5 de mai. de 2013

Capítulo 7- A primeira vez




— Vamos?
Levo-a até o elevador, digito o número no painel para a porta se abrir. No elevador, completamente revestido de espelhos, posso vê-la por todos os ângulos e em duplicatas. É uma linda visão. Digito o outro código e começamos a descer.
Ao chegarmos ao vestíbulo totalmente branco, reparo que ela fica observando o ambiente e detém-se especialmente na mesa redonda de madeira escura, o buquê de flores brancas e os quadros da parede. Gosto da entrada receptiva com flores e exijo que Gail conserve e as mantenha sempre frescas e viçosas. Abro a porta dupla, e atravessamos o amplo corredor que nos leva até a entrada da sala. Escolhi uma decoração moderna, clean, onde imperam o branco, o aço inoxidável e as paredes de vidro que me proporcionam uma excelente vista da cidade.
A lareira está acesa com um fogo brando, bem diferente do fogo ardente que queima minhas estranhas. Ela está boquiaberta com a imponência do apartamento e eu entendo que esteja assim. —Vá se acostumando ao mundo de Christian Grey, minha convidada de honra!
Noto que ela observa a área da cozinha com as bancadas de madeira escura, o bar preparado para seis pessoas, a mesa de jantar e suas dezesseis cadeiras. Quando ela avista o meu piano negro vejo que há encantamento em seu olhar. —Sim, minha cara, também tenho um lado sensível, mesmo que seja em poucos momentos musicais.
O som do piano me acalma, tocá-lo é... libertador. Digo:
— Quer tirar a jaqueta?
Ela nega com a cabeça, deve estar com frio por causa do pouso do helicóptero ou está se protegendo, talvez de mim.
— Quer beber alguma coisa? — Pergunto-lhe.
Ela pisca estranhamente. Talvez tenha medo de beber por causa da noite anterior.
— Vou tomar uma taça de vinho branco. Você quer uma?
— Sim, obrigada. — Percebo o quanto ela esta incomodada e fico buscando uma forma de deixá-la mais à vontade.
Ela se aproxima da parede de vidro e observa a linda visão de Seattle, que a esta hora, está totalmente iluminada. Ao retornar lentamente para a cozinha me encontra tirando o paletó. Enquanto abro a garrafa de vinho vou me deliciando com a linda visão dela vindo em minha direção. —Que espetáculo, Srta. Steele!
— Pouily Fumei é do seu agrado?
— Não tenho a menor ideia sobre vinhos, Christian. Estou certa de que será perfeito.
— Tome, é muito bom! — Ela está tensa, falando com a voz entrecortada. Compreendo que meu universo seja muito diferente do dela e que esteja, de certa forma, se adaptando ao ambiente. Ela toma um gole e observa as taças de cristais grossos, luxuosos e modernos. O vinho está gelado e é fresco, leve e delicioso. Mas permanece em silêncio... isto me preocupa.


— Você está muito quieta e nem mesmo está corada. A verdade é que acredito que nunca te vi tão pálida, Anastasia. — Murmuro. — Está com fome?
Ela nega com a cabeça e, finalmente, responde:
— Que casa tão grande.
— Grande?
— Grande. — Ah, como eu suspeitava, está intimidada com o apartamento. Divirto-me com o comentário e admito.
— É grande sim.
Ela toma outro gole do vinho.
— Sabe tocar? — Ela aponta para o piano.
— Sim.
— Bem?
— Sim.
— Claro, como não. Há algo que não faça bem?
— Sim... umas duas ou três coisas. —Pisco a fim de provocá-la.
Tomo um gole de vinho sem tirar os olhos de cima dela. Fico imaginando as coisas bem feitas que pretendo fazer, talvez algumas coisas do “mau”, mas que nos darão extremo prazer.
— Vamos sentar?
Ela concorda com a cabeça. Pego sua mão e nos encaminhamos até o sofá branco da sala. Me sento a seu lado. Ela observa a imponência da sala novamente e começa a sorrir.
— O que está tão divertido? —Pergunto.
— Por que me deu de presente precisamente Tess, de D'Urberville?
De novo a pergunta surpresa. Respondo calmamente.
— Bom, você me disse que gostava de Thomas Hardy.
— Só por isso? —Ah, vamos às explicações literárias...
Eu poderia dizer que quis impressioná-la. —Porque quis mesmo, era esta a intenção. Poderia também comparar Tess a ela: uma jovem cheia de encantos e inocência, que fica sucumbida a uma sociedade de parâmetros morais bastante preconceituosos, mas aí noto que a comparação é com minha própria vida. Os parâmetros morais da sociedade moderna ainda não aceitam o que faço na cama... E sem contar que, para ela, ainda posso me tornar o vilão Alec ou o herói Angel. Em meio a estas dúvidas, respondo:
— Achei apropriado. Eu poderia mantê-la num ideal impossível e elevadíssimo como Angel Clare, ou te corromper completamente, como Alec d'Urbervile.
Ela me encara com seus brilhantes olhos azuis.
— Se apenas houver duas possibilidades, escolho a corrupção. —Como assim? Dez a zero para ela. Me pegou totalmente de surpresa! Ela fica ruborizada, esperando minha reação e começa a morder o lábio. —Ah, quer ser corrompida é, Srta Steele?
— Anastasia, pare de morder o lábio, por favor. Isso me distrai e você não sabe o que diz.
— Por isso estou aqui.
Ela está me desafiando e eu sinto que o momento de decidir tudo é agora.
— Sim. Aguarde um momento?
Vou até meu escritório e trago o termo que foi preparado por meus advogados e que uso sempre quando começo algo com uma nova submissa. É uma prática até comum entre os que apreciam o mundo da submissão e dominação. É também uma forma de me proteger, caso alguma decida usar o relacionamento contra mim e minha posição no mundo dos negócios.
Volto com os papéis nas mãos e começo a explicar.
—Isto é um acordo de confidencialidade. —Querendo ou não, é uma conversa incômoda e eu me sinto bastante tenso. — Meu advogado insistiu.
Estendo os papéis e comparo novamente o que está acontecendo conosco ao romance de Hardy que ela tanto aprecia.
— Se escolher a segunda opção, a corrupção, terá que assiná-los.
— E se eu não quiser assinar nada?
— Então fica com os ideais de Angel Clare, bom, ao menos na maior parte do livro.
— O que implica este acordo?
— Implica que não pode contar nada do que aconteça entre nós. Nada a ninguém.
— De acordo, assinarei.
Estendo uma caneta. Geralmente esta prática é simples para mim, mas desta vez sinto algo muito diferente, como se não devesse entregar isso a ela.
— Nem sequer vai ler?
— Não.
Fico preocupado, ela não está dando a devida importância a isto.
— Anastasia, sempre deveria ler tudo o que assina. — Isto é preocupante, pois se for uma atitude comum dela, pode se meter em sérias confusões. —Ah, Grey. Talvez esta seja a maior confusão da vida dela!
— Christian, o que você não entende é que em nenhum caso falaria sobre nós com ninguém. Nem sequer com Kate. Dá no mesmo se assinar um acordo ou não. Se for tão importante para você ou para seu advogado... é óbvio que você falou de mim para ele. Assinarei.
Observo-a fixamente. De novo ela dá seu recado e se mostra inteligente.
— Boa observação, Srta. Steele.
Ela assina as duas cópias, me devolve uma, dobra a outra a colocando na bolsa. Volta para seu vinho, toma um bom gole e tenta se mostrar despreocupada. Num gesto de valentia me pergunta:
— Depois disso, vai fazer amor comigo esta noite, Christian?
— Não, Anastasia, bem, quero dizer... Em primeiro lugar, eu não faço amor. Eu fodo... com força! Em segundo lugar, temos muito mais papelada para arrumar. E em terceiro lugar, ainda não sabe do que se trata. Ainda poderia sair correndo. Venha, quero te mostrar meu quarto de jogos.
Ela fica boquiaberta e para minha surpresa pergunta:
— Quer jogar Xbox?
Não aguentei. Talvez tenha sido a maior mostra do tamanho da inocência dela e ri muito, chegando às gargalhadas.
— Não, Anastasia, nem Xbox, nem PlayStation. Venha.
Levantei do sofá e estendi a mão para que ela me acompanhasse. Atravessamos o corredor, as portas duplas, a escada e atingimos o andar de cima. Na mesma velocidade que eu a dirigia, meu coração me sufocava. Não quis parar, pois tinha medo de mudar de ideia e de atitude. Este era o momento e eu enfrentei minhas dúvidas como o bom guerreiro que sou. Não era hora de o medo me dominar.
Já no andar superior, viramos à direita e avistamos a porta da minha perdição e, por muitas vezes, da minha salvação. Finalmente ia desnudar minha alma, minha vida, minhas predileções para ela. Sem saber como seria sua reação, retirei a chave do bolso, virei a fechadura e respirei fundo, dizendo:
— Pode partir a qualquer momento. O helicóptero está preparado para te levar aonde queira. Pode passar a noite aqui e partir amanhã pela manhã. O que disser, para mim, estará bem.
— Abra esta maldita porta de uma vez, Christian.
Abri a porta e me afastei dando passagem para que ela entrasse primeiro.
Enquanto olhava incrédula ao redor, um filme foi passando pela minha cabeça. Elena, minha mentora nesta arte, foi quem me ajudou a montar o quarto de jogos.
Ele cheira a couro, madeira e cera por conta dos diversos apetrechos que o compõem. Eu acrescentei um pouco de aromas cítricos nas velas perfumadas, pois me remetem a frescor. A iluminação é muito calculada para as diversas práticas que faço aqui, parte do teto e deixa o ambiente bastante agradável, de forma muito sutil. Mandei pintar as paredes de vermelho escuro para um ar de extrema luxúria, combinando com o chão e móveis de madeira maciça. Há um ar de acolhimento indescritível para mim, mas estou afoito para saber o que ela pensa.
Ela repara em tudo, mas seu olhar se detém no grande X de madeira, de mogno brilhante e nas argolas nos extremos, que são mecanismos básicos de segurança. Depois, se volta para a grade de ferro suspensa no teto, nas cordas penduradas e nas algemas brilhantes...
São momentos que parecem séculos, pois ela não demonstra reação, apenas observa a tudo com olhos impassíveis. Meu coração acelerado não me permite pensar com muita nitidez e eu sinto que meu corpo treme de ansiedade e medo.
Ela começa a observar com cautela a coleção de varas, chicotes e os instrumentos com plumas. Mal sabe ela da minha destreza em manejar estes instrumentos causando dor e muito, mas muito prazer.
Ela toca discretamente com a ponta dos dedos a cômoda de mogno maciço e gavetas estreitas, onde acomodo os butt plugs, clamps, os instrumentos de abrasão como lixas e escovas, chibatas, coleiras, vibradores, gag- balls, palmatória, luvas, tampões de ouvidos e muitos outros apetrechos de dor e prazer.
Percorre o olhar pelo banco acolchoado de couro vermelho, a estante de madeira onde acomodo as varas de diversos tamanhos e grossuras. Depois se detém na sólida mesa de quase dois metros de largura, de madeira brilhante com pernas talhadas nos dois tamboretes combinando.
Nenhuma palavra e um sentimento agonizante toma conta de mim. Mas resolvo aguardar para ver qual será seu comportamento diante de momento tão delicado.
Ela observa atentamente a cama com dossel de quatro postes talhados no estilo rococó do século XIX. Olha atentamente abaixo do dossel para as correntes e algemas. O lençol vermelho e as várias almofadas de seda que cobrem o colchão completam a atmosfera de luxúria do meu quarto de jogos que ela agora é apresentada. Claro que o grande sofá Chesterfield, colocado no meio da sala, de frente para a cama, onde gosto de me sentar e observar minhas submissas imobilizadas também chama a sua atenção.
Ela gira para mim e me olha fixamente, de forma penetrante. Caminha pelo quarto e toca as plumas, eu explico:
— É um chicote de tiras. — Digo em voz baixa e doce, sentido um pouco de vergonha.
Ela aparenta estar paralisada, provavelmente de medo e de terror. Sinto minha alma mergulhando no extremo do desespero e me preparo para uma resposta negativa. Está em estado de choque. Aproxima-se da cama novamente e passa a mão por um dos postes. Não aguento mais a tensão e imploro.
— Diga algo, Anastasia, pelo amor de Deus! — Peço da forma mais doce que encontro para disfarçar o gosto amargo que se espalha dentro de mim.
— Faz com as pessoas ou fazem com você?
A pureza dela me encanta e surpreende novamente. Esperava tantas outras perguntas, ou até que me abandonasse e saísse correndo de medo, mas não. Acabo achando um alívio a pergunta que ela me faz.
— Pessoas? —Pisco um par de vezes, será que ela pensa que trago homens aqui? — Faço isso somente com mulheres e que desejam que eu faça.
— Se você tem voluntárias dispostas a aceitar isso, por que me trouxe aqui?
— Porque desejo muito fazer isto com você.
— Oh.
Ela demonstra surpresa e incredulidade na voz. Caminha para o outro canto do quarto, passa a mão pelo banco acolchoado e desliza os dedos pelo couro. Esta pensativa, sondando o ambiente.
— É um sádico?
— Sou um Dominador.
Encaro seu olhar em busca de uma pista sobre os sentimentos dela depois desta revelação.
— O que significa isso? — Pergunta muito tensa.
— Significa que quero que se renda a mim, em tudo, voluntariamente.
Ela me encara e diz:
— Porque faria algo assim?
— Para me satisfazer. — Murmuro, inclinando a cabeça e esboçando meu real interesse, sorrio para ela. — Digamos, em termos muito simples, que quero que você queira me satisfazer. — Digo em voz baixa, hipnótica.
—Como tenho que fazer?
— Tenho normas e quero que as aceite. São normas que te beneficiam e me proporcionam prazer. Se cumprir essas normas para satisfazer-me, te recompensarei. Se não, te castigarei para que você aprenda. — Sussurro.
Ela me ouve enquanto olha fixamente para a estante de varas.
— E em que momento entra em jogo tudo isso? —Ela abre os braços e gira apontando para o quarto todo.
— É parte do pacote de incentivos. Tanto da recompensa como do castigo.
— Então desfrutará exercendo sua vontade sobre mim.
— Preciso ganhar sua confiança e respeito em primeiro lugar. Depois, se você permitir, exercerei minhas vontades. Será um grande prazer e grande alegria, caso você aceite e se submeta. Quanto mais se submeter, maior será minha alegria. A equação é muito simples.
— Certo, e o que eu ganho com tudo isso?
Encolho os ombros num gesto de desculpas e limito-me a responder:
—A mim. —Ela nada responde enquanto passa a mão por uma das varas.
— Anastasia, preciso saber no que você está pensando. — Murmuro nervoso. – Vamos voltar para baixo, assim poderei me concentrar melhor. Desconcentro-me muito com você aqui.
Estendo uma mão, mas percebo que ela reluta em segurá-la. Isso me apavora, não posso perdê-la depois de tamanha revelação.
— Não vou te machucar, Anastasia, venha.
Ela me olha friamente, segura minha mão e sai comigo do quarto.
— Quero mostrar algo, se por acaso aceitar minha proposta.
Giro a direita do quarto de jogos como ela, passamos junto às várias portas dos demais ambientes até chegarmos à última, o quarto de hóspedes. Apresento a ela o quarto que mantenho, com uma cama de casal bastante confortável e tudo branco, desde a roupa de cama até as mobílias. A parede de vidro cria um contraste entre os diversos tons do céu e da cidade de Seattle rebatendo a aura monocromática do quarto.
— Este será seu quarto. Pode decorá-lo a seu gosto e ter aqui o que quiser.
— Meu quarto? Espera que venha viver aqui? — Ela nem consegue disfarçar o tom horrorizado de sua voz.
— Viver não. Apenas, digamos, de sexta à noite até a noite de domingo. Temos que conversar sobre o acordo e negociar. — Acrescento em voz baixa e receosa.
— Dormirei aqui?
— Sim.
— Não com você.
—Não. Eu não durmo com ninguém. Dormi com você apenas quando se embebedou até perder o sentido. — Digo isso a repreendendo
— Onde você dorme?
— Meu quarto está abaixo. Vamos, você deve estar com fome.
— É estranho, mas acho que perdi a fome.
— Tem que comer Anastasia. — Chamo a atenção dela.
Seguro sua mão e voltamos para o andar de baixo. Ela está inquieta, visivelmente alterada. —Calma, Grey. Coloque-se no lugar dela, é muita novidade!
— Sou totalmente consciente de que ando por um caminho escuro, Anastasia, e que estou te convidando para entrar nele. Por isso quero de verdade que pense bem. Com certeza tem coisas para me perguntar. — Solto sua mão e dirigindo-me para a cozinha vou dizendo:— Assinou um acordo de confidencialidade, assim, pode me perguntar o que quiser que responderei.
Ela se senta junto à bancada da cozinha e me observa tirar um prato de queijo com dois cachos de uva brancas e vermelhas de dentro da geladeira. Deixo o prato sobre a mesa e começo a cortar uma baguete.
— Sente-se. — Digo apontando um banco junto à bancada.
Ela obedece sem relutar.
— Falou sobre os papéis.
— Sim.
— A que se refere?
— Bom, além do acordo de confidencialidade, há um contrato que especifica o que faremos e o que não faremos. Tenho que saber quais são seus limites, e você tem que saber quais são os meus. Trata-se de um consenso, Anastasia.
— E se eu não quiser?
— Tudo bem. — Respondo com prudência.
— Mas, aí não teremos nenhuma relação? — Ela questiona.
— Não.
—Por quê?
— Porque esse é o único tipo de relação que me interessa.
— Por quê?
Encolho os ombros para aparentar indiferença.
— Porque sou assim.
— E como você ficou desse jeito?
— Por que cada um é como é? É muito difícil saber. Porque uns gostam de queijo e outros odeiam? Você gosta de queijo? A senhora Jones, minha governanta deixou queijo para o jantar.
Pego dois pratos grandes do armário e coloco na bancada, diante dela.
— Que normas tenho que cumprir?
— Tenho por escrito. Veremos depois de jantar.
— De verdade, não tenho fome. — Ela sussurra.
— Vai comer — Me limito a responder. — Quer outra taça de vinho?
— Sim, por favor.
Sirvo outra taça e sento a seu lado. Ela dá um gole apressado.
— Sirva-se, Anastasia. —Ordeno.
Ela pega apenas um pequeno cacho de uvas. Reviro os olhos para ela. —Terei que corrigir os hábitos alimentares da Srta Steele, pondero.
— Faz muito tempo que você faz isto? — Pergunta.
— Sim.
— É fácil encontrar mulheres que aceitem?
Olho em seus olhos e levanto uma sobrancelha.
— Você ficaria surpresa. — Respondo friamente.
— Então, porque eu? De verdade, não entendo.
—Anastasia, já te disse. Tem algo entre nós. Não consigo me afastar de você. — Sorrio ironicamente. — Sou um pássaro atraído pela luz. — Minha voz fica trêmula delatando minha insegurança. —Te desejo com loucura, especialmente agora, quando morde os lábios. — Respiro fundo e engulo em seco.
— Acho que inverteu este clichê a seu respeito. — Responde.
— Coma!
— Não. Ainda não assinei nada, assim, acho que farei o que quiser se não se importa.
Estas palavras me acalmam e eu consigo esboçar um sorriso.
— Como quiser, Srta Steele.
— Quantas mulheres? — Ela pergunta de uma vez, com muita curiosidade.
— Quinze.
— Durante longos períodos de tempo?
— Algumas sim.
— Alguma vez machucou alguma?
— Sim.
Ela estremece.
— Grave?
— Não.
— Me machucaria?
— O que quer dizer?
— Se vai me machucar fisicamente.
— Te castigarei quando for necessário e será doloroso.
Ela toma outro gole de vinho.
— Alguma vez te bateram? — Pergunta.
— Sim.
Percebo a surpresa dela diante desta revelação, pois fica com os olhos ainda maiores me observando.
— Vamos conversar no meu escritório. Quero mostrar algo.
No escritório, sento à mesa e ela senta na cadeira de couro. Retiro o papel da gaveta e entrego a ela
— Estas são as regras. Podemos mudá-las. Formam parte do contrato, que também te darei. Leia e comentaremos.

NORMAS

Obediência:
A Submissa obedecerá imediatamente todas as instruções do Dominador, sem duvidar, sem reservas e de forma expressiva. A Submissa aceitará toda atividade sexual que o Dominador considerar oportuna e prazerosa, exceto as atividades contempladas nos limites rígidos (Apêndice 2). O fará com entusiasmo e sem duvidar.

Sono:

A Submissa garantirá que dormirá no mínimo sete horas diárias quando não estiver com o Dominador.

Refeição:

Para cuidar de sua saúde e bem estar, a Submissa comerá frequentemente alimentos incluídos em uma lista (Apêndice 4). A Submissa não comerá entre as refeições, a exceção de fruta.

Roupas:

Durante a vigência do contrato, a Submissa apenas usará roupa que o Dominador houver aprovado. O Dominador oferecerá a Submissa uma quantia para roupas. O Dominador acompanhará a Submissa para comprar roupas quando seja necessário. Se o Dominador assim o exige, enquanto o contrato estiver vigente, a Submissa vestirá os adornos que exija o Dominador, em sua presença ou em qualquer outro momento que o Dominador considere oportuno.

Exercício:

O Dominador proporcionará a Submissa um personal trainer quatro vezes por semana, em sessões de uma hora, horas convenientes para o treinador e a Submissa. O personal trainer informará ao Dominador os avanços da Submissa.

Higiene pessoal e beleza:

A Submissa estará limpa e depilada a todo momento. A Submissa irá ao salão de beleza escolhido pelo Dominador quando este decida e se submeterá a qualquer tratamento que o Dominador considere oportuno.

Segurança pessoal:

A Submissa não beberá em excesso, não fumará, não tomará nenhuma substância psicotrópica, nem correrá riscos sem necessidade.

Qualidades pessoais:

A Submissa apenas manterá relações sexuais com o Dominador. A Submissa se comportará a todo o momento com respeito e humildade. Deve compreender que sua conduta influencia diretamente na do Dominador. Será responsável por qualquer ato, maldade ou má conduta que leve a cabo quando o Dominador não estiver presente.

O não cumprimento de qualquer uma das normas anteriores será imediatamente castigada e o Dominador determinará a natureza do castigo.


Ela lê com atenção e me pergunta em seguida.

— Limites rígidos?
— Sim. O que você não fará e o que não farei. Temos que especificar em nosso acordo.
— Não tenho certeza se vou aceitar dinheiro para roupas. Não me parece correto.
— Quero gastar dinheiro com você. Deixe-me comprar suas roupas. Talvez necessite que me acompanhe em algum ato, e quero que esteja bem vestida. Tenho certeza que com seu salário, quando encontrar um trabalho não poderá pagar as roupas que gostaria que vestisse.
— Não terei que usar quando não estiver com você?
— Não.
— CertoTambém Não quero fazer exercícios quatro vezes por semana.
— Anastasia, necessito que esteja ágil, forte e resistente. Confie em mim, tem que fazer exercícios.
— Com certeza não quatro vezes por semana. O que acha de três?
— Quero que seja quatro.
— Pensei que fosse uma negociação.
— Certo Srta Steele, tem razão. Que tal uma hora, três dias por semana e meia hora outro dia?
— Três dias, três horas. Você me dá a impressão de que se ocupará de que faça exercício quanto estiver aqui.
Sorrio perversamente me sentindo aliviado. Até que a negociação caminha bem.
— Sim, o farei então. Tem certeza de que não quer trabalhar em minha empresa? É muito boa negociando.
— Não, não acho que seja uma boa ideia.
— Vamos aos limites. Estes são os meus. — Estendo outra folha para ela.

LÍMITES RÍGIDOS:


Atos com fogo.

Atos com urina, fezes e excrementos.
Atos com agulhas, facas, perfurações e sangue.
Atos com instrumentos médicos ginecológicos.
Atos com crianças e animais.
Atos que deixem marcas permanentes na pele.
Atos relativos ao controle da respiração.
Atividade que implique contato direto com corrente elétrica, fogo e chamas no corpo.

Ela fica pálida, parece estar enjoada. Isto me preocupa, pois ainda não sei como está absorvendo todas estas informações que, claramente, são novidades para ela.

— Quer acrescentar algo? — pergunto amavelmente.
Ela está emudecida, com o olhar amedrontado.
— Há algo que não queira fazer?
— Não sei.
— O que é que não sabe?
Ela se ajeita na cadeira e morde os lábios.
— Bem, é que nunca fiz nada parecido com isso. É tudo novidade para mim.
— Bom, há algo que não goste no sexo?
Ela me olha ainda mais ruborizada que de costume e se remexe na cadeira.
— Pode me dizer, Anastasia. Se não formos sinceros, não vai funcionar.
Volta a se mover incomodada e olha fixamente para as mãos.
— Conte para mim! — Eu a incentivo. —Caramba, Grey! Pelo jeito ela não gosta de alguma coisa no sexo, o que será?
— Bom... é que nunca fiz sexo antes, então não sei. — Diz com uma voz baixa.
Esperava qualquer coisa, menos esta revelação. Sinto como se tomasse um soco no estômago ou se recebesse um ippon no judô. O sangue desapareceu das minhas veias numa fração de segundos. Uma paralisia instantânea toma conta do meu corpo. Olho para ela incrédulo e sem saber o que dizer.
— Nu...Nunca? — Sussurro.
Ela faz um gesto afirmativo com a cabeça.
— Você ainda é...vi... virgem?
Ela balança a cabeça assentindo e volta a ruborizar. Fecho os olhos e conto de um bilhão a zero em ordem decrescente. Não sei como lidar com esta situação. Sabia que ela era inocente, inexperiente, mas... virgem? Uma universitária virgem? Como eu poderia supor isso? E depois de tudo o que mostrei para ela. O que foi que eu fiz? Abro os olhos e digo:
— Por que, não me disse, porra? — Meu lobo raivoso está em modo uivo enlouquecidoE agora, como lidar com isso, Grey?

* * *

Levanto-me enfurecido e começo a andar pelo escritório. Passo as mãos pelos cabelos como se fosse arrancá-los. Um turbilhão de emoções dilaceram minha mente e meu coração. Gosto de controle, de prever desafios, evito surpresas, mas isto não estava nos meus planos. Tudo vinha bem até este ponto, mas não contava com esta revelação. Não gosto de ser pego de surpresa desta forma.
Sempre pensei que o melhor esconderijo é quando você não encontra o que escondeu, mas o que tenho diante de mim neste momento é o mesmo que já vivi há anos atrás. Vou apresentar-lhe este mundo obscuro, que talvez não seja o que ela merece, o que ela queira. Digo zangado.
— Não entendo por que não me disse, Anastasia.
— Não vi razão para isso. Não tenho por costume ir falando por aí sobre a minha vida sexual. Além disso... acabamos de nos conhecer. — Ela olha para as mãos e depois para mim, está assustada e tão perdida quanto eu..
— Bom, agora sabe muito mais de mim — Falo bruscamente, e aperto os lábios. —Sabia que não tinha muita experiência, mas... virgem! —Nossa, que palavra difícil de pronunciar neste momento.
— Inferno, Ana, eu acabo de te mostrar... — Me queixo com muita raiva. — Que Deus me perdoe. Já beijaram você alguma vez, sem que tenha sido eu?
— Claro que sim — Ela me responde aparentando estar ofendida.
— E nenhum rapaz bonito a fez se apaixonar? Realmente, não entendo. Tem vinte e um anos, quase vinte e dois. Você é bonita. — Volto a passar a mão pelo cabelo, pois estou realmente incrédulo. Esta situação é surreal, inimaginável.
— E você está falando sobre o que quero fazer, quando não tem experiência? —Junto as sobrancelhas ainda sem acreditar no que está acontecendo. Preciso de mais informações para compreender a situação.
— Por que evitou o sexo? Conte-me, por favor.
Ela encolhe os ombros.
— Ninguém realmente, você sabe... — Ninguém me fez sentir assim, só você. E no final, você é uma espécie de monstro. — Por que está tão zangado comigo? — Sua voz é apenas um sussurro.
Sinto como se uma faca atravessasse meu coração. —Isso mesmo, sou um monstro cruel, pervertido, fodido, perdido... Não é justo que meu lado escuro apague a luz que ela irradia. Olho sua beleza angelical e sinto uma tremenda aversão por mim mesmo. Não tinha o direito de querer despertar o lado obscuro dela, não para quem não tem experiência sexual nenhuma.
— Não estou zangado com você, estou zangado comigo mesmo. Eu pensei que... — suspiro e olho atentamente para ela balançando a cabeça. — Quer partir ? — Pergunto, gentilmente, já que é o mínimo que posso fazer neste momento.
— Não, a menos que você queira que eu parta — murmura.
— Claro que não. Eu gosto de tê-la aqui. — Dou uma olhada ao relógio. — É tarde. — Volto a levantar os olhos para ela. — Você está mordendo o lábio. —Digo com voz rouca porque este gesto me seduz, me excita.
— Desculpe.
— Não se desculpe. É que eu também quero mordê-lo, forte.
Fico olhando para ela que está boquiaberta... Perco completamente a noção de juízo e de decência que ainda há em mim e tomo a decisão mais alucinada da minha vida.
— Venha, — Ordeno.
— O quê?
— Vamos resolver este problema agora mesmo.
— O que quer dizer? Que problema?
— Sua situação, Ana. Vou fazer amor com você, agora.
— Oh. —sinto que ela prende a respiração.
— Isto é, se você quiser, eu quero dizer, não quero me meter em encrenca.
— Eu pensei que você não fizesse amor, Christian. Pensei que você só fodesse com força. — Ah, depois de tudo isso me desafiando, Srta Steele? Quer jogar? Vamos jogar! Lanço um sorriso perverso e sedutor para ela. Seu olhar contido e amedrontado despertam as faíscas que estavam apagadas desde que lhe apresentei o quarto de jogos. Ela está me provocando, brincando com fogo, e eu vou fazer sua pele arder de tanto tesão.
— Posso fazer uma exceção, ou talvez combinar as duas coisas, veremos. Eu realmente quero fazer amor com você. Por favor, venha para a cama comigo. Quero que nosso acordo funcione, mas você tem que ter uma ideia de onde está se metendo. Podemos começar seu treinamento esta noite... com o básico. Isso não significa que venha com flores e corações, é um meio para chegar a um fim, mas quero esse fim e espero que você o queira também. — Olho para ela com a intensidade que norteia minhas palavras.
Ela ruboriza, mas demonstra estar tão afetada quanto a mim.
— Mas não tenho que fazer tudo o que pede em sua lista de regras. — Ela pergunta com voz entrecortada e insegura.
— Esqueça as regras. Esqueça de todos esses detalhes por esta noite. Eu te desejo tanto... Quero você desde que entrou em minha sala e se estatelou no chão e sei que você também me deseja. Não estaria aqui conversando tranquilamente sobre castigos e limites rígidos se não me desejasse. Ana, por favor, passe a noite comigo.
Estendo a mão para ela. Meus olhos estão brilhantes, ardentes... excitados, o contato com sua mão faz com que qualquer medo, qualquer dúvida desapareçam. Eu a puxo para mim, para os meus braços, para que eu possa sentir o calor do meu corpo contra o dela, e o quanto este contato exerce um efeito poderoso entre nós. Passo os dedos em volta da sua nuca, pego seu rabo de cavalo em meu pulso, puxo delicadamente e a obrigo a olhar para mim.
— Você é uma garota muito valente, corajosa — sussurro — Estou fascinado por você.
Seus olhos são como brasas que ateiam mais fogo nas brasas que estão em mim. Agora há um incêndio que só será apagado assim: me inclino, beijo-a calmamente e chupo seu lábio inferior que tem gosto de desejo e fascinação.
— Queria morder este lábio, — murmuro sem me separar dela. Cuidadosamente, puxo seu lábio com os dentes. Ela geme e sorri.
— Por favor, Ana, me deixe fazer amor com você.
— Sim, — ela sussurra.
Atinjo meu triunfo. É a resposta que ansiava. Não há mais tempo a desperdiçar. Agarro sua mão e a conduzo para o quarto. Ela entra timidamente e repara na decoração em branco e azul claro e na minha cama de dossel. A esta altura da noite, as janelas de vidro refletem as luzes dos arranha-céus de Seattle que fazem um contraponto espetacular na paisagem marinha da cabeceira da cama.
Ela me olha fixamente e percebo que está trêmula. Disfarço, porque eu também estou. Começo a me despir aparentando tranquilidade para passar segurança à ela. Tiro o relógio, o paletó, os sapatos, as meias e sei que ela está na plateia, avaliando minha performance. —Muito bem, continue o show, Grey!
Meus pensamentos confundem minhas atitudes, pois somos dois virgens aqui, mas ela ainda não sabe disso. Nem imagina que é minha primeira vez com sexo baunilha e com uma virgem. Todas as mulheres que possuí tinham vasta experiência.
Preciso fazer uma pergunta que está me incomodando, como não quero causar desentendimentos neste momento, busco a expressão mais doce que consigo encontrar.
— Suponho que não tome pílula.
— Não... bem, não me preparei para isto — Como eu suspeitava, não há como medir o tamanho da inocência dela. Abro a primeira gaveta da cômoda e saco minha caixa de camisinhas. —Boa, Grey! Sempre preparado, sempre protegido!
Olho fixamente para ela procurando achar uma forma de controlar minha respiração que já não obedece ao meu comando.
— Estou preparado, não se preocupe — murmuro. — Quer que feche as persianas?
— Não precisa, não me importo. — ela sussurra. — Pensei que você não permitisse a alguém dormir em sua cama.
— Quem disse que vamos dormir? — Eu murmuro com voz rouca e cheia de promessas para ela.
— Oh. — Sim Srta. Surpresa, vou mantê-la acordada e em alerta a noite toda.
Olho para ela, não há mais o que dizer. Devo partir para a ação. Somos nós, o ar, o brilho das luzes que atravessam a janela e refletem a minha necessidade dela. Não há como explicar o que sinto neste momento, mas confesso que é um sentimento extraordinário.
Vou me aproximando devagar aparentando total segurança porque preciso manter o controle da situação. Meus olhos brilham de desejo ao avistá-la ali, tão linda, sob o reflexo das luzes e do luar que invadem o quarto pelas janelas de vidro. Posso ouvir as batidas do coração dela e ler seus olhos azuis que anseiam por meus beijos, minhas mãos, minha boca, minha língua, minha alma...
Preciso vê-la nua, acariciar sua pele rosada, sentir que provoco arrepios nela, enlouquecê-la de tesão e depois fazê-la sucumbir em êxtase, gritando de prazer e querendo mais, cada vez mais de mim. —Sim, eu posso te oferecer isso, Baby!
Neste momento, sinto-me como se fosse um predador faminto, deve ser o lobo que habita em mim, que depois de tanto caçar e caçar encontrou sua presa. Mas, de repente, este mesmo lobo não decifra quem é a caça e quem é o caçador, pois entende que está totalmente envolto numa armadilha de cabelos castanhos, olhos azuis amedrontados e boca virginal.
— Vamos tirar esta jaqueta, hein? — Digo no único sussurro que consigo produzir. Agarro as lapelas e muito suavemente deslizo a jaqueta pelos seus ombros e a deposito em uma cadeira.
— Tem ideia do muito que a desejo, Ana Steele? — Indago docemente. Ela prende a respiração e me olha com o olhar mais quente e intrigante que já vivenciei. Meus sentidos estão em alerta total. Chego perto e suavemente passo os dedos no seu rosto imaginando o tanto de carícias que pretendo fazer nela.
— Tem ideia do que eu vou fazer com você? — Acrescento, acariciando seu queixo.
Sinto uma dor aguda que me atravessa a alma e um misto de desejo e dúvida me incomodam. Será que serei um amante a altura do que ela sonhou? Será que saberei fazer o sexo que ela imaginou? Não posso assustá-la, traumatizá-la, afugentá-la. —Vamos Grey, acione o modo aprendiz e professor, rapidamente!
Olho ardentemente para ela e, em meio a hipnose de seu olhar, inclino-me e a beijo lentamente, mas de modo voraz. Começo a desabotoar sua blusa beijando ligeiramente a mandíbula, o queixo e os lábios. Tiro a blusa muito devagar e a deixo cair no chão. Afasto-me um pouco e a observo.
É uma deusa grega! Seu corpo perfeito e seios maravilhosos adornados pelo sutiã azul dão o toque celestial e compõem uma pintura divinal, única e perfeita, exposta no meu quarto, somente para mim.
— Oh, Ana... – Digo quando consigo respirar. –Você tem uma pele preciosa, perfeita. Eu quero beijar você centímetro por centímetro.
Ela ruboriza e a chama latente explode em mim. Agarro seu rabo de cavalo, o desfaço e ofego quando seus cabelos caem em cascata sobre seus ombros.
— Eu gosto das morenas — murmuro enquanto coloco as duas mãos entre seus cabelos, segurando em cada lado da sua cabeça. E a ataco com um beijo voraz, exigente até que sua língua indecisa se encontra com a minha e ela solta um gemido. Aperto-a fortemente junto ao meu corpo num abraço e mantenho uma mão em seu cabelo. A outra mão percorre sua coluna até a cintura e segue avançando, segue a curva de seu maravilhoso traseiro. Eu a aperto contra os meus quadris, para que sinta o tamanho da minha ereção e ela solta um novo gemido. —Sim, Srta Provoca Ereção, é tudo para você!
Ela finalmente começa responder aos meus estímulos ao agarrar meus braços e tocar meus bíceps. Timidamente, com um gesto indeciso, sobe as mãos até meu rosto e meu cabelo. Acaricia com cuidado e eu gemo com a sensação maravilhosa que seu toque causa em mim.
Decido conduzi-la devagar para a cama e a sento gentilmente. Seguro seus quadris com as duas mãos e deslizo a língua por seu umbigo, avanço até o quadril a mordiscando e depois percorro sua barriga em direção ao outro lado do quadril. O sabor dela é delicioso.
— Ah, — ela geme deixando claro o quanto está gostando.
Estou de joelhos a sua frente, prostrado aos seus pés, sentindo o sabor de seu corpo sob minha língua. Vê-la gemendo de tesão é tão excitante e sexy que me enlouquece ainda mais. Ela puxa meus cabelos enquanto respira de forma acelerada e eu aprecio a cena com ardor, olhando fixamente para ela.
Resolvo que devo começar a parte mais difícil para uma virgem, e mais desesperadora para mim. Subo as mãos, abro o botão do jeans e baixo lentamente o zíper. Mantenho o contato visual com ela para perceber suas reações e para inspirar-lhe confiança. Minhas mãos se movem sob o cós da calça, movendo o jeans e retirando-o.
A visão que me oferece faz com que minha fome dela se intensifique ainda mais. Detenho-me em sua calcinha e, sem tirar os olhos dela nem por um segundo, lambo os lábios. Inclino-me para frente e passo o nariz pelo vértice onde se unem suas coxas. Neste momento sinto o lobo farejador, ela me apetece e me alucina. Sorvo seu cheiro e é ainda melhor do que eu esperava. Ela tem cheiro de mulher limpa, está depilada. Ela cheira a inocência e isto somente eu terei o privilégio de sentir, pois foi feito e reservado para mim. Neste momento me aposso de seu aroma. — Sim, Srta Cheirosa, esta essência, sua essência é única, é minha!
Olho para cima e ela está me observando com seus olhos reluzentes.
— Seu cheiro e maravilhoso, Anastasia! — Murmuro e fecho os olhos, sentindo um prazer indecifrável, porque é puro.
Estendo o braço e retiro o edredom fazendo com que ela se deite sobre a cama. Ainda de joelhos, agarro um pé, retiro um tênis e uma das meias. Ela apoia-se nos cotovelos e se levanta para ver o que estou fazendo, ofegante, morta de desejo, como eu. Agarro seu pé pelo calcanhar e percorro sua panturrilha com o polegar. Sei que as terminações nervosas desta região terão reflexo imediato em seu Monte de Vênus e é esta a minha intenção. Ela geme. Sem tirar os olhos dela, volto a percorrer a panturrilha, desta vez com a língua, e depois com os dentes. Ela cai na cama gemendo e este som me deixa feliz ao ponto de não conter uma deliciosa risada.
— Ana, não imagina o que eu poderia fazer contigo — sussurro para ela imaginando-a no quarto de jogos. Removo este pensamento imediatamente enquanto a livro do outro tênis e da outra meia, depois me levanto e retiro totalmente seu jeans.
Ela está deitada em minha cama, somente de calcinha e sutiã. Eu a olho atentamente, e a visão que tenho é ainda melhor do que eu tinha imaginado, desde que a conheci toda atrapalhada em meu escritório.
— Seu corpo é maravilhoso e muito sedutor Anastasia Steele. Preciso possuí-la e sentir o que é estar dentro de você.
Ela fica me olhando da forma mais encantadora que me olhou até hoje e eu fico louco para saber mais a respeito dela. Quero enlouquecê-la de tesão de tal forma, que jamais terá desejo por outro. Será o nosso eterno elo.
— Mostre-me como você se dá prazer.
Ela não responde e enrubesce. Ainda está receosa e tímida.
— Não seja tímida, Ana, mostre-me. — Sussurro.
Ela balança a cabeça de forma enigmática.
— Não entendo o que quer dizer — me responde com a voz rouca, tão cheia de desejo, que mal a reconheço.
— Como você se masturba? Quero vê-la.
Mais enrubescida ainda ela balança a cabeça.
— Não me masturbo. — murmura envergonhada.
Esta não. Outra novidade! Será que Anastasia Steele existe mesmo, ou faz parte de um sonho, um devaneio? Balanço a cabeça atônito, quase que não acreditando nesta nova informação que é... inacreditável. —Como assim, nunca se deu prazer Srta Em Busca do Tempo Perdido? Estou aqui para resolver esta questão!
— Bem, veremos o que podemos fazer sobre isso. — Minha voz é baixa, desafiante, em um tom de sensual ameaça.
Desabotoo o meu jeans e o tiro devagar olhando provocantemente em seus olhos. Inclino sobre ela, agarro seus tornozelos, separo rapidamente suas pernas e me arrasto pela cama entre suas pernas. Fico suspenso sobre ela que está se retorcendo de desejo.
— Não se mova —murmuro, me inclinando e beijo a parte interior de uma de suas coxas. Vou subindo, sem deixar de lhe beijar, até encontrar o encaixe das suas calcinhas. Mas ela não para de se retorcer, está muito sensível.
— Vamos ter que trabalhar para que aprenda a ficar quieta, Baby. Sigo beijando a barriga, introduzo a língua no umbigo e continuo minha exploração de território a base de beijos. Ela se contorce, geme, se arrepia e eu me delicio. Muito bom saber o quanto posso provocá-la, enchê-la de desejo e depois de prazer. Sua pele arrepiada só aumenta meu tesão. Meu pau dói de tão ereto que está, mas a sensação é maravilhosa.
Ela está com a pele muito quente e arranha o lençol, enquanto se contorce. Deito ao seu lado e percorro com a mão do seu quadril até o seu peito, passando pela cintura até chegar aos seios e contorná-los sensualmente, delicadamente. —Sim, isto é tortura Srta Steele, para você e para mim.
— Viu como seus seios se encaixam perfeitamente em minha mão, Anastasia? — Digo isso enquanto coloco o dedo indicador pela taça do sutiã e abaixo muito devagar, deixando seu seio nu, empurro para baixo a armação e o tecido. Faço o mesmo no outro seio e admiro a beleza que se apresenta para mim. São seios perfeitos para o tamanho de seu corpo e os mamilos estão bastante duros. Eu fico olhando para eles intensamente, doido para abocanhá-los.
— Muito bonitos — Sussurro admirado, e contemplo os mamilos endurecerem ainda mais.
Sacio minha vontade e chupo gentilmente um mamilo, deslizo uma mão ao outro seio e com o polegar rodeio muito devagar o outro mamilo, alongando-o. Ela geme deliciosamente e eu me embriago com seu gosto. —Sim, que peito gostoso para chupar à exaustão e saciar este tesão.
Parto para o outro mamilo e repito a operação embriagado de prazer. Enquanto ela se agarra aos lençóis, vou lambendo devagar, sem pressa para terminar. É a primeira vez que ela experimenta esta sensação, então tenho uma ideia e rapidamente coloco em prática.
— Vamos ver se conseguimos que você goze assim — sussurro, e sigo com minha lenta e sensual incursão. Nesta dança louca de lábios e dedos percebo que todas as terminações nervosas de seu corpo se concentram em seus mamilos duros, ela está agonizando de tesão e isto só aumenta minha expectativa.
— Oh... por favor — suplica-me, jogando a cabeça para trás, com a boca aberta. —Está em ponto de gozar e eu anseio por este momento.
— Deixe vir, Baby! — digo roucamente. Aperto um mamilo com os dentes, com o polegar e o indicador aperto forte o outro, e ela se debate, se derrama num espasmo louco gritando. Dou-lhe um beijo profundo e invado sua boca com minha língua. Quero sentir seu espasmo com parte do meu corpo dentro dela.
Fico olhando voltar a si e sorrindo satisfeito, admirando sua testa suada, seu olhar lânguido. —O primeiro gozo da sua vida é meu, Srta Delícia!
— Você muito intensa, Anastasia — respiro. — Terá que aprender a controlar-se, e será muito divertido te ensinar como. — A beijo outra vez. Não quero parar de beijá-la.
Enquanto ela recupera a respiração que ainda está irregular, por causa do orgasmo, deslizo uma mão até sua cintura, seus quadris, e sua parte mais íntima.Introduzo um dedo pela renda e lentamente começo a circular seu clitóris. É inacreditável a receptividade dela. Está muito molhada e isto me acende mais ainda, fecho os olhos para conter a luxúria que me invade prendo minha respiração. —Toda molhadinha para você, Grey!
— Você está deliciosamente úmida. Deus, quanto eu te desejo. — Introduzo um dedo para dentro e ela não contém um grito. Fica me olhando sobressaltada, mas percebo que está adorando tanto quanto eu. Começo uma massagem louca de enfiar e tirar o dedo, enquanto isso massageio seu clitóris com a palma da mão. Ela é toda apertadinha, quente e molhada. Começo a ficar muito envolvido neste movimento e resolvo tirar sua calcinha. Sento e jogo-a ao chão, aproveito para me livrar da cueca que só aperta meu pau dolorido de tesão. Libero meu menino que está desorientado, doido para foder este pedaço apertadinho de Anastasia. Vou invadir agora este território inexplorado.Estico o braço até a mesinha da cama, pego uma camisinha. —Ufa, nem sei como ainda consigo me lembrar de por esta merda!
Exasperado, encaixo a camisinha no meu pau que está em brasa e quando me viro surpreendo-a. Está olhando admirada para meu membro, sei que é grande e talvez isto tenha assustado um pouco por causa de sua inexperiência.
— Não se preocupe — sussurro, olhando em seus olhos. — Você dilata. — Inclino-me apoiando as mãos dos lados de sua cabeça, para distribuir o peso e me ajeito sobre ela.
Neste momento me deparo com seu olhar tão intenso e tão rente ao meu. Sei que este será um dos momentos mais especiais de nossas vidas. Ambos estamos perdendo nossas virgindades. Ela por ser a primeira experiência sexual e eu por estar pela primeira vez com uma virgem, por trazer alguém ao meu quarto, por foder na minha cama, por fazer sexo baunilha. Sinto, de repente, uma ternura indecifrável, uma alegria interna que nunca senti. Se fosse interessado em flores e corações diria que é um momento mágico de sensações únicas, puras e verdadeiras.
Nossos sentidos estão aguçados: o gosto da sua boca, o cheiro do seu corpo, a maciez de sua pele, a visão de seu rosto perfeito confiando em mim, se entregando a mim. Falta algo, a audição está apenas aguçada por nossos gemidos roucos e falas entrecortadas. Então, estendo novamente a mão, pego o controle remoto e ligo uma das músicas que escolhi para ela . A voz de Joe Cocker invade meu quarto:

You Are So Beautiful

You are so beautiful to me
You are so beautiful to me,
Can't you see
You're everything I've hoped for
You're everything I need
You are so beautiful to me
You are so beautiful to me
You are so beautiful to me,
Can't you see
You're everything I've hoped for
You're everything I need
You are so beautiful to me.
Olho em seus olhos e ela olha nos meus. Sinto que estão marejados, que ela entende perfeitamente o quanto quero ter delicadeza neste momento, o quanto quero que seja perfeito e inesquecível.
Acaricio levemente seus cabelos, beijo sua testa, seco uma lágrima que rola dos seus olhos tão lindos e pergunto:
— Tem certeza que quer continuar, por que chora? — Sussurro.
— Por favor, continue, choro de felicidade e de desejo — Ela me suplica e eu me enterneço.
— Levante os joelhos, Baby e não tenha medo, você está comigo. — ela obedece e me olha com carinho. — Agora vou fodê-la, senhorita Steele... — murmuro colocando a ponta de meu pau ereto na entrada de seu sexo — Com força! —E a penetro.
— Aaai! — Ela grita, ao sentir o rompimento de seu hímem.
Eu fico imóvel olhando para ela sentindo meu triunfo. Não consigo fechar totalmente a boca e minha respiração está desajustada. A sensação de rompê-la é como se me apossasse dela. Fui escolhido para ser o primeiro entre tantos que devem desejá-la. Estou invadindo os segredos de seu corpo, mas invado também os mistérios de sua existência. A sensação de aperto no meu pau é uma dádiva. É acolhedor é a chave que permite que me aposse dela. Esse momento garante minha entrada num mundo de autoafirmação que não havia imaginado. Enquanto um pedaço dela massageia meu pau, meu ego recebe a melhor massagem que poderia existir.
— Nossa como você está apertadinha. Está tudo bem?
Ela concorda, com seus olhos arregalados e me agarrando com seus braços. Paro um momento imóvel para que ela se acostume com a sensação enquanto a música embala nossas sensações.
— Vou mexer, Baby, posso? — Ela assenti e eu continuo firme. Retrocedo com deliciosa lentidão, fecho os olhos, gemo e volto a lhe penetrar. —Nossa, que sensação deliciosa!
Ela grita pela segunda vez e eu paro.
— Mais? — Digo com voz selvagem.
— Sim — ela responde. Eu a penetro e paro novamente.
— Outra vez? — pergunto.
— Sim. – ela está suplicando.
Então eu me movo sem parar, no começo lentamente para que ela se acostume com os movimentos. Quando ela começa a mover os quadris no mesmo ritmo eu acelero. Invisto com força e sem piedade. Beijo sua boca, mordo seu lábio e dou-lhe estocadas fundas, impiedosas.
— Sinta, este bailado do meu pau dentro de você. Olhe que ritmo perfeito nós descobrimos?
Ela me olha arfante, concordando. Sim, um ritmo que é só nosso, uma conexão sincronizada entre dois amantes que se recusam a desviar os olhos um do outro enquanto desenvolvem um movimento rápido e determinado.
Sinto que ela começa a se esticar se preparando para o novo clímax. Começa a tremer enquanto a penetro mais e mais. Adoro vê-la recoberta de suor e ela começa revirar os olhos. Outro momento meu, só meu!
— Goze para mim, Ana, — eu grito sem fôlego e também gozo para ela, gritando seu nome e me derramando dentro de seu corpo.
Fico arfando de olhos fechados. Ainda estou saboreando as sensações, estou ofegante, tentando acalmar a minha respiração e os batimentos do meu coração. Meus pensamentos estão em desordem desenfreada. Foi incrível, muito melhor do que eu pudesse imaginar. Estou com minha testa apoiada na sua e os olhos fechados. Pisco, abro os olhos e ela está me encarando com olhar de admiração. Continuo dentro dela como se quisesse prolongar este momento para sempre. Inclino e a beijo brandamente na testa e, muito devagar, começo a sair de seu corpo. Continuo olhando como se ela fosse a única mulher no mundo, como se não houvesse nada mais no nosso universo particular e da música que paira no ar. Não consigo dizer nada, apenas a contemplo.
Ela quebra o silêncio.
— Nossa, é uma sensação estranha, que me fez estremecer.
— Eu te machuquei? —Pergunto saindo de cima dela. Fico de lado com um braço dobrado para me equilibrar e ajeito uma mecha de seu cabelo por detrás da orelha. Está linda, exibindo um enorme sorriso.
— Você está, realmente, perguntando se me machucou?
— Não me venha com ironias, Anastasia — digo com um sorriso zombador. — Sério, você está bem?
Ela se estica como uma gata manhosa porque está muito relaxada. Continua sorrindo feliz. Fica ainda mais bela, mais mulher. Teve dois orgasmos para mim, nada mal para uma primeira vez. Fico embevecido e orgulhoso da minha performance, pois sinto que não causei nenhum trauma.
— Você está mordendo o lábio, e não me respondeu. —Ela sorri de forma travessa e está gloriosa.
— Eu gostaria de voltar a fazer isto —sussurra.
De novo ela me surpreende e se mostra muito fogosa contrariando a peculiar timidez. Isto me acende novamente.
— Agora mesmo, Srta Steele? — murmuro e a beijo brandamente.— Não é um pouco exigente? Vire-se.
Ela pisca várias vezes. Eu desabotoo seu sutiã e deslizo minha mão das costas até sua bunda maravilhosa. Vejo como ela se arrepia ao meu toque.
— Tem uma pele realmente preciosa — murmuro. Coloco uma perna entre as suas, me ajeito em suas costas, retiro o cabelo do rosto e a beijo no ombro. Do nada ela me pergunta:
— Por que você não tirou a camisa?
Um arrepio percorre minha espinha e eu fico imóvel. Não posso dizer para ela sobre não gostar de ser tocado. Para não estragar este momento tão maravilhoso, tiro a camisa e me encosto nela novamente. A sensação de nossas peles juntas é estranha e deliciosa. Como ela é macia. A música continua a tocar baixinho, já que deixei para repetir e concordo com a letra: “ Ah, Anastasia, você é tão bonita, tão bonita para mim, você é tudo o que eu esperava, tudo o que eu preciso”.
— Então você quer que eu a foda novamente? — sussurro ao seu ouvido, e começo a lhe beijar muito suavemente ao redor da orelha e no pescoço.
Deslizo minhas mãos para baixo, pela cintura, pelo quadril, pela coxa e para a parte de trás do seu joelho. Empurro seu joelho e me meto entre suas pernas, pressionando-me contra as suas costas. Passo a mão pela coxa até o traseiro. Acaricio devagar as nádegas... ai que vontade de fodê-la bem aqui, quero comer esta bunda deliciosa, mas sei que agora não é o momento. Vou deixar isto para outra oportunidade. Deslizo os dedos entre suas pernas e ela continua muito molhadinha para mim. —Nossa, que delícia, já estou duro novamente, em ponto de explosão!
— Vou foder você por trás, Anastasia, —murmuro, e com a outra mão a agarro pelo cabelo à altura da nuca e puxo ligeiramente para me encaixar. Ela não pode mover a cabeça. Está imobilizada debaixo de mim, indefesa, submissa, do jeito que eu gosto quero vê-la.
— Você é minha, — sussurro. — Só minha. Não se esqueça. —Minha ereção cresce ainda mais contra sua coxa.
Deslizo os dedos e acaricio gentilmente seu clitóris, fazendo círculos muito devagar. Vou mordiscando seu pescoço enquanto minha respiração se acelera.
— Seu cheiro é divino — Acaricio atrás da sua orelha com meu nariz. Esfrego as mãos contra seu corpo uma e outra vez. Em um instinto reflexo, ela começa a se movimentar com os quadris, ao compasso de minha mão, e um prazer enlouquecedor me percorre as veias, é adrenalina pura. Resolvo testar um dos limites dela fazendo uma carícia que talvez muitas mulheres se recusem a aceitar. Até agora ela se mostrou receptiva a tudo.
— Não se mova — ordeno em voz baixa, embora imperiosa, e lentamente introduzo o polegar e o gira acariciando as paredes de sua vagina. Ela geme de satisfação.
— Você gosta? — Pergunto em voz baixa, passando os dentes pela sua orelha, e começo a lhe masturbar, a mover o polegar lentamente, dentro, fora, dentro, fora... com os dedos ainda riscando círculos. Ela começa a tremer e a gemer alto.
— Está muito úmida e é muito rápida. Muito receptiva. Oh, Anastasia, eu gosto, eu gosto muito disso tudo. — sussurro.
É maravilhosa a visão dela assim. Meu tesão está crescendo mais e mais. Ela geme de novo e eu cumpro o meu desejo.
— Abra a boca — Ela abre e eu introduzo o polegar— Veja como é o seu gosto — sussurro ao seu ouvido. — Chupe, Baby!
Ela fecha a boca ao redor do meu dedo e começa a chupar sofregamente. Passa a língua com força pelo meu polegar e me encara como se me desafiasse. É extremamente erótico, sexy e ela me surpreende novamente.
— Quero foder sua boca, Anastasia, e logo o farei — Estou com a voz rouca, selvagem, a respiração entrecortada porque esta cena que ela acaba de protagonizar me deixa alucinado e me faz pensar na infinidade de possibilidades do que farei com ela. Ela gosta de flores e corações, mas também encara uma boa sacanagem e isto é maravilhoso.
— Minha menina travessa, safada. — sussurro. Estico a mão para a mesinha de cabeceira e pego outra camisinha. — Fique quieta, não se mova — ordeno e solto seu cabelo.
— Desta vez vamos muito devagar, Anastasia — digo.
E a penetro devagar, muito devagar, até o fundo. Repito o movimento uma e outra vez. Minhas provocadoras investidas, deliberadamente lentas, a deixam enlouquecida, faço uma tortura consciente prolongando seu desejo.
— Você me faz sentir tão bem — digo gemendo, e sinto que suas vísceras começam a tremer.
— Não, querida, ainda não —murmuro e repito todo o processo.
— Por favor — suplica-me. Acredito que não vou aguentar muito mais. Meu corpo está tenso e se desespera para liberar-se.
— Quero você dolorida, Baby. — eu murmuro, e sigo com meu pausado suplício, para frente e para trás.
— Quero que, cada vez que você se mover amanhã, recorde que estive dentro de ti. Só eu. Você é minha.
— Christian, por favor — sussurra.
— O que quer, Anastasia? Peça-me!
Ela volta a gemer. Eu retiro o pau e volto a lhe penetrar lentamente, de novo traçando círculos com os quadris.
— Peça-me — murmuro
— Você, por favor.
Aumento o ritmo progressivamente e sua respiração fica ainda mais acelerada, como a minha. Ela começa a tremer por dentro, e eu acelero o ritmo.
— Você... é... tão... doce, —murmuro ao ritmo de minhas investidas. — Eu... lhe... desejo... tanto. Você... é... minha... Goze para mim, Baby! — ordeno.
Ela se desmancha novamente em gozo e prazer. Eu dou mais duas estocadas e também gozo sentindo um prazer ainda maior que da outra vez. Desabo sobre seu corpo, com o rosto afundado em seu cabelo sorvendo seu aroma maravilhoso.
— Porra, Ana — ofego. Retiro-me de dentro dela, deito ao seu lado.
Olho e antes que diga qualquer coisa, percebo que se ajeitou e caiu num sono profundo, exausta e sorridente.

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