu fico irado de ciúmes. Eles não sabem que sou o caçador ali, preparado para defendê-la. —Grey, e quando você é o lobo mau em busca de Anastasia. Esqueceu que é o caçador também? Ah, merda. Sai pensamento, este cérebro não te pertence.
Depois de dar umas olhadas à minha procura, nossos olhos se cruzam e seu sorriso lindo se abre para mim. Encaminhamos-nos para trocar um abraço apertado recheado de muita saudade.
—Chris!
—Mia!
Ela me enche de beijos e começa a me cheirar.
— Ai, me deixa matar a saudade deste teu cheiro gostoso. Hum...
— Mia, pare com isso. Olha o espetáculo. Todo mundo está olhando.
Ela não para, continua beijando meu rosto, desarrumando meu cabelo e cheirando meu pescoço.
— Espetáculo é meu irmão. Lindo, cheiroso, gostoso, vou matar a saudade, arrancar um pedaço, sei lá... Deixar a mulherada que está olhando morrendo de inveja.
—Isto é para você. Bem vinda!
Entrego o arranjo de flores para ela que sorri satisfeita.
—Só você mesmo para lembrar-se de um mimo desses. São lindas!
Damos mais um abraço apertado e eu também aproveito para sorver seu aroma. Cheiro de irmão é um bálsamo numa alma inquieta como a minha e Mia sempre foi minha alegria.
— Vamos, minha linda! Vamos recolher sua bagagem. Mamãe e papai estão a sua espera.
— Eu estou com tanta saudade de todos vocês, Chris. Não vejo a hora de abraçar todo mundo.
— Paris te fez muito bem, minha princesa. Você está mais madura, mais bonita.
— Você também está um gato, Chris. Por que será hein? — Ela me dá uma bela piscada e eu finjo não entender.
O carregador aparece com a bagagem e eu levo um susto.
— Mia! Você trouxe Paris para casa?
—Imagina. Eu deixei algumas coisinhas para os turistas comprarem também.
—Ah, Mia. Eu sabia...
Demoramos alguns minutos para encaixar tudo no R8. O porta malas, os bancos vão lotados de malas e pacotes, além de ir um pouco no colo de Mia.
—Quanto você pagou de impostos por trazer esta mudança toda?
—Ah, digamos que o suficiente para deixar o “papis” nervoso.
É uma menina divertida mesmo. Não tem como não extrair um largo sorriso de mim.
—Pronta para partida Srta Mia?
—Só se for agora Gostosão. Você vai me contar tudo sobre Anastasia no caminho, não é?
—Vou sim, mas aos poucos.
—Elliot disse que ela é bonita. Mamãe também.
—Ah, o fofoqueiro já se adiantou, não é? Sim ela é linda.
—Mas eu quero conhecê-la. Vamos nos encontrar hoje?
—Calma Mia. Você vai conhecê-la, mas não hoje. Aliás, conte-me mais sobre Paris.
Dou um jeito de desviar o assunto, senão Mia vai querer saber até o número do sapato de Anastasia. Conheço muito bem minha irmã. Graças aos deuses dos carros velozes chegamos à casa de nossos pais às 7:30. Ela sai em disparada para abraçar a todos. Ajudo papai a levar as malas para dentro, depois de nos cumprimentarmos com um grande abraço.
—Que saudades meu filho. Faz tempo que não nos vemos.
—É verdade pai. Tudo fruto de muito trabalho.
—Eu entendo meu filho. Nesta idade também trabalhava como um doido, agora nem tanto. Nossa, sua irmã comprou Paris inteira?
—Fiz a mesma pergunta para ela.
Ao entrar com a última mala, encontro minha mãe que me beija com doçura.
—Oh, meu querido! Obrigada por buscar a sua irmã. Ela queria que fosse você.
—Não há de que mãe. Pronto. Missão cumprida, já estou indo.
—Como assim estou indo? Tome café conosco.
—Não posso,mãe. Tenho muito compromisso pela manhã.
—Ah filho, você e seus tantos compromissos. Mas a noite você vem para o jantar, não é?
—Mãe, eu não perderia esta aventura por nada. À noite eu volto.
Beijo meus pais enquanto Mia esta falando como uma matraca com os funcionários da casa. Retiro-me à francesa antes que ela veja e me impeça.
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Vou dirigindo para casa, mas ao parar num farol avisto uma loja de brinquedos com um balão reluzente pendurado que salta aos meus olhos. Paro e compro. Tive uma ideia que caiu como uma luva. Chego em casa parecendo um bobo segurando um balão em forma de helicóptero e amarro à uma garrafa de champanhe gelada. A mesma que tomamos em xícaras na quinta feira. Peço a Taylor que faça entregar no apartamento de Anastasia o mais rápido possível, logo pela manhã, para alegrar o seu dia.
Ela não me deu o endereço, mas é claro que já utilizei de meus artifícios para descobrir onde fica sua nova moradia. Ele fica no centro da cidade, apesar de não ser muito grande é relativamente confortável. Têm três quartos, piso de madeira, tijolos vermelhos e bancadas de cozinha modernas. A localização é muito boa e tem vista para Pike Place Market. Fica no segundo andar, apartamento dois.
Escrevo um breve recado num cartão:
Senhoras, boa sorte em sua nova casa, Christian Grey.
Aproveito e faço outro pedido para Taylor. Tenho que me revestir de autêntica coragem, mas não há outro jeito. Geralmente cuido pessoalmente dos meus brinquedos do quarto de jogos, em compras pela internet, mas desta vez não tive tempo para isto e se comprasse não chegaria a tempo hábil. Imprimi uma foto da internet e entrego agora para ele.
—Taylor, além de entregar o champanhe preciso que você providencie outra coisa com urgência.
—Pois não Sr Grey, é só pedir.
Entrego a ele a foto como se fosse a coisa mais natural do mundo.
—Bem Taylor, arranje este modelo que está na foto, tem que ser nesta cor. Você sabe onde encontrar.
Ele olha a foto e, graças a sua habitual discrição, responde.
—Darei um jeito. Hoje à noite o Sr. terá este modelo em mãos Sr. Grey.
—Obrigado Taylor.
Viro-me para o clima não ficar ainda mais constrangedor. A voz de Taylor soou como se dissesse: “—Claro seu maluco depravado, vou sair por aí mostrando a foto e perguntando onde se acha brinquedinho tão sutil...”
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Encontro-me com Claude Bastille para um treino forte, conforme combinamos às dez. Faz dias que não treino e não posso perder a forma. Foi sorte ele ter um horário na agenda em pleno sábado.
—Finalmente, Grey! Pensei que tivesse desistido dos treinamentos.
—Desistir? Eu lá sou homem de desistir de alguma coisa que me interessa Bastille? —Do que exatamente você está falando, Grey?
—Mas já faz alguns dias que não nos vemos, tem tido muito trabalho, não?
—Oh, você nem imagina quanto. Nunca tive tanto trabalho em minha vida. Mas acredito que os resultados já estão aparecendo.
—Ah, não tenho dúvidas. Sua dedicação é sinônimo de sucesso, sempre!
Fico pensando alguns segundos nesta frase de Bastille. Tomara que seja uma profecia.—Só faltava essa, Grey. Profecias... que “mariquismo” é este agora?
—Bom, vamos ao que interessa, quero treinamento pesado hoje. —Digo.
—Do jeito que eu gosto, Grey. Vamos lá. Quer concentrar em algum local específico hoje? Vamos ver como anda este bíceps, o tríceps...
Interrompo Bastille.
—Tenho feito corrida na esteira e bicicleta todos os dias, além dos abdominais, mas vamos investir pesado hoje no “pânceps”.
Bastille me olha espantado, até se dar conta da provocação e cair numa gargalhada.
—O que você está dizendo para o seu treinador Senhor Christian Grey? Eu ouvi direito? Em forma, agora!
Ele me desfere um golpe forte que me joga no tatame. Começamos o bailado forte e poderoso das artes marciais. Quase duas horas depois terminamos o treino. Estou cansado, mas bastante renovado apesar de ter apanhando muito já que ele não dá moleza, nem finge que o aluno ganhou. Gosto desta honestidade dele.
Despeço-me de Bastille.
—Chega. Eu ainda vou vencer você Bastille e não terei dó em nenhum golpe.
—É para isso que treinamos Grey. Quero ver a criatura derrotando o criador, mas do jeito que você anda faltando aos treinos... Vai demorar.
Reviro os olhos para ele enquanto recolho minhas coisas.
—Vamos ver. Aguarde-me...
—Aguardo sim. Terça pela manhã no campo de golfe. Que tal?
—Sei lá. Preciso ver minha agenda melhor. A gente se fala depois, pode ser?
—O Senhor manda chefe!
Despedimos-nos e finalmente vou para casa, usufruir das acomodações do meu banheiro e tomar um banho maravilhoso.
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Já almocei e passa das duas horas. Fico pensando no que Anastasia comeu, o que está fazendo, mas decido deixá-la usufruindo de sua nova casa e não ligo, apesar de já estar com saudades, controlo minha ansiedade.
Passo o dia lendo e assinando documentos até a hora de ir para o jantar. Sou recebido com muito carinho por minha mãe e meu pai. Elliot já está pronto no saguão e me recebe com um forte abraço, dizendo:
—Oi, oi...!
—O que é isso Elliot?
—Ora Christian, um oi é meu e o outro foi Anastasia quem mandou te dar.
Dou um sorriso largo e agradeço. Papai se junta a nós e participa da conversa.
—Obrigado por ajudar a cuidar da casa e da mudança dela enquanto estava ocupado.
—Ah, fique tranquilo, não foi trabalho algum. Kate estava lá para tornar meu trabalho gratificante e ..ufa, extenuante.
Reviro os olhos para ele e pergunto.
—Elas ficaram confortáveis?
—Claro, Christian. Ajudei a colocar os objetos no lugar e reconectei a TV ao sistema de satélite. Elas ficaram bem.
—Vejo que meus filhos estão contentes com suas novas namoradas. Nós também estamos felizes.
Eu respondo.
—Obrigado, Pai. Vamos ver se isto dará certo.
—É claro que sim Christian. Sua mãe voltou muito animada e diz que sentiu algo muito positivo em relação a esta moça, Anastasia. Você sabe, as mães nunca se enganam.
Fico pensando nesta afirmação, será que dará tudo certo mesmo? Penso também na palavra namorada, tão esquisita para mim. Nunca apresentei uma “namorada” a ninguém. Meus ouvidos ainda não se acostumaram com esta palavra e não sei bem se tenho condições de ser namorado de alguém. Sei como ser um excelente Senhor, mas namorado...
Ficamos por ali por um bom tempo colocando o papo em dia, conversando sobre trabalho e amenidades enquanto esperamos minha espevitada irmã se arrumar. Ela desce lindamente trajada, como sempre fazendo barulho e beijando a todos, irradiando luz e beleza por onde passa.
O jantar transcorre maravilhosamente com o cardápio delicioso que a Dra Grace sempre se empenha em preparar. Mas é claro que, de repente, aparece o assunto inevitável puxado por Mia.
— E aí Christian, quando vou conhecer a Anastasia? Como ela é? Loira, morena, alta, magra. Me fala logo Chris.
Elliot interrompe.
—Ela é muito bonita sim, Mia. O Chris caprichou.
Faço cara para ele de quem não gostou do comentário e me apresso em responder.
—Ela é magra, não muito alta, tem vinte e um anos.
—Oba, ela tem minha idade! É loira?
—Não, tem os cabelos castanhos, mas olhos bem azuis.
Elliot retruca.
—É uma gata, chama a atenção.
Eu respondo com raiva.
—Elliot, você já tem em quem pensar. Cuide da sua loira que eu cuido muito bem de Anastasia.
Nossos pais nos observam animados e minha mãe interrompe.
—Muito bem meninos. Eu quero ter a honra de receber as namoradas de vocês para um jantar. Que tal amanhã à noite? Assim comemoramos o retorno de Mia!
Mia dá um gritinho e bate palmas.
—Perfeito mamãe, está combinado.
—Como assim, Mia? Está combinado? —Respondo.
—Ah, Chris. Não aceito um não. Vamos comemorar a minha volta, olha que motivo justíssimo. Está combinado. Vamos ter um jantar maravilhoso, não é papai?
—Claro que vamos, Mia. Claro que vamos.
Minha mãe encerra a conversa.
—Você não vai negar isto a duas mulheres Grey, vai Christian? E você Elliot?
Elliot responde prontamente.
—Para mim está combinado. Vou ligar para Kate mais tarde.
Todos se voltam para mim. Dou de ombros, ergo as mãos espalmadas e respondo.
—Ok, nunca iria contrariar as mulheres Grey, combinado então.
Mia pula de sua cadeira e corre me abraçar. Em seguida passamos à sala para tomar um licor, ouvir histórias da vida francesa de minha irmã e receber os presentes que Mia trouxe para cada um de nós. Após uma longa entrega de perfumes, gravatas, camisas, sabonetes, cremes e outras coisas para cada membro da família Grey, me despeço de todos. Vou para casa descansar, contar as horas que me separam da alegria de estar com ela.
Antes de me recolher, encontro uma caixa na mesa de cabeceira. Abro e confiro o que há dentro dela. Sorrio imaginando o que farei com este brinquedinho. Durmo pensando
Ah, Taylor. Vale a pena cada centavo que pago a você.
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Acordo cedo e antes de sair para um treino na academia do prédio envio um e-mail para Anastasia.
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De: Christian Grey
Assunto: Minha Vida em Números
Data: 29 de maio 2011 08:04
Para: Anastasia Steele
Se você vier dirigindo, vai precisar deste código de acesso para a garagem subterrânea no Escala: 146963
Estacione na vaga 5 – que é minha.
O código para o elevador é este: 1880
Christian Grey
CEO, Grey Participações e Empreendimentos Inc.
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Para minha surpresa, ela já está acordada e responde prontamente.
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De: Anastasia Steele
Assunto: Uma Vindima excelente
Data: 29 de maio 2011 08:08
Para: Christian Grey
Sim Senhor. Compreendido.
Obrigado pelo champanhe e o balão Charlie Tango, que está agora amarrado na minha cama.
Ana
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Ah, Anastasia Steele, eu quero amarrar você na minha camaVai me dando ideia, vai...Respondo o e-mail com felicidade imaginando muitas situações para este domingo que promete.
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De: Christian Grey
Assunto: Inveja
29 de maio 2011 08:11
Para: Anastasia Steele
De nada.
Não se atrase.
Charlie Tango é sortudo.
Christian Grey
CEO, Grey Participações e Empreendimentos Inc.
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Vou para a academia e faço uma boa sessão de esteira e bicicleta. Preciso controlar a adrenalina até a chegada dela. Volto para o apartamento e tomo um bom banho. Visto-me com uma calça jeans e camisa de linho branco. Fico descalço e tomo café da manhã, preciso estar bem alimentado para o dia que será produtivo porque assim eu farei ser.
Começo a ler os jornais e acho uma foto minha e dela juntos. Passo os dedos por seus cabelos e reparo em seus olhos enfeitiçadores tão serenos na foto. Ela é mesmo tão linda! Imagino que esta notícia vai render muitas especulações no mundo social de Seattle. Separo o jornal já na página para mostrar mais tarde à minha na..., bem minha namo... —Vamos, Grey. Você consegue garoto!
— Minha namorada Anastasia Steele. —Falo para mim mesmo.
Às 13 horas Taylor se encaminha para a porta de entrada e me avisa:
—A Srta Anastasia Steele está subindo Senhor.
—Que bom Taylor, gosto desta pontualidade.
Fico observando as portas do elevador se abrirem e despontarem dela minha linda Anastasia. Ela caminha suave em minha direção vestida com seu vestido ameixa. —Uau, Srta Sexy. Vestida para matar!
Observo Taylor recebê-la com gentileza.
— Boa tarde, Srta Steele. — ele diz.
— Oh, por favor, me chame de Ana.
— Ana. — Ele sorri. — O Sr. Grey está esperando por você.
Continuo sentado observando seu caminhar e sua beleza. Mantenho minha pose calma e fria, mas na verdade meu coração está em ritmo retumbante e minhas pernas trêmulas. Poderia alcançá-la em poucos segundos e beber da sua boca gostosa um elixir que me acalmaria em segundos, no entento mantenho a pose inicial de extrema tranquilidade e autocontrole. Levanto e caminho em sua direção sorrindo. Sei que estou com o olhar de quem está ávido para me servir de suas entranhas a fim de alimentar as minhas.
Ela corre os olhos pela sala como se quisesse reconhecer o local em que esteve há uma semana. Depois fixa os olhos em mim e também me examina de cima a baixo. Sinto novamente a eletricidade que nossos corpos provocam quando estão no mesmo local. São megawatts desenfreados colorindo ainda mais sua beleza e timidez.
—Hmm… esse vestido. — Murmuro em aprovação, enquanto olho para ela. — Bem-vinda de novo, Srta Steele. — Aperto seu queixo, me inclino e dou um beijo gentil nos seus lábios. Para meu delírio sinto que sua respiração falha.
— Oi. — Ela sussurra ruborizada.
— Você está na hora certa. Eu gosto que seja pontual. Venha. — Tomo sua mão e a levo para o sofá. — Eu queria te mostrar uma coisa.
Assim que nos sentamos entrego a ela o exemplar do Seattle Times aberto na página oito. Ela observa nossa foto juntos na cerimônia de formatura com a legenda:
Christian Grey e amiga na cerimônia de formatura no WSU Vancouver.
Ela ri.
— Então eu sou sua “amiga” agora.
— É o que parece. E se está no jornal, então deve ser verdade. — Sorrio de volta.
Sento ao seu lado dobrando minhas pernas uma sobre a outra e volto meu corpo para ela. Aproximando-me mais, apreciando seu rosto bem de pertinho. Hoje ela está com uma leve maquiagem, o rímel destacou ainda mais seu olhar em seus lindos olhos azuis. Coloco uma mecha de cabelo displicente atrás da orelha dela. Sua beleza fica acentuada quando faço isto e este toque me conforta.
— Então, Anastasia, você tem uma ideia muito melhor agora no que está se metendo do que a outra vez que esteve aqui, não é?
— Sim. — Ela responde cautelosamente.
— E ainda assim você voltou.
Para meu deleite ela concorda com a cabeça timidamente, e eu vejo neste gesto uma perfeita submissão. Meus olhos brilham com esta visão e começo a animar outras partes do meu corpo que também querem despontar. Balanço a cabeça ligeiramente lutando contra esta ideia e mudo radicalmente de assunto para controlar as emoções.
— Você já comeu? — Pergunto.
— Não.
— Você está com fome? — Ela dá a resposta que me aborrece e eu tento não parecer aborrecido, pois nosso dia juntos está apenas começando.
— Não de comida. — Ela sussurra e me pega desprevenido
Inclino-me e falo em seu ouvido aproveitando para sorver seu cheiro delicioso.
— Você está tão ansiosa como sempre Srta Steele, e só para contar-lhe um pequeno segredo: eu também. Mas a Dr. Greene é esperada aqui em breve. Antes eu gostaria que você comesse. — Ralho.
— O que você pode dizer sobre a Dra. Greene? — Ela pede ansiosa.
— Ela é a melhor em Obstetrícia/Ginecologia de Seattle. O que mais eu posso dizer? — Encolho os ombros.
— Eu pensei que veria seu médico e não me diga que você é uma mulher, porque eu não acreditarei em você. —Mas que porra é esta que ela tem a coragem de me falar?
— Eu penso que é mais apropriado que você consulte um especialista. Não é? — Digo suavemente.
Ela concorda com a cabeça e fica pensativa. De repente me lembro do jantar da minha mãe. Franzo a testa, pois deveria tê-la avisado para vir prevenida. De qualquer forma, preciso fazer o convite.
— Anastasia, minha mãe gostaria que você viesse para jantar hoje à noite. Acredito que Elliot está pedindo a Kate também. Eu não sei como você se sente sobre isso. Será estranho para eu apresentá-la para minha família.
— Você tem vergonha de mim? — Ela demonstra dor em sua voz.
— Claro que não. — Fico nervoso com este entendimento dela.
— Por que é estranho?
— Porque eu nunca fiz isto antes.
— Por que você tem permissão para revirar os olhos e eu não?
Pisco para ela e sua boca inteligente.
— Eu não sabia que eu estava revirando os olhos.
— Nem eu, normalmente também não sei. — Responde.
Olho para ela mudo, buscando as palavras exatas para responder, mas Taylor aparece na porta.
— Dr. Greene está aqui, Senhor.
— Mostre a ela o quarto da Srta Steele.
— Pronta para um pouco de contracepção? — Pergunto enquanto levanto e estendo a mão para ela.
— Você não virá comigo? — Ela pergunta chocada e eu caio na risada achando cômico seu despreparo e adorando o fato dela confiar em minha companhia.
— Eu pagaria um bom dinheiro para assistir, acredite em mim Anastasia, mas com certeza a Dra Greene não aprovaria.
Tomo a sua mão, a puxo para os meus braços e a beijo profundamente. Ela se engancha em meus braços, tomada pela surpresa, mas correspondendo ao meu carinho. Minha mão está em seu cabelo segurando sua cabeça e a puxo contra mim, colando minha testa na dela e sentindo a felicidade de estarmos tão próximos, dividindo o mesmo espaço.
— Eu estou tão feliz por você estar aqui. — Sussurro. — Não vejo a hora deixá-la nua.
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Este momento tão delicioso é interrompido por Taylor que passa pela sala e aponta que a médica já está acomodada. Acompanho Anastasia até o quarto onde encontramos uma mulher muito elegante. Ela é alta e mantém os cabelos loiros presos em um coque no alto da cabeça. Usa um terno azul muito elegante e aparenta estar na casa dos quarenta anos. Ela caminha elegantemente em minha direção e aperta minha mão que já está estendida para recepcioná-la.
— Sr. Grey.
— Obrigado por vir em um prazo tão curto.
— Obrigada por fazer valer a pena, Sr. Grey. Srta Steele. — Ela sorri, e percebo que seus olhos avaliam Anastasia.
Assim que ambas apertam as mãos a Dra Greene me lança um olhar tipo “Caia fora daqui, Grey” e eu entendo perfeitamente.
— Eu estarei no andar de baixo. — Murmuro e as deixo sozinhas no quarto que servirá a Anastasia futuramente.
Desço para a sala de estar, muito curioso para saber como está transcorrendo a consulta. Espero que esta Doutora faça o máximo de silêncio em relação a esta consulta, já que uma pequena fortuna foi paga para isto. —Calma, Grey. Ela não vai querer enfrentar sua fúria armada dos melhores advogados deste país. Ela é inteligente, rapaz!
Continuo a leitura dos jornais, depois de ter arrumado nossa mesa para o almoço. Ligo uma música para relaxar e enfrentar estes minutos que parecem horas. Para meu deleite, algum tempo depois ouço os passos das duas chegando à sala. Me viro para recebê-las com um caloroso sorriso.
— Já acabou? — Aponto o controle remoto para o meu Ipod que está em baixo da lareira. A música fica num volume baixo de forma que podemos conversar e manter um som agradável no ambiente ao mesmo tempo. Levanto.
— Sim, Sr. Grey. Cuide dela, ela é uma mulher bonita, jovem e brilhante.
Fico extremamente surpreso com as palavras da Dra Greene, percebo um tom velado de desconfiança em sua fala. Esta mulher me conhece para me julgar? Ela acha que sou algum babaca filho da puta ou mau caráter? —Que porra é esta agora? Esta médica está me advertindo? Estou pagando uma ginecologista ou conselheira espiritual?
Respiro fundo para não dizer em tom breve e curto: “—Fodam-se os seus conselhos e sua opinião a meu respeito Dra Greene”, mas mantenho a linha e digo secamente.
— Esta é minha intenção.
Anastasia me encara e encolhe os ombros extremamente envergonhada com a atitude da médica que pegou a ambos de surpresa. Fico imaginando com minha mente perversa, por que será ficou tão nervosinha? Será que quer ser comida por mim ou... Melhor nem pensar nesta situação. Será que ela gosta de mulher e está enciumada em ver minha linda Anastasia comigo? —Pode ser Grey, pode ser. Será que você quis a proteger tanto de um homem e a jogou nas mãos de uma tarada?
— Eu vou lhe enviar a minha conta — A Dra Greene diz decisivamente enquanto agita as mãos.
— Bom dia e boa sorte para você, Ana. — Ela sorri enquanto aperta as mãos de Anastasia.
Taylor aparece para acompanhá-la através das portas duplas e para o elevador. —O que esta doida tem contra mim? —Fico com uma baita vontade de chutar seu traseiro elegante, mas jamais bateria em uma mulher sem o propósito de lhe dar prazer e sem sua aprovação. Respiro fundo para controlar a agitação e me concentro em uma Anastasia tão encabulada e assustada com a atitude da médica quanto a mim.
— Como foi isso? — Pergunto.
— Muito bem, obrigada. Ela disse que eu tenho que me privar de toda atividade sexual pelas próximas quatro semanas. —Olho para ela de boca aberta, em choque. —Como assim? Esta médica quer mesmo me foder, mas de que forma ingrata!
Para minha surpresa ela não consegue se manter séria e sorri para mim.
— Te peguei!
Aperto os olhos ameaçadoramente para ela que imediatamente para de rir. Olha para mim assustada, com medo e aí é minha vez de dar o troco.
— Te peguei! — Digo sorrindo enquanto a agarro pela cintura e a puxo para mim. — Você é incorrigível, Srta Steele.
Fito seus olhos enquanto deslizo os dedos em seu cabelo, segurando-a firmemente no lugar e sentindo o calor gostoso que toma conta do meu corpo quando fico assim, tão perto dela. Dou-lhe um beijo voraz, enquanto ela se apoia em meus braços.
— Como eu gostaria de tomar você aqui, agora, minha delícia. Mas você precisa comer e eu também. Não quero que desmaie em mim mais tarde. — Murmuro contra seus lábios já transbordando de tesão.
— Isto é tudo que você quer? O meu corpo? — Ela retruca.
— Essa sua boca esperta...
Eu a beijo apaixonadamente de novo e abruptamente a libero, tomando sua mão a levo para a cozinha. Precisei parar para conter a evolução do meu pau que já se apresentava para uma transa monumental. Mas preciso alimentá-la primeiro.
— Que música é essa? —Ela pergunta.
— Villa Lobos, uma ária das Bachianas Brasileiras. Bom, não é?
— Sim.— Ela murmura em total acordo.
Pego uma tigela de salada da geladeira. A Sra Jones deixou tudo preparado para nós, conforme recomendei.
— Galinha Caesar e salada, está bom para você?
— Sim, muito obrigado.
Vou me movimentando pela cozinha para abrir um vinho enquanto ela me observa pensativa.
— No que você está pensando? — Pergunto e ela ruboriza.
— Eu estava só assistindo o modo como você se move.
Acho graça, pois não esperava esta resposta. Levanto uma sobrancelha me divertindo com a situação.
— E? — Digo e observo ela corar mais um pouco.
— Você é muito gracioso.
— Muito obrigado, Srta Steele — Pego a garrafa de vinho e me sento ao seu lado. — Chablis?
— Por favor.
— Sirva você mesma a salada. — Digo enquanto observo-a servindo-se. — Diga-me, que método você optou?
— Mini Pílula.
Franzo a testa. Esperava que tivesse optado por algo mais moderno e seguro.
— E você vai se lembrar de tomá-la regularmente, na hora certa, todos os dias?
— Eu estou certa que você lembrará por mim. — Ela responde ofendida.
Olho para ela com condescendência divertida.
— Eu vou colocar um alarme em meu calendário. Coma!
Percebo que ela está tão ansiosa que, pela primeira vez, desde que estamos juntos, termina a comida primeiro e toma uma taça de vinho cheia, com gosto.
— Ansiosa como sempre, Srta Steele? — Sorrio satisfeito observando seu prato vazio.
Ela me encara por debaixo dos cílios destacados pelo rímel e responde.
— Sim.
Sua resposta intensifica minha respiração e serve como passaporte para as intenções que tenho para nós. Olho fixamente para ela a fim de identificar qualquer traço de medo ou dúvida em sua voz. Mas ela me encara forte, desafiadora e eu sinto que a atmosfera entre nós lentamente está mudando, evoluindo… carregando.
Fico de pé e a tomo nos braços. Carrego-a para fora de seu banquinho.
— Você quer fazer isto? — Respiro, olhando para ela atentamente em busca de alguma ambiguidade.
— Eu não assinei nada.
— Eu sei — Mas eu estou quebrando todas as regras neste dia.
— Você vai me bater?
— Sim, mas não será para machucar você. Eu não quero castigar você agora. Se você me pegasse ontem à noite, bem, isso teria sido uma história diferente.
Ela me encara com horror nítido em seu rosto. Eu recorro à minha responsabilidade de não inseri-la em meu mundo desprovida de informações.
— Não deixe ninguém tentar e convencer você de outra coisa, Anastasia. Uma das razões para as pessoas como eu fazer isso é porque nós gostamos de dar ou receber dor. É muito simples. Assim não invista seu tempo em pensar o porquê disso.
Eu a puxo contra mim e pressiono minha ereção latente em sua barriga. Falar com ela sobre isto me deixa fora de controle e meu nível de tesão vai ao máximo.
— Você chegou a qualquer conclusão? — Ela sussurra.
— Não, e agora mesmo eu só quero amarrar você e fodê-la até cansar. Está pronta para isso?
— Sim. —Ela responde com voz rouca me incentivando voluntariamente a continuar. Ela poderia ter dito não, mas aceitou de bom grado a mim, ao meu mundo, a minha escuridão. Tenho que iniciá-la nesta arte com cuidado e com muito prazer. Ela não pode fugir das minhas mãos. Não posso perdê-la.
— Bom. Venha. — Tomo sua mão e, deixando todos os pratos sujos na mesa, caminhamos para o andar de cima.
Seguimos em silêncio para o quarto de jogos. Mal posso conter minha alegria e incredulidade: estou mesmo inserindo Anastasia Steele neste universo? Abro a porta me afastando para que ela possa entrar. Assim que adentramos o Quarto Vermelho de Jogos o cheiro de couro, frutas cítricas, madeira escura polida, começam a aguçar meus sentidos e o lobo que habita em mim começa a tomar conta de todos os meus sentidos. Meu sangue está correndo aquecido e motivado pela adrenalina misturada com luxúria e desejo em meu sistema. É um coquetel arrojado, potente e avassalador. Assumo minha postura de macho alfa dominante deliberadamente mais dura e mais cruel. Eu a encaro com olhos aquecidos, lascivos… hipnóticos.
— Quando você está aqui, você é com- ple- ta- men-te MI-NHA. — Respiro ao dizer cada palavra lenta e medida. — Para fazer como eu achar melhor. Você entende?
Meu olhar é intenso. Ela concorda com a cabeça e me parece tão submissa que meu coração está aos pulos de felicidades.
— Tire os sapatos. — Ordeno suavemente.
Ela engole em seco e bem desajeitada, tira-os. Inclino-me e os pego para colocá-los ao lado da porta.
— Ótimo. Não hesite quando eu lhe pedir para fazer alguma coisa. Agora eu vou tirar este vestido de você. Algo que eu queria fazer a alguns dias, se bem me lembro. Eu quero que esteja confortável com seu corpo, Anastasia. Você tem um corpo lindo e eu gosto de olhar para ele. É uma alegria para meus olhos. De fato, eu podia te olhar o dia todo. Não quero você embaraçada ou envergonhada com sua nudez. Entendeu?
— Sim.
— Sim, o que? — Me inclino sobre ela, encarando-a.
— Sim, Senhor.
— Você quer dizer isso?
— Sim, Senhor.
— Bom. Erga seus braços acima de sua cabeça.
Ela obedece. Me abaixo e agarro a bainha do vestido. Lentamente puxo seu vestido e vou despindo-a docemente. Vou admirando suas coxas, seus quadris, a barriga, os seios empinados, os ombros até livrá-la por completo do tecido que escondia sua beleza escultural. —Uau, ela está usando a lingerie que você presenteou. A intenção dela é por para você tirar, Grey!
Eu fico examinando sua nudez perfeita enquanto dobro seu vestido. Sem tirar os olhos dela, coloco-o na caixa grande ao lado da porta. Ela também me encara com um olhar quente e receptivo, enquanto faz o movimento que me enlouquece. Aproximo-me e puxo seu queixo.
—Você está mordendo o lábio. Você sabe o que isso provoca em mim — Acrescento sombriamente. — Vire-se.
Ela se vira imediatamente, sem hesitação. Desabotoo seu sutiã e pego ambas as alças, puxando lentamente para baixo de seus braços. Vou curtindo este momento, roçando a sua pele com meus dedos e a ponta das unhas dos meus polegares, enquanto deslizo e a liberto do sutiã. Estou de pé atrás dela, tão perto que sinto o calor que irradia de seu corpo, aquecendo-me, incendiando-me. Observo a obra de arte que se insinua a minha frente e dou atenção ao último detalhe: puxo seu cabelo que cai numa perfeita cascata por suas costas completando a perfeição. Pego um punhado em sua nuca e puxo com força forçando-a a virar a cabeça para um lado expondo seu pescoço. Corro o nariz no seu pescoço exposto, inalando todo o caminho até atingir sua orelha. A força da minha ereção se intensifica com seu cheiro.
— Você cheira tão divino como sempre, Anastasia. — Sussurro enquanto planto um beijo suave embaixo de sua orelha.
Ela geme ao meu toque.
— Quieta. Não faça um som.
Puxo seu cabelo todo para trás. Com agilidade e rapidez faço uma trança prendendo com um dos meus elásticos para cabelos de submissas. Gosto de trançar os cabelos das submissas porque além de protegê-las para não prender os cabelos revoltos nos brinquedos, servem como ótima alavancagem numa puxada com força, numa cavalgada desenfreada. Analiso e vejo que ficou perfeito, dou um puxão rápido forçando-a a se voltar contra mim.
— Gosto de seu cabelo trançado assim. Vire-se. — Ordeno.
Ela faz como eu mando, sua respiração está difícil, medo e desejo misturados.
— Quando eu disser a você para entrar aqui, assim é como deve estar vestida. Só de calcinha. Você entende?
— Sim.
— Sim, o que? — Franzo a testa para ela.
— Sim, Senhor.
Um traço de um sorriso surge no canto de minha boca. Ouvi-la me chamando de Senhor é música perfeita para os meus ouvidos.
— Boa menina. Quando eu disser a você para entrar aqui, eu espero que se ajoelhe ali. — Aponto para o lugar que fica ao lado da porta. — Faça isto agora.
Ela pisca, processando minhas palavras, mas se vira e bastante desajeita se ajoelha no local que indiquei.
— Você pode se sentar sobre os calcanhares.
Ela faz o que mandei.
— Coloque suas mãos e antebraços apoiados nas coxas. Bom. Agora separe os seus joelhos. Mais amplo. Mais amplo. Perfeito. Olhe abaixo no chão.
Caminho para ela. Sei que ela só avista meus pés descalços em sua direção. Me abaixo e pego sua trança novamente. Puxo sua cabeça para trás forçando-a a olhar para mim.
— Você vai se lembrar dessa posição, Anastasia?
— Sim, Senhor.
— Bom. Fique aqui, não se mova.
Deixo o quarto, mas antes olho e observo a cena maravilhosa e quase inacreditável: é realmente a linda e doce Anastasia Steele totalmente submissa a mim no meu quarto de jogos, sendo treinada do meu jeito. — É isso, Grey. Seu desejo se tornou real, aproveita garoto! Ela é virgem até de treinamento.
Vou para o meu quarto colocar a calça jeans, estilo James Dean, velha, rasgada, macia, superlavada. Aproveito e pego um roupão especial para que ela use após nossa tarde de muito sexo e entrega. Faço tudo lentamente, proporcionando-lhe o benefício da dúvida e da arte de fantasiar o que está por vir. Imagino sua mente inteligente tentando descobrir o que estou fazendo e isto me dá a total sensação de controle que me excita. Antes de sair do quarto, abro a caixa que ficou na cabeceira e retiro de dentro dela o brinquedinho novo. Corro os dedos por ele, sinto o cheiro. Vai servir perfeitamente. —Prepare-se, Anastasia Steele, posso realizar seus sonhos... Posso surpreendê-la.
Volto para o quarto e observo que ela se manteve na posição em total obediência. Fecho a porta coloco o roupão pendurado atrás para que ela use depois.
— Boa garota, Anastasia. Você está linda assim. Bem feito. Levante-se.
Ela se levanta, mas mantém a cabeça abaixada.
— Você pode olhar para mim.
Ela me olha e eu a observo atentamente, avaliando suas reações, quero lhe encher de prazer e preciso ver o que seus olhos dizem, se há medo, se está assustada. Para minha surpresa eles estão com uma expressão quente, ela está excitada tanto quanto eu. Relaxo completamente e tiro a camisa deixando apenas o botão superior da calça jeans aberto. Vou precisar de liberdade nos movimentos. Fico segurando o apetrecho novo com as mãos para trás, ela ainda não notou.
— Vou acorrentar você agora, Anastasia. Dê-me sua mão direita.
Ela obedece e estende a mão. Eu viro a palma para cima, e antes que ela perceba dou-lhe uma chicotada certeira não para machucar, apenas para causar uma ligeira dor.
— Como que sente? — Pergunto.
Ela pisca confusa.
— Responda-me.
— Ok. — Ela franze a testa.
— Não franza a testa.
Ela pisca e demonstra ficar imediatamente impassível.
— Isso machucou?
— Não.
— Isto não vai machucar. Você entende?
— Sim. — Sua voz está incerta.
— Eu falo sério. — Digo para tranquilizá-la
Sua respiração é superficial e entrecortada. Faço questão que ela veja o chicote que seguro de couro trançado e marrom. Que ela jamais suspeite que era este o brinquedinho que encontrei na caixa, ao lado da minha cama ontem à noite, ou melhor, de como ele foi parar lá.
Seus lindos olhos brilham e disparam ao encontro dos meus. Eles encontram os meus que estão acesos como chamas e com um rastro de diversão.
— Nosso objetivo é agradar, Srta Steele. — Murmuro. — Venha. — Tomo seu cotovelo e após empurrar para cima e para baixo algumas correntes com punhos de couro preto, junto às grades, explico a ela.
— Esta grade é projetada para as correntes se moverem através dela.
Ela olha para cima analisando as grades e as instalações. Eu revelo parte de minhas intenções.
— Nós vamos começar aqui, mas eu quero te foder em pé. Então nós vamos acabar naquela parede ali. — Aponto com o chicote para onde está a cruz de Santo André formando o grande X de madeira na parede. Ela ficará linda imobilizada ali.
— Ponha suas mãos acima de sua cabeça.
Ela imediatamente obedece e adota a postura mais submissa que eu poderia imaginar. Parece apenas uma observadora casual dos acontecimentos à medida que se desenrolam, sendo uma autêntica parceira no jogo de adultos que começamos a jogar. Isto está além de fascinante, além de erótico.
Prendo as algemas enquanto ela fica olhando para meu peito. Sua proximidade é divina. Ela cheira bem, um cheiro que é só dela. Se pudesse mandaria engarrafar a essência Anastasia Steele, para ter sempre junto comigo, só para mim.
Dou um passo para trás e olho para ela, sinto uma sensação extrema de poder lascivo e desejo carnal. Ela está impotente, com as mãos amarradas, olhando somente para meu rosto, lendo minha necessidade e desejo por ela.
Caminho lentamente em volta dela apreciando este momento. Mais um que ficará gravado na retina.—Vamos, lobo! Sua presa finalmente indefesa na sua armadilha.
— Você parece poderosa, mesmo amarrada assim, Srta Steele. E sua boca esperta, está quieta no momento. Assim que eu gosto.
Fico em sua frente novamente e tenho a certeza de que nenhuma das submissas, jamais ficou tão linda assim como Anastasia está neste momento. Engancho os dedos em sua calcinha, em um ritmo lento, retiro-a pelas pernas, sem pressa, dolorosamente devagar, de modo que acabo de joelhos diante dela. Não tirando meus olhos dos seus, aperto sua calcinha em minha mão, levo-a até meu nariz e inalo profundamente. Está quente e levemente úmida. Tem cheiro de boceta no cio, de momento pré-foda, de poder e sedução. O cheiro é bom demais, traz excitação, traz necessidade.
Ela observa meu gesto com olhos arregalados, mas brilhando de tesão, querendo ser fodida. Sorrio maliciosamente, dobro-a e a coloco no bolso de minha calça jeans.
Desenrolo-me e levanto preguiçosamente como um gato selvagem. Aponto o fim do chicote para o seu umbigo, vagarosamente circulando, atormentando-a, criando expectativas e apreciando a sombra que toma conta de seu olhar. No toque do couro, ela treme e suspira. Ando em volta dela novamente, arrastando o chicote em torno do seu corpo até chegar o momento de sacudir o chicote e bater no sua bunda escultural… e depois contra seu sexo. Ela grita de surpresa e de prazer.
— Quieta! — Sussurro enquanto caminho ao redor dela novamente e mantenho o chicote ligeiramente mais alto, em torno do meio de seu corpo e bato com vigor. Sinto que seu corpo convulsiona na mordida doce do ardor.
Continuo meu caminho sem pressa, curtindo estes momentos preciosos, analisando as reações dela. Bato novamente com precisão, agora em seu mamilo, e me delicio com seu jogo de cabeça para trás, enquanto suas terminações nervosas cantam. Bato de novo… um breve, rápido, doce castigo. Seus mamilos endurecem e alongam com o ataque, ela ruidosamente geme, puxando seus punhos do couro, enlouquecida de luxúria.
— Isso parece bom? — Pergunto.
— Sim.
Bato novamente entre as nádegas, mas desta vez com um golpe mais forte para empregar um pouco de dor e punição.
— Sim o que?
— Sim, Senhor! — Ela choraminga.
Dou uma parada e saio de seu campo de visão. Muito lentamente, desfiro golpes muito sutis do chicote abaixo da sua barriga, descendo para o sul, até atingir seu clitóris. Ela ruidosamente clama.
— Oh… por favor! — Geme.
— Quieta! — Ordeno e bato novamente em seu traseiro.
Ela não esperava que isso fosse assim… está perdida. Perdida em um mar de sensações. Arrasto o chicote contra seu sexo, pelos seus pelos pubianos, até a entrada da sua xoxota deliciosa.
— Veja como você está molhada, Anastasia. Abra seus olhos e sua boca.
Ela faz como eu ordeno completamente seduzida. Empurro a ponta do chicote em sua boca, como ela descreveu de seu sonho para mim.
— Sinta o seu sabor. Chupe. Chupe gostoso, Baby!
Sua boca se fecha em torno do chicote, enquanto fixa seus olhos ardentes nos meus. Ela saboreia o couro e a salinidade de sua excitação. —Puta que pariu, Grey! Ela chupa com vontade. Ela chupa gostoso demais.
Com certeza ela não tem ideia de como está sexy e pervertida neste momento. Abusando do ato de submissão aos meus desejos. É demais para mim apenas apreciar este momento. Não resisto e tomo sua boca que chupa tão gostoso e beijo com voracidade. Invado com minha língua e aproveito para lamber o último gosto de sua secreção que ainda está ali. Quero dividir este sabor maravilhoso, que só ela tem. Envolvo seu corpo com meus braços e a puxo contra mim. Sinto seus seios contra meu peito, nos esmagamos e ela tenta se soltar, mas não pode, não pode me tocar como eu a toco.
— Oh, Anastasia, você tem um gosto tão bom. — Respiro. — Eu devo fazer você gozar?
— Por favor, sim. — Ela implora.
Desfiro um golpe duro em suas nádegas.
— Por favor, o que?
— Por favor, Senhor. — Ela choraminga.
Sorrio para ela, triunfante. Neste momento sou só poder e ela sedução.
— Com isto? — Seguro o chicote para que ela possa vê-lo.
— Sim, Senhor.
— Você tem certeza? — Olho fixamente para ela.
— Sim, por favor, Senhor.
— Feche seus olhos.
Ela fecha os olhos e eu começo o bailado do chicote ensaiado por longos anos. Primeiro são pequenas lambidas contra sua barriga mais uma vez, para criar expectativa e esquentar. Vou descendo, pequenas lambidas suaves contra seu clitóris, uma vez, duas, três vezes, repetidas vezes, até que, finalmente, é isso, ela não pode aguentar mais e goza, gloriosamente, ruidosamente, ficando fraca. Meus braços enrolam ao seu redor para ampará-la antes de car. Ela se dissolve em meu abraço, sua cabeça contra meu tórax, está choramingando e gemendo, enquanto os tremores de seu orgasmo a consomem. Eu a ergo, e devagar a levo até o X da Cruz de Santo André. Suas mãos se mantêm para o alto, presas e as roldanas das grades se locomovem perfeitamente, com segurança e conforto até atingirmos o centro do X. Eu a coloco confortavelmente enquanto abro meu zíper e rapidamente coloco um preservativo. Não consigo mais esperar, mais um segundo e explodirei de tesão. Agarro suas coxas e digo roucamente.
— Erga suas pernas, Baby, envolva-as em torno de mim.
Ela faz como eu peço e envolvo suas pernas ao redor de meus quadris, me posicionando abaixo dela. Com um impulso rápido estou dentro dela que chora novamente, escutando meu gemido abafado em sua orelha. Seus braços estão descansando em meus ombros enquanto eu empurro dentro mim. Adoro foder deste jeito. É profundo, alcanço o fundo de sua vagina e ela vai recebendo meu pau, provocando uma massagem gostosa em toda sua extensão. —Céus, que delícia. Que bocetinha quente, apertada e molhadinha, aham.
Empurro novamente e de novo, meu rosto em seu pescoço, minha respiração áspera em sua garganta lisa. Sinto que ela começa a tremer e a desfalecer e isso me deixa ainda mais louco. Meto gostoso para mim e para ela, com força e frenesi. Já estou ao ponto de libertar toda a porra quente que está dentro de mim. Sem escolha e com uma inevitabilidade que está se tornando familiar, ela se deixa ir e goza novamente enquanto eu sigo, gritando a minha liberação com os dentes cerrados e a segurando forte e mais perto.
Retiro-me dela rapidamente e a empurro contra a cruz, meu corpo se apoiando no seu, ambos fracos, exaustos e exauridos do mais puro prazer. Desafivelo as algemas, livro suas mãos e ambos caímos no chão. Puxo-a para meu colo, embalando-a, e ela inclina a cabeça contra meu tórax.
— Bem feito, Baby. — Murmuro com o pouco de forças que me restam. — Isso machucou?
— Não. — Ela respira.
— Você esperava por isso? — Pergunto enquanto a seguro perto, meus dedos empurrando algumas mechas fugitivas de cabelo que teimam em cair em seu lindo rosto.
— Sim.
— Você vê, a maior parte de seu medo está em sua cabeça, Anastasia. Você faria isto novamente?
Ela demora um pouco para responder, mas diz com voz suave.
— Sim.
Eu a abraço firmemente agradecido por ter dado a reposta que queria ouvir.
— Bom. Então, eu também. — Murmuro e suavemente beijo o topo de sua cabeça. — Não terminei com você ainda.
Percebo que ela está exaurida, apoiada contra meu tórax, seus olhos estão fechados, embrulhada em mim, meus braços e pernas estão ao seu redor. De repente ela vira seu rosto para o meu peito me cheira profundamente. Este gesto me assusta porque sei o que ela pretende fazer. Para meu desespero abre os olhos e me surpreende olhando fixamente para ela.
— Não faça. — Advirto.
Ela ruboriza e olha de volta para o meu peito com desejo avistando as pequenas e malditas marcas que ficaram na pele, mas marcaram muito mais minha cabeça, minhas emoções. Não adianta, somente o fato de imaginar que ela poderia roçar os dedos em meu peito me tiram totalmente de minha zona de conforto e o pavor se apodera de mim. Resolvo terminar com esta situação constrangedora.
— Ajoelhe-se perto da porta. — Ordeno, enquanto me sento novamente, pondo minhas mãos sobre os joelhos, efetivamente a liberando e com a voz fria de tristeza por não conseguir lhe satisfazer este desejo.
Ela tropeça desajeitadamente, levanta e vai se ajoelhar perto da porta como instruída. Está trêmula e muito, muito cansada. Levanto-me e percebo que ela começa a fechar os olhos, o cansaço domina seus sentidos e ela está quase dormindo.
— Estou chateando você, Srta Steele?
Ela pula, acordando e me vê em pé na sua frente, com os braços cruzados, olhando para ela.
— Levante-se. — Ordeno.
Ela levanta cautelosamente e com dificuldade.
— Você está quebrada, não é?
Ela concorda com a cabeça timidamente, corando.
— Fibra, Srta Steele. — Estreito os olhos para ela. — Eu não tive minha dose de você ainda. Segure as mãos na frente como se estivesse rezando.
Ela pisca para mim incrédula, mas faz como eu disse. Tomo uma braçadeira e amarro em volta de seus pulsos, apertando o plástico. Seus olhos encaram os meus.
— Parece familiar? — Pergunto incapaz de esconder o sorriso.
Ela reconhece as braçadeiras de plástico que ela me abasteceu na Clayton’s! Engasga quando picos de adrenalina passam por seu corpo novamente e a despertam imediatamente.
— Eu tenho uma tesoura aqui. — Seguro para que ela possa ver. — Posso cortar fora de você em um momento. Basta pedir.
Ela tenta puxar os pulsos separadamente, testando as algemas de plástico e de repente relaxa aceitando a situação.
— Venha. — Tomo suas mãos e a levo para a cama de dossel, totalmente adornada com lençóis escuros e algemas estrategicamente colocadas em cada canto.
— Eu quero mais, muito, muito mais, gostosa!— Sussurro em seu ouvido. — Mas eu farei isto rápido. Você está cansada. Segure-se no poste.
Por um momento ela franze a testa. E começa a separar as pernas enquanto pega o adorno esculpido do poste de madeira.
— Abaixe. — Ordeno. —Bom... Escute bem, não goze. Se você o fizer, eu espancarei você. Entendeu?
— Sim, Senhor.
— Bom... Me dá aqui esta bundinha gostosa, Baby.
Permaneço atrás dela e aperto seus quadris, rapidamente levanto-a para trás, enquanto está inclinada para frente, segurando o poste.
— Não goze Anastasia. — Advirto. — Eu vou foder você com força, por detrás. Segure o poste para sustentar seu peso. Entendeu?
— Sim.
Bato no seu traseiro gostoso e macio com a mão.
— Sim, Senhor. — Ela murmura depressa.
—Separe suas pernas. — Coloco a perna entre as delas e segurando seus quadris, empurro sua perna direita para o lado.
— Assim é melhor. Depois disso, eu deixarei você dormir.
Ela está ofegante, já bem excitada aguardando ser comida por detrás. Ela é pura inocência, mas gosta de uma foda sacana e isto me excita ainda mais. A adrenalina percorre nossos corpos ligados um ao outro. Fico sobre ela e aprecio a visão de suas costas eretas esticadas, a trança esticada já escapulindo algumas mechas. Sua pele alva é um convite a um afago, e assim eu procedo. Afago suas costas com ternura e paixão.
— Você tem uma pele tão bonita, Anastasia. — Sussurro enquanto me curvo e a beijo ao longo da coluna, beijos suaves como penas, gentis. Ao mesmo tempo, minhas mãos se movem para sua frente pegando seus seios, apertando seus mamilos durinhos entre meus dedos. Ela abafa um gemido sentindo seu corpo inteiro responder, acordando mais uma vez para mim.
Suavemente mordo e chupo sua cintura, puxando os seus mamilos, enquanto ela rebola gostoso segurando no poste. Não consigo segurar mais, preciso tomar mais uma dose, gozar gostoso dentro dela. Fico apreciando seu bailado sexy enquanto abro novamente o zíper, retiro a calça jeans e coloco outra camisinha.
— Você tem uma bunda tão cativante e sensual, Anastasia Steele. O que eu gostaria de fazer com ela. —Você quer comer este cuzinho, Grey. Mas calma, uma coisa por vez. Você chega lá seu faminto como leão.
Minhas mãos alisam e modelam cada uma das suas nádegas, então deslizo os dedos para baixo e enfio dois dentro dela. Pronto, é o termômetro perfeito e ela está preparada, quente e molhadinha como eu gosto.
—Tão molhada. Você nunca decepciona Senhorita Steele. —Digo com voz maravilhada— Segure firme… isso vai ser rápido, Baby.
Agarro seus quadris e me posiciono retinho diante da entrada de sua bocetinha gostosa e apertadinha. Meu pau está ávido por mais uma massagem modeladora de paus duros e pronto para uma ejaculação poderosa. Avanço e agarro sua trança enrolando em torno de meu pulso até sua nuca, segurando sua cabeça no lugar. Quero cavalgar gostoso nesta potranca de pele macia. Muito lentamente vou entrando nela e puxando seu cabelo ao mesmo tempo. Saio lentamente, minha outra mão agarra seu quadril, segurando apertado e então invisto novamente dentro dela, empurrando para frente.
— Segure, Anastasia! — Grito com os dentes cerrados.
Ela agarra o poste mais firme e empurra de volta contra mim, enquanto eu continuo meu ataque implacável, uma e outra vez, cavalgando como cavalo selvagem perdido num vale de sonhos. Sinto que ela não vai conseguir conter o orgasmo, suas pernas começam a amolecer, sua carne quente aperta ainda mais meu pau enfurecido dentro dela e ela explode em espasmos e gemidos insanos.
Desmoronara e eu sinto que estou a um milésimo de segundo de também explodir. Mais duas estocadas e algumas gemidas até eu silenciar e entrar bem fundo para gozar lá dentro de sua gruta que tanto me enfeitiça.
— Vamos lá, Ana, dê para mim. — Gemo seu nome em meus lábios até sentir a sensação de espiral e doce liberação, e busco forças em seguida, para ampará-la sem sentidos.
Deito rapidamente no chão e ela fica sobre mim, suas costas sobre meu peito. Fico ali num momento pós foda monumental, olhando para o teto e sorvendo seu perfume enquanto meus batimentos cardíacos voltam ao normal e ela se manifeste. Poucos minutos depois ela se move e eu falo em seu ouvido suavemente.
— Levante suas mãos.
Seus braços parecem feitos de chumbo, ela tem dificuldades para erguê-los, mas mesmo assim os levanta. Empunho a tesoura e passo uma lâmina sob o plástico.
— Eu a declaro livre Ana. — Digo e corto o plástico.
Fico sorrindo e obervando ela dar uma risada gostosa ao esfregar os pulsos e conferir que está tudo em ordem. O som de sua risada é música para meus ouvidos, mas nosso início de relacionamento foi tão maluco que sei que sou culpado por ela sorrir pouco para mim. Este meu jeito dominador a assusta, por vezes.
— Este é um som tão adorável. — Digo melancolicamente. Sento-me e a trago comigo no movimento, de forma que ela fica mais uma vez sentado em meu colo.
— Isto é minha culpa. — Continuo dizendo e a ajeito de modo que posso esfregar seus ombros e braços. Delicadamente a massageio para devolver a vida aos seus membros.
—O quê? —Ela olha para trás e me pergunta, tentando entender o que quero dizer.
— Que você não dá uma risadinha mais frequentemente.
— Eu não sou uma grande risonha. — Murmura sonolenta.
— Oh, mas quando isso acontece, Srta Steele, é uma maravilhosa alegria de se ver.
— Muito florido, Sr. Grey. — Ela murmura tentando manter seus olhos abertos.
Meus olhos suavizam e eu sorrio.
— Eu diria que você está completamente fodida e com necessidade de sono.
— Isso não é florido mesmo. — Ela responde brincando.
Acho graça e levanto sorrindo para vestir minha calça surrada. —Bota surrada, nisto, não Grey?
— Não quero assustar Taylor ou a Sra. Jones no que diz respeito a esse assunto. — Resmungo preocupado em que vejam Anastasia acabada deste jeito. A Sra. Jones já deve ter voltado e é claro que Taylor deve ter contado que estou aqui com Anastasia.
Eu me inclino e a ajudo a levantar. Depois pego o roupão cinza que trouxe para ela e a visto adequadamente e pacientemente como se ela fosse uma criança pequena. Ela não tem forças nem para erguer seus braços. Quando está coberta e respeitável, me inclino e a beijo suavemente, apertando a boca em um sorriso.
— Para cama. — Digo.
Ela arregala seus lindos olhos azuis num susto.
— Para dormir. — Acrescento tranquilizador quando vejo sua expressão.
Num impulso a levanto e levo enrolada contra meu peito para o quarto ao longo do corredor onde, mais cedo hoje, a Dra. Greene a examinou. Sua cabeça cai contra o meu peito.
Está exausta depois de tantas “travessuras e gostosuras”. Eu não me lembro de alguma vez ter estado mais exaurido e ... mais feliz. Puxo para trás o edredom, deito ao seu lado e a seguro contra o peito.
— Durma agora, menina linda! — Sussurro e beijo o seu cabelo.
Ela mergulha num sono profundo. Eu me vanglorio do meu poder dominador. Hoje criei uma cena de total humilhação para Anastasia Steele, não que a tenha convencido de fazer coisas que não queria. Na verdade a verdadeira humilhação vem do fato de levá-la a fazer coisas que secretamente desejava fazer.
Este é meu jogo, este é meu mundo, meu verdadeiro poder.
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