2 de fev. de 2014

Capítulo 18- Bolas Prateadas



Cruzo como um ciclone a porta de madeira da casa de embarcação e pauso para acender algumas luzes. As luzes fluorescentes cintilam e zumbem em sequência, enquanto luzes fortes inundam o grande edifício de madeira. Passo pela lancha motorizada que flutua na água escura e subo pelas escadas de madeira até atingir o quarto de cima. Paro na entrada do sótão com teto inclinado e ligo o interruptor da lâmpada halogena que expande uma luz mais suave e difusa. Gosto da decoração do sótão com tema náutico da Nova Inglaterra: azul marinho e creme, com listras vermelhas. Os móveis esparsos com apenas dois sofás serviram para muitas correrias, lutas e brincadeiras entre mim e meus irmãos.
Apesar de Anastasia ser muito leve, chego cansado ao sótão, com certa dificuldade para respirar. Coloco-a de pé no chão. —Viu o que faz a falta de treinamento, Grey? Podia pagar um mico estratosférico agora, não?
Sinto que ela está hipnotizada... assistindo-me como se eu fosse um daqueles predadores raros e perigosos. Ela uma presa indefesa esperando pelo ataque. —Bingo Srta Steele, você é caça, eu... predador!
Meus olhos cinzentos queimam com raiva, necessidade e luxúria pura, inalterada. Seu olhar de medo e apreensão fazem com que estes sentimentos se aflorem ainda mais dentro de mim e, neste momento, tudo o que quero é sugar seus lábios generosos e colorir sua bunda gostosa, que merece uma bela surra de punição pelas “surpresas” desagradáveis da noite.
— Por favor, não me bata. —Ela sussurra, implorando.
Levo um susto com suas palavras, ao ponto de expressar em minhas feições, já que sinto minhas sobrancelhas franzirem e meus olhos se arregalam. Pisco duas vezes processando a veemência de seu pedido e o significado disso. Ela adivinhou minhas intenções, ok! Ela está com medo de mim, oh... isso não!
— Eu não quero que você me dê palmadas... não aqui, não agora. Por favor, não faça. — Continua com voz manhosa.
Minha boca se abre levemente pela surpresa, mas a falta de palavras me deixa fragilizado. Ela estica o braço e corre seus dedos pela minha bochecha, ao longo de minha costeleta, até a barba em meu queixo. Seu toque terno, suave e corajoso me desarma completamente, ao mesmo tempo em que me acende para outro tipo de desejo.
Lentamente fecho os olhos, inclino o rosto para receber seu toque suave e delicado, enquanto a respiração se prende em minha garganta. Ela estica a outra mão e corre os dedos pelo meu cabelo. Sinto um calor suave que se espelha por minhas entranhas e um prazer tranquilo, completamente diferente. Não resisto e solto um gemido suave, quase inaudível, não entendo muito bem estas sensações, muito menos a atitude dela. Curto muito o prazer deste momento inusitado e abro os olhos tentando disfarçar minha preocupação com o que estou sentindo. É tudo estranho, diferente, avassalador...
Ela dá um passo para frente e fica praticamente grudada em meu corpo. Eu fico paralisado, como se estivesse hipnotizado, sem condições de mudar de atitude. —Porra, quem é a caça e quem é o caçador aqui?
Depois, puxa gentilmente meu cabelo e vai se aproximando num movimento sexy. Fico observando sua boca gostosa chegando muito próxima à minha até que, dominado por completo, ela me beija, forçando a língua entre meus lábios. Em seguida, simplesmente penetra minha boca com total doçura e gentileza, mas com completa determinação e controle da situação. É uma sensação indescritível e deliciosa, não seguro um gemido. Meus braços afoitos a enlaçam e a trazem para mais perto. O desejo de possuí-la grita dentro de mim e minhas mãos encontram o caminho para o seu cabelo. Eu retribuo o beijo, com força, volúpia e possessivamente. Nossas línguas se entrelaçam e travam uma batalha deliciosa. Somos consumidos pelo desejo mútuo e seu gosto divinal aguça ainda mais minha masculinidade.
Sinto o coração disparar, um leve torpor me distancia do espaço e da realidade em que nos encontramos. É como se mergulhasse num oceano de infinitas emoções. Sei que, de alguma forma, fracassei em minha possessão e, sem saber o porquê e o como, passei o controle para ela. Percebo claramente que, neste exato momento, sou o dominado e ela a dominante. —Caralho, ela me disse não na mesa do jantar, ela desencadeou minha raiva, ela me acalmou com um toque, ela invadiu minha boca com um beijo. Ela é sim, ela é não...


Afasto-me rapidamente enquanto nossas respirações estão irregulares e misturadas. Suas mãos caem nos meus braços e eu a encaro como se buscasse desesperadamente por uma resposta.
— O que você está fazendo comigo? — Sussurro confuso.
— Beijando você.
— Você disse não.
— O quê? Não para o quê?
— Na mesa de jantar, com as suas pernas.
— Mas nós estávamos na mesa de jantar dos seus pais. — Ela me olha completamente perdida.
— Ninguém nunca disse não para mim antes. E é tão... quente.
Meus olhos se abrem bastante para encará-la com admiração e luxúria. Ela é mesmo uma caixinha de surpresas inebriantes. Admiro ainda mais sua postura e observo ela engolir instintivamente enquanto aflora sua timidez. Minha mão se move para o seu traseiro e eu a puxo com força contra mim forçando-a a sentir minha ereção.
— Você está bravo e excitado porque eu disse não? — Ela fala atônita.
— Estou bravo porque você nunca falou da sua ida à Geórgia para mim. Estou bravo porque você foi beber com aquele cara que tentou te seduzir quando você estava bêbada e que te deixou quando você estava doente com um “quase completo estranho”. Que tipo de amigo faz isso? Estou bravo e excitado porque você fechou suas pernas para mim. — Meus olhos brilham perigosamente enquanto lentamente alcanço a barra do seu vestido. —Estou mais bravo ainda porque você invadiu o território da minha boca e adoçou o meu juízo, Srta Arma Letal.
— Eu quero você e te quero agora, Anastasia. E se você não vai me deixar te dar umas palmadas... que você merece... eu vou te foder neste sofá neste minuto, rapidamente, para o meu prazer, não seu.
Seu vestido mal está cobrindo o seu traseiro nu. Movo-me para que minhas mãos consigam apalpar o seu sexo. Sorrateiramente afundo lentamente um de meus dedos dentro dela enquanto a seguro firme e imobilizada no lugar com o outro braço. Ela se contorce. Foi pega de surpresa e está totalmente molhadinha, para mim!
— Isso é meu! —sussurro agressivamente. — Tudo meu. Você entende? — Enfio meu dedo dentro e fora de sua xoxota quente e molhada, enquanto a olho, analisando sua reação que reflete total desejo, seus olhos queimando.
— Sim, sua. — Ela sussurra abrindo a boca e fechando os olhos em total volúpia.
Meu coração bate em modo retumbante, incontrolado. Ajeito-me para fazer diversas coisas de uma vez: retiro os dedos para deixá-la enlouquecida de tesão, querendo e suplicando por mim; ao mesmo tempo abro a braguilha e a empurro no sofá para me deitar sobre ela. —Vamos dividir esta loucura Srta Língua Invasora.
—Mãos na cabeça. — Comando entre dentes apertados, enquanto me ajoelho forçando suas pernas a se abrirem mais. Preciso me proteger de seu toque, há pouco ele me rendeu tão facilmente... Estico-me para alcançar o bolso interno do meu casaco e retiro a camisinha. Como odeio ter que parar a pré- foda para cobrir meu pau... Já poderia estar dentro dela, mas logo me livro dessa porra. —O objetivo da camisinha e se livrar de porra indesejada mesmo, Grey! —Ah, foda-se pensamento maldito!
Fico olhando para ela que encara meu trabalho de proteção de pica e percebo que a volúpia se alastra como chama por seu corpo. Deixa claro que está apreciando a cena, aproveito para segurar meu pau comprido e duríssimo num exibicionismo planejado para ela. Deixo o casaco caído no chão já que tem uma parte de mim bem levantada na minha mão.
Ela obedece e coloca as mãos na cabeça notadamente excitada enquanto eleva os quadris em minha direção. —Ah, quer este pau duro te fazendo gozar? Você merece ficar tão frustrada quanto eu fiquei Srta Fechadora de Pernas.
— Nós não temos muito tempo. Isso será rápido e é para mim, não para você. Entendeu? Não goze ou eu vou te dar umas palmadas aqui mesmo. — Digo quase sem conseguir proferir as palavras, já estou enlouquecido de tesão.
Meto uma rápida estocada e rapidamente mergulho dentro dela. Ah.. que sensação deliciosa de aperto e maciez, aliada à uma deliciosa temperatura quente. Sua bocetinha acolhe meu pau com gosto e o massageia freneticamente. Sob gemidos altos e guturais ela deleita-se com minha posse. Coloco as mãos em cima das dela, no topo de sua cabeça, meus cotovelos mantém seus braços abertos, e minhas pernas a imobilizam por completo enquanto eu a tomo totalmente, em todos os lugares, sobrecarregando e quase sufocando para mostrar o que ela é capaz de fazer comigo: desequilibrar-me e enlouquecer-me.
Movo-me rapidamente e furiosamente dentro dela, tentando controlar minha respiração árdua em seu ouvido e, para meu prazer ainda maior, o seu corpo responde, se derretendo ao redor do meu. Fico atento para não deixá-la gozar. Vou mostrar-lhe como sou ótimo dominador e uma boa proibição de orgasmo é um componente erótico que ela ainda não conhece, já que tem gozado a valer. Vai enlouquecer de tesão e gozar somente sob a minha permissão, já que o controle é.... m....euuuu, ahhhhh. O ar sibila ao sair dos meu pulmões numa dose extra de prazer. Gozo rapidamente e deixo meu peso cair sobre ela.
Apesar da sensação maravilhosa que esta foda de punição me proporciona, ainda não estou disposto a aliviá-la, ela tem que ficar sedenta por mim, ela te que obedecer ao meu controle e desejos.
Sinto seu corpo implorando por alívio, por isso de repente me retiro de dentro dela, deixando-a dolorida e faminta por mais.
Encaro-a carrancudo e digo:
— Não se toque. Eu quero ver você frustrada. É isso que você faz comigo ao não falar comigo e ao me negar o que é meu. — Meus olhos estão ardendo novamente, com raiva.
Ela concorda, ofegante. Fico de pé e retiro a camisinha, faço um nó na ponta e a coloco no bolso da minha calça. Ela me olha com a respiração ainda descompassada enquanto aperta as coxas juntas, tentando encontrar algum tipo de alívio. Fecho a braguilha e ajeito meu cabelo com as mãos enquanto me abaixo para pegar o casaco. Viro-me para ela mais aliviado.
— É melhor voltarmos para a casa.
Ela se senta um pouco instável, ainda atordoada. Resolvo devolver a calcinha confiscada e retiro do bolso entregando para ela.
— Aqui. Você pode colocar de volta.
Ela pega o pequeno tecido rendado de volta, mas sem sorrir. De repente somos surpreendidos pela voz estridente de Mia.
— CHRISTIAN! — Ela grita do andar inferior.
Viro-me triunfante e ergo as sobrancelhas para provocá-la.
— Bem na hora. Cristo, às vezes ela pode ser tão irritante...
Ela faz uma careta para mim e apressadamente coloca sua calcinha ficando de pé assustada, enquanto vai ajeitando os cabelos.
— Aqui em cima, Mia. — Chamo. — Bem, Srta. Steele, eu me sinto melhor por isso... mas eu ainda quero te dar umas palmadas. — Digo suavemente.
— Não acredito que mereça Sr. Grey, especialmente depois de tolerar o seu ataque sem motivo.
— Sem motivo? Você me beijou!!!
Faço um esforço para parecer ofendido. Ela aperta os lábios.
— Foi um ataque como melhor forma de defesa.
— Defesa contra o quê?
— Você e sua mão inquieta...
Ah, então é isso? Acho graça em sua postura, pois percebo que ficou incomodada. Inclino a cabeça para um lado e sorrio enquanto ouço Mia sobindo a escada escandalosamente.
— Mas foi tolerável? — Pergunto suavemente para atiçá-la.
Ela ruboriza.
— Por pouco. — Sussurra e não consegue evitar o sorriso. —Sim, percebi que foi por pouco que evitei seu gozo. Se não tiro rápido, você teria gozado Srta Steele...
— Oh, aí estão vocês. — Mia sorri para nós.
— Eu estava mostrando o lugar para Anastasia. — Estico minha mão para Anastasia, como dois ingênuos observadores da sala de barcos.
Ela coloca sua mão na minha e eu a aperto suavemente para lhe dar segurança.
— Kate e Elliot estão prestes a ir embora. Você pode acreditar naqueles dois? Eles não conseguem tirar a mão um do outro. — Mia finge estar enojada e olha para nós. — O que vocês dois estavam fazendo aqui?
Mia a sua sutileza de paquiderme... Anastasia fica escarlate e eu minto com a mesma sutileza, é algo de família esta habilidade.
— Mostrando a Anastasia a minha fileira de troféus. — Digo sem perder a linha, fazendo cara de paisagem. — Vamos dizer tchau para a Kate e o Elliot?
A coloco gentilmente na minha frente e quando Mia se vira para sair, surpreendo Anastasia com um bom tapa no traseiro. Ela arqueja de surpresa.
— Vou fazer de novo, Anastasia, e logo... — Ameaço baixinho, perto do seu ouvido. Então a puxo para um abraço, suas costas abrigadas em meu peito, beijo o seu cabelo.
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De volta na casa, Kate e Elliot estão se despedindo de meus pais. Anastasia abraça forte sua amiga e conversam alguma coisa inaudível.
Depois Anastasia lhe faz uma careta e a Srta Kavanagh lhe mostra a língua. Ambas sorriem. Devo admitir que, apesar de não gostar muito desta moça ela é muito íntima de Anastasia e a trata muito bem, elas se entendem. Além disso, meu irmão está com cara de bobão, aparenta estar gostando deste “namorico”. —O seu também é “namorico”, Grey. Sua cara é de bobão ou de taradão?
Acenamos para eles da porta e me viro para Anastasia.
— Nós devemos ir também... você tem as entrevistas amanhã.
Mia a abraça carinhosamente quando nós nos despedimos e a ouço dizer emocionada.
— Nós nunca pensamos que ele encontraria alguém!
Estas palavras também causam em mim certa emoção, daquelas cheias de novidades que não consigo decifrar. —Será que você encontrou alguém, ou está se perdendo neste alguém Grey?
Observo uma Anastasia ruborizada, me olhando com doçura, enquanto volto da divagação. Reviro os olhos para manter a pose.
— Se cuide, Ana, querida! — Minha mãe diz carinhosamente.
Fico tímido com tamanha bajulação da minha família, já que não estou habituado a estes tipos de rapapés. —Os Greys estão exagerando, ou também já foram enfeitiçados pela Fada Ana?
Pego sua mão e a puxo para o meu lado.
—Não vamos assustá-la ou estragá-la com muita atenção. — Resmungo.
— Christian, pare de provocar. — Mamãe ralha comigo de forma indulgente, com seus olhos brilhando de amor e afeição.
Eu sempre sinto este amor verdadeiro que os olhos de minha mãe lançam sobre mim. De alguma forma isto me acalanta, serve como bálsamo e é uma atitude tão terna que nunca sei como responder ou agradecer. Me abaixo e a beijo com carinho.
— Mãe... — Só consigo dizer isto, mas minha voz sai carregada de reverência e satisfação.
Anastasia estica a mão e se despede de meu pai.
— Sr. Grey... obrigada e adeus. — Ele a abraça também.
— Por favor, me chame de Carrick. Eu espero que nós a vejamos logo novamente, Ana.
Despedidas feitas, seguimos para o carro onde Taylor nos espera. Eu o oriento a seguirmos direto para o Escala. Sento no carro ao seu lado e me viro para dizer.
— Bem, parece que a minha família gosta de você também — Murmuro.
Taylor liga o carro e segue para longe do círculo de luz da entrada da garagem para a escuridão da rua. Ela me olha e eu estou tentando decifrar o fio de tristeza que surge em seu semblante.
— O que foi, Baby? — Pergunto baixinho.
Ela hesita momentaneamente, mas começa a falar.
— Eu acho que você se sentiu obrigado a me trazer para conhecer os seus pais. — Sua voz é suave e hesitante. — Se Elliot não tivesse chamado Kate, provavelmente você nunca teria me chamado...
Não consigo acreditar no que acabo de ouvir de sua boca inteligente, mas neste momento tão equivocada. Fico boquiaberto com sua confissão e estas palavras dilaceram meu coração em meio à escuridão da noite e da rua vazia. Sua insegurança me aflige.
— Anastasia, estou encantando que você tenha conhecido meus pais. Por que você é tão insegura? Isso nunca deixa de me surpreender. Você é uma jovem tão forte e independente, mas tem pensamentos tão negativos a respeito de si própria. Se eu não quisesse que os conhecesse, você não estaria aqui. É assim que se sentiu o tempo inteiro em que esteve lá?
Ela balança a cabeça e alcanço sua mão. Ela olha nervosamente para Taylor.
— Não se preocupe com Taylor. Fale comigo.
— Sim. Eu pensei isso. E outra coisa... Bem, apenas mencionei a Geórgia porque Kate estava falando sobre Barbados... Na verdade ainda não me decidi sobre a viagem.
— Você quer ir ver sua mãe?
— Sim.
Novamente ela me surpreende tão delicada, frágil e insegura. Sem dúvida precisa da minha proteção, não pode viajar sozinha. Entro numa luta interna selecionando as palavras corretas para não causar uma discórdia entre nós.
— Posso ir com você? — Pergunto eventualmente.
— Hum... eu não acho que isso seja uma boa ideia.
— Por que não?
— É que estava esperando em dar um tempo em toda essa... intensidade da nossa relação e tentar pensar em algumas coisas.
Eu a encaro surpreso com mais esta revelação.
— Eu sou muito intenso?
E para minha surpresa ela gargalha.
— Isso é para falar o mínimo!
— Você está rindo de mim, Srta. Steele?
— Eu não ousaria, Sr. Grey. — Ela responde seriamente.
—Bem, acho que você ousa e acho que você também ri de mim, frequentemente.
— Você é bem engraçado.
— Engraçado?
— Oh, sim.
— Engraçado estranho ou engraçado “Rá Rá”?
— Oh... um monte de um e um pouco do outro.
— Qual que é qual?
— Vou deixar você descobrir isso sozinho.
— Não tenho certeza se posso descobrir qualquer coisa ao seu redor, Anastasia. — Digo sarcasticamente e continuo baixinho. — Sobre o que você precisa pensar na Geórgia?
— Nós... — Ela sussurra.
Eu a encaro impávido, mas transbordando de insegurança, tentando descobrir o que exatamente a aflige, será que pretende desistir do nosso relacionamento. —Agora é sua vez de ficar inseguro, Grey? Segura a onda!
— Você disse que tentaria...
— Eu sei.
— Você está reconsiderando?
— Possivelmente.
Mexo-me desconfortável, é mesmo a noite das punhaladas...
— Por quê?
Ela não responde e fica olhando para fora da janela, pensativa. O carro está seguindo pela ponte. Nós dois estamos envolvidos na escuridão, mascarando nossos pensamentos e sentimentos, mas nós não precisamos da noite para isso. Quero muito sua resposta, mas tenho medo de ouvi-la, no entanto insisto.
— Por que, Anastasia? —Pressiono por uma resposta.
Ela dá de ombros, presa. Eu não quero perdê-la. Eu nunca me senti tão vivo como me sinto agora. É uma emoção estar sentado ao lado dela. Ela é tão imprevisível, sexy, inteligente e... gostosa! Mas seus temores, reservas e insegurança podem destruir meus anseios. Ela fecha os olhos como se tentasse esconder de si própria as palavras não ditas.
Aperto sua mão para encorajá-la.
— Fale comigo, Anastasia. Eu não quero te perder. Esta última semana... — Vou parando de falar, sem coragem para dizer o que está na mente, mas longe da fala. O que a mente sente e a boca não consegue transformar em palavras.
Estamos chegando perto do fim da ponte e a rua mais uma vez é banhada na luz neon das lâmpadas dos postes. Observo seu lindo rosto se colorindo de forma intermitentemente no escuro e no claro. Sua voz soa branda.
— Eu ainda quero mais. — Sussurra.
— Eu sei... — digo. — Vou tentar.
Ela pisca e morde os lábios. Solto sua mão e puxo o seu queixo, liberando seu lábio preso.
— Por você, Anastasia, eu vou tentar. — Falo irradiando sinceridade, apesar de não saber ao certo como fazer.
Ao ouvir estas palavras, ela solta o cinto de segurança e sobe no meu colo, pegando-me totalmente de surpresa. Envolve-me com seus braços ao redor da minha cabeça e me beija, por um longo tempo e com força. Em um nano segundo respondo ao seu beijo quente com afeto e satisfação.
— Fique comigo esta noite. — sussurro. — Se você for embora, eu não te verei a semana inteira. Por favor.
— Sim, eu fico. E eu vou tentar também. Vou assinar o seu contrato. — Ela cede, mas sinto que tomou a decisão no calor do momento. Não quero que ela se arrependa de decisões tomadas sob volúpia ou incerteza.
— Assine depois que voltar da Geórgia. Pense sobre isso. Pense bem, Baby.
— Está bem.
Seguimos em silêncio por um quilômetro ou dois. Ela sentada em meu colo, me inebriando com seu cheiro, me aquecendo em seu doce calor.
— Você realmente deveria usar o seu cinto de segurança.
Digo desaprovadoramente no seu cabelo, mas não consigo fazer nenhum movimento para tirá-la do meu colo, já que considero que é o lugar mais apropriado para ela sentar neste momento.
Ela se aconchega no meu peito, olhos fechados, nariz no meu pescoço e cabeça no meu ombro.
Abraço-a apertado e sinto uma sensação que remete à ternura e aconchego. Quero apenas sentir ela em mim, gravar a sensação na mente e no coração. Sinto que é um momento “fodástico” de emoção, sem a necessidade de uma foda louca e insana, mas recheada de muito prazer. É um preenchimento de lacunas emocionais que me surpreende. Sinto sua respiração pesada e torço para que a estrada tenha aumentado, para que este momento seja intensificado.
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Algum tempo depois eu a acordo delicadamente, emergindo desta maré de emoções.
—Estamos em casa, Baby! — “Em casa”...Soou diferente, não Grey?
Taylor abre a porta para nós e ela o agradece timidamente que reponde com um sorriso gentil. Quando saímos do carro, observo criticamente que ela está sem blusa e a noite já apresenta uma aragem fria.
— Porque você não está com um casaco? — Franzo a testa para ela e automaticamente retiro meu casaco e a protejo, colocando-o por cima dos seus ombros.
— Está no meu carro novo. — Ela responde sonolenta, bocejando.
Eu sorrio para ela satisfeito com a resposta.
— Cansada, Srta. Steele?
— Sim, Sr. Grey. Fui dominada hoje de uma maneira que nunca achei que fosse possível.
— Bem, você está com azar, porque vou te convencer a fazer umas coisinhas a mais. — Prometo enquanto pego sua mão e a levo de volta para o prédio.
Ela olha para mim no elevador e fica pensativa novamente, mordendo o lábio. Faz uma careta quando me aproximo, pego o seu queixo e libero seu lábio do dente.
— Um dia vou te foder neste elevador, Anastasia! Mas neste momento você está cansada... Então acho que nós devemos ficar com a cama mesmo.
Abaixo para ela, prendo meus dentes ao redor do seu lábio inferior e puxo gentilmente, imitando seu gesto habitual. Ela se derrete contra mim e sua respiração para, demonstrando que suas entranhas se enchem de desejo. Ela responde acelerando seus dentes por cima do meu lábio superior me fazendo gemer. Quando as portas do elevador se abrem, pego sua mão e a puxo para dentro da sala de estar, passamos pelas portas duplas e entramos no corredor.
— Você precisa de uma bebida ou algo?
— Não.
— Bom. Vamos para a cama.
Ela ergue as sobrancelhas para mim em dúvida.
— Você vai se contentar com baunilha?
— Não tem nada de ruim sobre baunilha... é um sabor bem intrigante. — Sussurro.
— Desde quando?
— Desde sábado passado. Por quê? Você estava esperando algo mais exótico?
— Ah, não. Eu tive o bastante de exótico por um dia.
— Certeza? Nós satisfazemos todos os gostos aqui... pelo menos trinta e um sabores. — Sorrio para ela de maneira lasciva.
— Eu notei. — Responde secamente.
Balanço a cabeça me divertindo com a situação.
— Venha, Srta. Steele, você tem um grande dia amanhã. Quanto mais cedo estiver na cama, mais cedo será fodida e mais cedo poderá dormir.
— Sr. Grey, você é um romântico incurável.
— Srta. Steele, você tem uma boca esperta. Eu posso ter que dominá-la um dia. Venha. — Eu a levo pelo corredor para o meu quarto e chuto a porta para fechá-la.
— Mãos para o ar. — Comando.
Ela faz o que peço. Num movimento rápido tiro seu vestido pegando-o na barra e puxando suavemente pela sua cabeça.
— Prontinho! — Digo brincalhão.
Ela dá uma risadinha e aplaude. Faço um reverência e me curvo sorrindo. Depois coloco seu vestido na cadeira solitária ao lado da cômoda.
— Qual é seu próximo truque? — Ela me encoraja, provocando.
— Ah, minha querida Srta. Steele. Venha para a minha cama — rosno. — Eu te mostro.
— Você acha que pelo menos uma vez eu devo bancar a difícil? — Ela pergunta coquetemente.
Meus olhos se arregalam com a surpresa da proposta e sinto um brilho de excitação.
— Bem... a porta está fechada. Não tenho certeza de como você pode me evitar. — digo sarcasticamente. — Eu acho que é um trato feito.
— Mas eu sou uma boa negociadora.
— Eu também. — A encaro preocupado, não quero que ela faça nada forçado comigo. Minha expressão muda para confusa e eu indago. — Você não quer foder?
— Não! — Ela sussurra, para minha tristeza e nova frustração. —Ainda bem que você percebeu a relutância dela, Grey. Ia estragar tudo novamente. Ah, esta febre de tesão...
— Oh, está bem então. — Faço uma careta.
Ela me encara, respira fundo e dispara:
— Quero que você faça amor comigo.
Fico parado e a encaro sem expressão por um momento, até minha escuridão aflorar.
— Ana, eu... — corro a mão pelo cabelo. Duas mãos. Realmente estou atordoado sem saber o que pensar, o que responder.
— Pensei que tínhamos feito! — Digo eventualmente.
— Eu quero te tocar.
Dou um passo involuntário para trás. Entro em modo defensivo e minha expressão fica amedrontada por um momento, até conseguir me recompor.
— Por favor. — Ela sussurra.
Eu me recupero.
— Ah, não Srta. Steele, você teve o bastante de concessões de mim por uma noite. Agora, EU estou dizendo não. —Ufa, boa sacada, Grey! Saída pela direita!!!
— Não?
— Não.
— Olha... Você está cansada, eu estou cansado. Vamos apenas ir para cama. — Digo a observando cuidadosamente.
— Então te tocar é um limite para você?
— Sim. Essa é velha.
— Por favor, me diga o porquê.
— Ah, Anastasia, por favor. Só deixe quieto por enquanto... — Murmuro exasperado.
— É importante para mim.
De novo passo as duas mãos pelo cabelo, exasperado, antes de proferir um palavrão sob minha respiração. Vou para a cômoda, puxo uma camiseta e a jogo para ela que pega, confusa.
— Coloque isso e vá para cama! — Vocifero irritado.
Ela faz uma careta, vira de costas, remove o sutiã e coloca a camiseta o mais rápido possível para cobrir a nudez. Mas mantém a calcinha recém devolvida no corpo.
— Eu preciso do banheiro. — Sua voz é um sussurro.
Faço uma careta, confuso.
— Agora você está pedindo permissão?
— Errr... não.
— Anastasia, você sabe onde é o banheiro. Hoje, nesse ponto em nosso estranho acordo, você não precisa de permissão para usá-lo. — Não consigo esconder minha irritação. Tiro minha camiseta e visto a calça do pijama enquanto ela corre para o banheiro.
Olho para a porta fechada e um arrepio percorre a minha espinha. Que merda é essa que estou fazendo? Por que encerrar a noite assim? Olho para o espaço vazio que ela deixou e reflito sobre minha atitude. Ela pede mais, mas eu tenho limites rígidos e sombras espessas...
Resolvo ir até o banheiro, tentar algo mais amigável. —Vai Grey, limpe suas merdas, porra!
Bato na porta e ouço sua resposta imediata.
— Entra.
Observo que ela está com a boca cheia de pasta. Fico parado no batente da porta observando a cena. Adoro seu jeito juvenil e leve de fazer as atividades cotidianas ficarem belas e tão simples. Parada ali na beira da pia, de camiseta e com o cabelo revolto, parece mais uma flor do lótus que simplesmente desabrocha num lamaçal e vem trazer colorido.
Olho para ela me fingindo impassível, então sorrio e vou ficar ao seu lado. Nossos olhares se prendem no espelho, cinza para o azul e azul para o cinza. Ela termina de escovar, lava a escova e a entrega para mim, seu olhar nunca deixando o meu, num desafio sensual. Faz tudo com uma naturalidade encantadora. Sem palavras, pego a escova dela e a coloco na boca, surpreendendo-a. Ela sorri de volta para mim e nossos olhos estão de repente dançando com humor.
— Por favor, sinta-se a vontade para usar a minha escova. — Digo irreverente.
— Obrigada, Senhor! — Ela sorri docemente e sai.
Alguns minutos depois me junto a ela que já se encontra na cama.
— Você sabe que não era bem assim que eu imaginava como seria essa noite. — Digo tentando arrumar o que acabei de desconsertar.
Ela responde:
— Imagine se eu dissesse que você não poderia me tocar.
Sento com as pernas cruzadas sobre a cama.
— Anastasia, eu te disse. Cinquenta Sombras... Eu tive um começo duro na vida... Você não quer essa merda na sua cabeça. Por que você iria querer?
— Porque eu quero te conhecer melhor.
— Você me conhece o suficiente.
—Como você pode dizer? — Ela se esforça para ficar de joelhos, encarando-me.
Reviro os olhos para ela.
— Você está revirando os olhos para mim. Da última vez que eu fiz isso, terminei em cima do seu joelho.
— Ah, eu gostaria de colocá-la lá de novo.
— Conte-me e você pode.
— O quê?
— Você me ouviu.
— Você está negociando comigo? — Minha voz ressoa com uma descrença espantada.
Ela balança a cabeça afirmativamente.
— Negociando.
— Não funciona desse jeito, Anastasia.
— Ok. Conte-me e eu reviro meus olhos para você.
Não contenho uma risada achando graça na minha pequena e linda negociadora. Mas logo fico sério pensando na resposta que, um dia, terei que dar.
— Sempre tão ansiosa e ávida por informação.
Depois de um momento, desço da cama para por em prática uma ideia que ela acaba de me dar, mesmo sem saber.
— Não vá embora. — Digo e saio do quarto.
Entro rapidamente no quarto de jogos e pego as bolas tailandesas de prata. Será um bom brinquedinho para aquecer a noite. Gosto destas bolas, elas são confortáveis e ajudarão a manter sua capacidade física e seu tônus muscular para receber meu pau e ter muito orgasmos. —Faz parte do treinamento completo da Sexy Grey?
Quando retorno ao quarto tomo o devido cuidado de não mostrar o que peguei. Percebo que ela está queimando de curiosidade.
— Quando é a sua primeira entrevista amanhã? — Pergunto suavemente.
— Às duas.
Lanço um sorriso perverso e lento, satisfeito em receber a resposta que queria.
— Bom, não precisa madrugar.
Perante seus olhos, eu sutilmente mudo e deixo retornar o Christian dominante.
— Saia da cama. Fique lá.
Aponto para o outro lado da cama. Ela se atrapalha para sair rapidamente enquanto eu obervo atentamente, cintilando promessas em meu olhar.
— Confia em mim? — Pergunto suavemente.
Ela faz um gesto afirmativo. Estendo a mão e mostro as duas bolas prateadas redondas e brilhantes, ligadas por um grosso fio negro, que estão na palma da minha mão.
—Estas são novas. — Digo enfaticamente e ela me olha questionadoramente, aparentando não conhecer o brinquedinho. — Vou colocar elas dentro de você e então vou te dar umas palmadas, não para punir, mas para o seu prazer e o meu. — Pauso, observando os seus olhos arregalados.
Continuo minha explicação:
— E então nós vamos foder e se você ainda estiver acordada, vou repartir um pouco de informação a respeito dos meus anos de formação. Concorda?
Ela ofega e acena concordando, incapaz de falar.
— Boa menina. Abra sua boca.
Ela obedece.
— Abra mais.
Gentilmente coloco as bolas na sua boca.
— Elas precisam ser lubrificadas. Sugue! — Ordeno, com voz suave.
Ela recebe as bolas frias, suaves, pesadas e com gosto metálico em sua boca gostosa. Vejo que começa a explorar os objetos de sua boca com a língua e com movimentos nas bochechas. Que coisa mais sexy para se admirar!
Fico com meu olhar preso ao dela e percebo que se contorce de leve, está se excitando.
— Fique parada, Anastasia. — Aviso. — Pare! —Tiro as bolas de sua boca que saem bem umidificadas de saliva. Movo-me para frente, jogo a coberta para o lado e sento-me na beirada da cama.
— Venha aqui.
Ela fica de pé na minha frente.
— Agora vire-se, abaixe-se e agarre os seus tornozelos.
Ela pisca para mim confusa, aparento desconfiança.
— Não hesite. — Censuro baixinho enquanto coloco as bolas em minha boca numa referência ao que ela faz com minha escova de dentes.
Ela segue minhas ordens e toca os tornozelos com facilidade. A camiseta desliza pelas suas costas, expondo sua bunda e sua calcinha.
Coloco minha mão reverentemente no seu traseiro e muito suavemente acaricio por toda a região. Gentilmente removo a calcinha para o lado e lentamente percorro seu sexo com meu dedo para cima e para baixo Meu corpo se prepara em uma mistura inebriante de antecipação selvagem e excitação. Deslizo um dedo dentro dela e circulo-o deliciosamente devagar, preparando seu buraquinho para o encaixe das bolinhas. Ela geme.
Minha respiração para e eu gemo enquanto repito o movimento. Além da sensação na ponta dos dedos, minha é visão é brindada por sua bunda exposta somente para mim, adornada por uma fina renda e fixa num par de coxas perfeitas. É divinal!
Retiro meu dedo e muito lentamente insiro os objetos, primeiro uma bola, de forma bem lenta que é para ela ir curtindo a sensação deliciosa. Depois a outra, com mais lentidão ainda. Proporcionar estes momentos de prazer enlouquecedor para ela aumentam ainda mais minha loucura de tesão.
As bolas estão na temperatura do corpo, quentes por causa das nossas bocas e muito lubrificadas por causa das nossas salivas. Em contato com sua lubrificação natural deslizam perfeitamente para dentro. Ver sua bocetinha engolindo as bolas é como se meu pau adquirisse olhos para ver como é sugado e acolhido por seu buraquinho apertado e delicioso. A visão é nitroglicerina pura.
Ela aceita a tudo impávida, segurando-se na posição difícil. Verifico se as bolas estão bem encaixadas dentro dela, endireito sua calcinha, acaricio sua maravilhosa bunda e tasco-lhe um beijo à queima roupa.
— Fique de pé. — Ordeno.
Ela se levanta tentando restabelecer o equilíbrio, mas percebo que está trêmula. Pego seus quadris para auxiliá-la a se endireitar e pergunto preocupado.
— Você está bem?
— Sim. —Simplesmente responde.
— Vire-se. — Ela vira e me encara.
— Como é a sensação?
— Estranha.
— Estranho bom ou estranho ruim?
— Estranho bom. — Ela confessa ficando vermelha.
— Bom... — Há um traço de humor perambulando em meus olhos. — Eu quero um copo de água. Vá e pegue um para mim, por favor. E quando você voltar, eu devo te colocar no meu joelho. Pense sobre isso, Anastasia.
Ela arregala os olhos, mas me obedece e sai do quarto. A desculpa da água foi para obrigá-la a caminhar com as bolas e desfrutar das sensações que elas provocam. As mulheres geralmente adoram este brinquedinho. Imagino Anastasia andando na cozinha em busca de um copo e as bolas pesando dentro dela, apertando para baixo, massageando internamente e ela, automaticamente, apertando em volta delas. Isto tudo causando desejo de uma penetração para aliviar a sensação de necessidade por sexo. —E você estará aqui prontinho pra proporcionar este alívio, não Grey?
Enquanto ela não volta coloco a camisinha na mesa de cabeceira. Aproveito e deixo o pacote pronto para ser usado, para não perder tempo. Sei que a hora que colorir sua bunda de rosa, vou ficar num ponto de combustão que só uma boa gozada vai aliviar o incêndio.
Ela retorna rapidamente e fico a assistindo cuidadosamente. Sei que a sensação pode ser estranha para ela, mas sei também que não é ruim. Porém, em se tratando de Anastasia Steele, estas bolas podem ser minha ruína e acabar com as minhas bolas, que já estão ávidas por ela. E se ela decide dizer não me deixando no vácuo? É difícil entender o que passa nesta cabecinha inteligente e linda.
— Obrigado. — Digo enquanto recebo o copo dela.
Lentamente, dou um gole e a água desce provocando uma sensação de alívio em minha garganta. Apesar de não estar com sede, água é sempre bem vinda. Coloco o copo ao lado da mesa de cabeceira. Ela observa a camisinha preparada e já se antecipa ao que vai acontecer. Sei que sua xoxota está necessitando deste meu pau que já não aguenta mais de dureza e necessidade de mergulhar insanamente em sua gruta.
Meu coração aumenta o ritmo já que a hora chegou. Faço o convite com total segurança e desejo.
— Venha. Fique ao meu lado. Como da última vez.
Ela fica ao meu lado totalmente obediente e... acesa.
— Pergunte para mim. — Digo baixinho.
Ela faz um rostinho de dúvida e fica me observando em silêncio.
— Pergunte para mim... — Minha voz está uma pouco mais áspera.
Ela continua na mesma posição, me olhando em dúvida. —Ah, ela esqueceu da obediência ao Dom, vou ter que treiná-la com mais ênfase!
— Pergunte-me, Anastasia. Eu não vou dizer de novo. — E há uma ameaça implícita em minhas palavras, trabalho meu tom de voz com frieza para que ela recupere a memória.
— Me bata, por favor... Senhor. — Ela sussurra.
Finalmente, fecho os olhos momentaneamente, saboreando as suas palavras. Esticando a mão, pego sua mão esquerda e a puxo para os meus joelhos. Ela cai instantaneamente e eu a firmo em meu colo.
Meu coração está na boca quando tenho a visão de sua bunda escultural ali, disposta inteiramente para mim. Gentilmente acaricio o seu traseiro. Tomo o cuidado de mantê-la posicionada em meu colo novamente, de forma bem confortável para que o seu torso descanse na cama. Desta vez não jogo a perna em cima da dela, não vou imobilizá-la totalmente já que ela sabe o que vou fazer.
Acaricio o seu cabelo e o tiro do seu rosto encaixando-o atrás da orelha. Quando termino, pego o seu cabelo na nuca e a seguro no lugar. Puxo gentilmente e a sua cabeça vem para trás.
— Eu quero ver o seu rosto enquanto te dou umas palmadas, Anastasia. — Murmuro, mas o tempo inteiro aproveito para ir esfregando suavemente o seu traseiro, massageando, preparando o território.
Minha mão se move e desce da bunda para a bocetinha. Massageio por fora enquanto as bolas massageiam por dentro. Ela vai pirar de sensações inusitadas e maravilhosas.
— Isso é para o seu prazer, Anastasia. O meu... e o seu... — Sussurro suavemente.
Ergo a mão e a trago para baixo em um tapa ressoante na junção das suas coxas com seu traseiro e seu sexo. O tapa é suave, não coloco muita força porque a intenção é movimentar as bolas. Sei que as elas vão para frente dentro dela proporcionando uma sensação deliciosa. Eu a seguro para que desfrute da magia de sensações entre o ardor na bunda e a plenitude das bolas dentro dela.
Seu rosto se contorce, seu olhar assume uma cor azul escura diferente, está em chamas. Acaricio seu traseiro de novo, trilhando minha palma pela sua pele macia e por cima da calcinha. O contraste entre sua pele e a renda da calcinha causam sensações maravilhosas.
Então dou outra palmada. Ela geme quando a sensação se espalha. Inicio meu padrão usual: esquerda para direita e então para baixo.
As palmadas que vão para baixo é para auxiliar que as bolas se mexam para frente e para traz, dentro dela... e entre cada palmada acaricio, massageio... para que possa ser massageada por dentro e por fora. Seus gemidos, seu olhar perdido em mim à espera do que farei, das novas sensações é tão erótica e estimulante que faz com que tudo cheire a sexo e ampliem as emoções.
Sua pele já está rosada como queria, pauso enquanto lentamente tiro a sua calcinha pelas pernas. Ela se contorce nas minhas pernas auxiliando a liberação da calcinha. Começo de novo, alguns tapas suaves novamente e então vou aumentando, esquerda para direita e para baixo. Cada vez que o tapa é para baixo ela geme com frenesi e suas pupilas dilatam ainda mais. Sua adrenalina deve estar em níveis altíssimos.
— Boa garota, Anastasia. — Gemo com a respiração entrecortada.
Dou mais dois tapas e então puxo os pequenos fios presos nas bolas e as tiro de dentro dela, rapidamente. Tenho que ser rápido e agir com a destreza de um CEO Sexual para que ela não goze imediatamente e nem eu... Pelo menos não deste jeito, já que a excitação é imensa. Gentilmente a viro no colchão e coloco a camisinha. Deito ao seu lado, pego as suas mãos, erguendo-as acima da sua cabeça. Então me aconchego em cima dela, deslizando lentamente, a preenchendo onde os globos prateados estavam. Ela geme alto.
— Ah, Baby! — Sussurro enquanto me movo para trás, para frente, em um ritmo lento e sensual, a saboreando, a sentindo. Retribuo com o mesmo carinho, gentileza e doçura as carícias que há pouco ela me proporcionou.
Como esperava ela cai rapidamente num orgasmo delicioso, violento e exaustivo. Ao se contorcer em espasmos aperta ao redor do meu instrumento mor de prazer, o que incita minha própria liberação, num orgasmo frenético, forte, sensacional. Enquanto despejo meu líquido quente para dentro dela não contenho meu ápice de extremo prazer. Mergulho nas profundezas de seu olhar e disparo numa admiração desesperada, sem controle da respiração, sem controle das emoções. Somente eu e ela...
 A.... Na... Ana...Ana!
Desabo em silêncio e sem forças sobre ela. Num silêncio ofegante seguro suas mãos ainda interligadas com as minhas numa mostra de submissão, aceitação e intensa cumplicidade.
Finalmente consigo puxar um pouco de ar e meu cérebro volta do bombardeio de adrenalina e extremo prazer. Inclino-me para trás e a encaro.
— Eu gostei disso, gostei muito... — E num agradecimento verdadeiro, tasco-lhe um beijo doce, provando o néctar de seus lábios.
Minha vontade é de jamais parar de beber desta fonte sagrada, mas a responsabilidade e a prudência falam mais alto. A noite invade o tempo dos mortais, numa véspera de segunda- feira. Ela precisa estar bem para sua entrevista, então me levanto, a cubro com a coberta e vou para o banheiro apanhar a loção umectante com hamamélis para refrescar sua pele. Volto e sento ao seu lado na cama.
— Vire-se. — Ela obedece e me oferece a linda visão de uma bunda rosa escarlate, minha nova cor preferida. Eu admiro o trabalho feito. — O seu traseiro está com uma cor gloriosa. — Digo aprovadoramente e, carinhosamente, massageio a loção refrescante no seu traseiro macio.
— Abre o jogo, Grey. — Ela boceja. —Ah, sabia que jamais ela desistira ou esqueceria do trato... Minha garota!
— Srta. Steele, você sabe como estragar um momento.
— Nós temos um trato.
— Como você se sente?
— Sendo passada para trás.
Eu suspiro, deslizo para seu lado na cama e a puxo para os meus braços. Com cuidado para não tocar o seu traseiro dolorido, estamos de conchinha novamente. Eu a beijo bem suavemente ao lado da sua orelha procurando as palavras mais adequadas para contar um pouco do meu martírio.
— A mulher que me trouxe para este mundo era uma puta viciada em crack, Anastasia.... Paro para respirar e estancar um pouco do sangue que corre das chagas que se rasgam quando toco neste maldito assunto. — Agora durma, Baby, durma...
— Era?
— Sim, ela está morta.
— Há quanto tempo?
Suspiro novamente já que dói demais falar sobre isto.
— Ela morreu quando eu tinha quatro anos. Realmente não me lembro dela. Carrick me deu alguns detalhes. Eu apenas me lembro de certas coisas. Por favor... agora vá dormir!
— Boa noite, Christian.
— Boa noite, Ana.
Enquanto ela mergulha num sono exausto, eu busco o equilíbrio das minhas emoções. Olho o meu quarto e, por incrível que pareça, acho que ela combina perfeitamente ali, como se este espaço tão íntimo do meu mundo esperasse por ela.
Lembro-me das palavras de Flynn. —Ah, não DOUTOR Flynn, dê o fora da minha cama, agora! Você não cabe aqui...
Mas suas palavras ecoam alto em meus ouvidos, rasgando o silêncio da noite e reconfortando as estruturas abaladas da mente: “—Grey, o presente é seu melhor presente, pense nisto...”
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