5 de mai. de 2013

Capítulo 8- Banheiros e gravatas




Olho e antes que diga qualquer coisa, percebo que se ajeitou e caiu num sono profundo, exausta e sorridente.
Me entrelaço a ela e somos dois amantes entorpecidos madrugada adentro, saciados: carne contra carne, respiração contra respiração, luz e escuridão, inocência e experiência, certeza e dúvida...
O cansaço também me domina e acabo adormecendo abraçado a ela. Acordo de um sobressalto e percebo que é madrugada e a escuridão ainda prevalece. Não sei quantas horas dormi, mas foi um sono reconfortante. Demorei alguns segundos para entender o que estava acontecendo, pois é muito estranho ter alguém dormindo em minha cama. Foi o cheiro dos cabelos dela que me fizeram lembrar o que vivemos há algumas horas atrás. Observo seu sono tranquilo. Seu rosto tem uma expressão leve, como uma pluma que paira levemente no ar. Há um misto de dúvidas e incertezas em mim, percebo que não conseguirei mais dormir.
Levanto, dou a volta na cama e a cubro com os lençóis. Fico observando seu ressonar e pensando no que acabou de acontecer entre nós. A única certeza que tenho neste momento é que Anastasia não é mais virgem. Eu a tomei para mim, roubei sua inocência em troca de muito prazer. Espero que ela nunca se arrependa por ter me deixado ser seu primeiro amante e por ter lhe apresentado o sexo. —Bem vinda ao mundo adulto, Baby!
Ela se mexe lentamente e seus lindos lábios ficam expostos para mim. Eu admiro sua beleza, deitada na minha cama, tão doce, tão... submissa. Este pensamento me deixa mais tenso ainda. Resolvo sair do quarto, com medo que ela ouça meu coração batendo em ritmo acelerado e a força dos meus pensamentos.
Vou até a cozinha, pego um copo de água gelada e encosto-me à grande parede de vidro da sala. Fico observando a paisagem noturna de Seattle e imaginando quantos outros insones observam a mesma paisagem neste momento. Me dou conta que estou num momento extremamente delicado e confuso da minha vida. Desde que conheci Anastasia venho quebrando minhas próprias regras e me revelando em muitas primeiras vezes.
Não posso negar que temos uma conexão de corpos espetacular. Meu primeiro clímax baunilha foi primitivo, doce e selvagem, bruto e delicado. Tudo o que acontece entre nós apresenta dualidades, mas não posso continuar isso com ela. Sou destrutivo emocionalmente e ela é tão doce, tão delicada.
Quase deixei aflorar meu lado obscuro, quase perdi o controle e me apresentei realmente a ela. Não fosse o fato do tesão que me provoca, talvez tivesse ido além da lenta tortura de prazer que lhe concedi, mesmo sabendo que estava no comando, que estava dominando toda a situação, por vezes achei que, na sua inexperiência, tomou conta da situação. Sim, temos um mundo para visitar juntos, para desbravar e não sei se ela vai querer me acompanhar.
Preciso fazer algo para relaxar. Vou até o piano e começo a tocar minhas melodias preferidas. Enquanto toco nem percebo que as horas vão passando.
As dúvidas e incertezas dominam minha mente. Não sei o que pensar. O medo de ser abandonado assim que ela se der conta do que realmente sou, me apavora e entristece. Não percebi a hora passar, em breve o dia amanhecerá. Estou sentado ao piano absorto em minha música. Tocar me acalma, me acalanta.


De repente, sinto que estou sendo observado e ao levantar o olhar me deparo com Anastasia parada junto a parede da entrada. A sala está na penumbra e visualizo seu rosto através da cálida luz do abajur. Ela dá um sorrisinho tímido e diz:
— Desculpe, não queria incomodar.
Fico constrangido, pois não imaginei que minha música atrapalhasse seu sono.
— Certamente, eu é que deveria estar dizendo isso para você, Anastasia-murmuro.
Deixo de tocar, apoio as mãos nas calças do meu pijama. Passo as mãos pelos cabelos e me dou conta que estou totalmente desgrenhado. Levanto-me e vou até ela.
— Devia estar na cama.
— Achei a música muito bonita. É Bach?
— A transcrição é de Bach, mas originariamente é um concerto para oboé do Alessandro Marcello.
— Lindo, embora muito triste. É uma música melancólica.
Esboço um meio sorriso. —Melancolia é minha arte, Srta Steele.
— Para cama, — ordeno. — Pela manhã você estará esgotada.
— Eu acordei e você não estava na cama.
— Tenho dificuldade para dormir. Não estou acostumado a dormir com alguém, — murmuro desanimado.
Protejo-a num abraço e a conduzo carinhosamente para o quarto.
— Quando começou a tocar, Christian? Toca muito bem.
— Aos seis anos.
— Oh, que interessante.
Entramos no quarto e eu ligo a luminária.
— Como se sente? — pergunto-lhe.
— Estou bem.
Olho para o lençol que está manchado do sangue que prova a perda da sua virgindade. Ela também olha e tenta disfarçar, jogando o edredom por cima. Eu tento deixá-la confortável dizendo:
— Bem, a senhora Jones terá algo no que pensar. — Coloco a mão debaixo do seu queixo, levanto o rosto e a olho fixamente. Observo-a com olhos intensos e sinto diversas emoções: zelo, adoração, afeto, admiração, desejo erótico...
Ela estica a mão, para tocar em meu peito e eu me esquivo dando imediatamente um passo atrás.
— Vá para cama, — digo bruscamente por causa do susto que levei com seu movimento. E logo suavizo um pouco o tom. — Deitarei um pouco com você.
Ela retira a mão e franze levemente o cenho. Percebo que está frustrada. Abro minha gaveta, pego uma camiseta e visto rapidamente. Preciso me proteger de suas investiduras e não quero quebrar o clima agradável que se estabeleceu entre nós nesta noite.
— Para a cama, — ordeno. Ela obedece e pula na cama de um jeito travesso. Deito por trás abraçando-a e aproveitando para me embriagar com o cheiro de seus cabelos, inalando-o profundamente.
— Durma, doce Anastasia — murmuro tristemente, preocupado com o futuro incerto que se desenha para nós.
******

A luz inunda o quarto, na linda manhã de maio, e eu acordo do sono profundo e delicioso que consegui ter. Sinto a cama vazia e olho ao redor, mas não a encontro. Levanto rapidamente, vou ao banheiro cuidar das minhas necessidades fisiológicas e escovar os dentes. Olho no espelho e vejo que não faço a barba por dois dias.
—Grey, você está um caco! Digo para minha imagem no espelho. Meus cabelos estão revoltos, amassados. Dou uma ajeitada rápida com as mãos. —Desse jeito ela vai desistir de você, Sr. Relaxado! Paro de me cuidar, pois procurá-la é mais importante neste momento.
Chego rapidamente até a sala e está vazia, mas ouço o som de panelas que vem da cozinha. Lá, tenho a visão mais singela e encantadora que jamais poderia imaginar. Ela está radiante, no auge da beleza inocente e, ao mesmo tempo, atrevida. Colocou minha camisa branca que eu usava ontem à noite, fez duas lindas tranças nos cabelos e parece uma menina. Está dançando ao som de seu iPod. Não posso ouvir a música porque ela está com fones de ouvido, mas é algo alegre. Ela baila pela cozinha enquanto vai descobrindo como operar com as portas dos armários. Demora um pouquinho para descobrir como abrir as portas modernas, que não possuem puxadores, mas precisam de uma leve pressão para abrir. Ela está deslumbrante em seu bailado inocente, procurando o que cozinhar. Cada vez que se move dançando, a camisa levanta e me proporciona a visão de sua bunda esplendorosa. Me dou conta que ela está totalmente nua por baixo da camisa e minha mente já começa a traçar planos mirabolantes do que fazer com ela.
Sento-me na bancada e fico apreciando seus movimentos. Ela não me nota e o aquele tesão louco começa a brotar novamente. —Calma, garoto Grey, não é hora de endurecer novamente! Esta Srta. Provoca Ereção exerce mesmo um poder mágico sobre mim.
Ela abre a geladeira, pega ovos e bacon. Começa a fazer uma massa, acredito que fará panquecas, mesmo continuando seu bailado sensual pela cozinha. De repente, começa a sorrir. Seus olhos estão na massa, mas seus pensamentos estão em algo distante, pois abre vários e lindos sorrisos. —Será que ela está se deliciando relembrando a noite de ontem? Este pensamento me excita ainda mais, fico em ponto de explosão novamente e começo a me imaginar agarrando suas tranças com força, lambuzando-a com a massa enquanto vou fodendo com força. Ela coloca o bacon no grill e enquanto frita, bate os ovos.
Vira-se e se surpreende com minha presença. Estou sentado no banco, com os cotovelos em cima do balcão de café da manhã e o rosto apoiado na mão, literalmente segurando o queixo para não cair. Estou me divertindo muito com esta visão que brilha igual ao sol que está lá fora. Ela fica sem graça e tira os fones.
— Bom dia, Srta Steele. Está muito ativa esta manhã, — digo para provocá-la.
— Eu dormi bem, — ela gagueja. Eu dissimulo um sorriso.
— Não imagino por que. — faço uma pausa e franzo o cenho. — Eu também dormi muito bem, quando voltei para a cama.
— Está com fome?
— Muita! —Quero te comer inteirinha novamente, Srta Apetitosa!
— Panquecas, bacon e ovos?
— Soa muito bem. —Meus ovos é que estão prontos para serem usados novamente!
— Não sei onde estão os guardanapos de mesa. — Ela encolhe os ombros e percebo que está nervosa.
— Eu me ocupo disso. Você cozinha. Quer que ponha música, então você pode continuar... err... dançando?
Ela ruboriza e fica olhando para dedos.
— Por favor, não pare por minha causa. Isso é muito interessante. — Não consigo conter o desejo de provocá-la.
Ela não responde e continua batendo os ovos com força e agilidade. Ver seus movimentos ágeis, que sobem e descem segurando o batedor de ovos despertam minha criatividade e pensamentos obscenos. Num instante, me posiciono ao seu lado e gentilmente puxo suas tranças.
— Eu adoro isso, — sussurro. — Mas não vão proteger você.
— Como quer os seus ovos? — pergunta-me bruscamente tentando disfarçar seu nervosismo.
— Completamente batidos e espancados, — digo sorrindo maliciosamente.
Ela continua preparando a refeição, mas aparenta ter aceitado a brincadeira, pois exibe um leve sorriso. Abro a gaveta e escolho dois aparadores individuais negros e as coloco no balcão. Pego a jarra com o suco de laranja da geladeira e começo a preparar o café na máquina. Nem posso acreditar que ela esta aqui, dividindo as tarefas matinais comigo. Esse café da manhã será realmente delicioso.
— Quer um chá?
— Sim, por favor. Se tiver.
Abro o armário e pego a caixa de chá Twinings English Breakfast. Sabendo que é seu chá preferido me antecipei e deixei comprado. Ela percebe e franze os lábios.
— Um bocado de conclusões precipitadas, não é?
— Você acha? Acho que ainda não concluímos nada, Srta. Steele, — murmuro.
Ela serve o café da manhã nos pratos quentes, que estão em cima dos guardanapos de mesa. Eu espero ela sentar.
— Senhorita Steele. — aponto um banco para ela.
— Senhor Grey. —Ao se sentar, ela faz uma ligeira careta de dor.
— Está muito dolorida? — pergunto-lhe enquanto me sento.
Ela fica escandalosamente enrubescida. Isso me fascina, pois depois de tamanha intimidade na noite anterior, ainda mantém sua timidez.
— Bem, para falar a verdade, não tenho com o que comparar isso, — responde. — Quer me oferecer sua compaixão? — pergunta-me docemente. Acho graça e contenho um sorriso, antes de responder.
— Não. Estou pensando se devemos seguir com seu treinamento básico.
— Oh. — Ela me olha estupefata, e prende a respiração.
— Coma, Anastasia. Isto está delicioso, a propósito. — Sorrio para ela.
Ela come uma garfada de omelete, mas fica pensativa e começa a morder o lábio.
— Deixe de morder o lábio. É muito perturbador. Também percebi que não está vestindo nada debaixo de minha camisa, isso me desconcentra ainda mais. — Falo impiedosamente.
Ela começa a preparar seu chá e me pergunta com voz alterada.
— Em que tipo de treinamento básico está pensando?
Eu respondo da forma mais natural que encontro.
— Bem, como está dolorida, pensei que poderíamos nos dedicar às técnicas orais.
Ela engasga com o chá e me olha com os olhos arregalados. Eu a ajudo dando tapinhas nas costas e lhe entrego o suco de laranja.
— Isto é, se você quiser ficar. — acrescento.
— Eu gostaria de ficar durante o dia, se não houver problema. Amanhã tenho que trabalhar.
— A que horas tem que estar no trabalho?
— Às nove.
— Levarei você ao trabalho amanhã, às nove. — Depois de te levar ao céu muitas vezes, Srta Steele.
Ela responde com o cenho franzido.
— Tenho que voltar para casa esta noite. Preciso trocar de roupa.
— Bem, podemos comprar algo.
Ela continua mordendo seu lindo lábio e isto me incomoda. Levanto a mão, agarro seu queixo para que solte. Percebo que quer dizer algo, mas não tem coragem.
— O que acontece? — pergunto.
— Tenho que voltar para casa esta noite.
Isto me irrita, não gosto da resposta. Aperto os lábios para conter uma resposta grosseira.
— Ok, esta noite — finjo aceitar. — Agora acabe o café da manhã.
Ela fica olhando para o restante de seu café, mas não toca no prato.
— Coma, Anastasia. Ontem à noite não jantou.
— Não tenho fome, de verdade, — sussurra.
Aperto os olhos. Este comportamento dela com a comida me preocupa e irrita. Não suporto desperdícios e não quero que ela adoeça. Sei bem os resultados da má alimentação e as marcas que deixam no corpo e na memória...
— Eu gostaria muito que terminasse o seu café da manhã.
— Qual o seu problema com a comida? — Ela indaga.
Não quero falar sobre isto neste momento. Minhas memórias infantis com a comida não devem ser expostas ou discutidas. Elas bastam somente para minha tristeza. Mas começo a ficar irritado, de verdade. Temo o rumo desta conversa que me causa tanta dor.
— Já te disse que não suporto desperdiçar comida. Coma, digo bruscamente, para encerrar o assunto.
Ela pega o garfo e come mastigando devagar. Termino meu prato e aguardo ela acabar o seu. Fico satisfeito por ela ter me obedecido. Retiro nossos pratos da mesa e digo:
— Você cozinhou, eu limpo.
— Muito democrático.
— Sim. — olho seriamente. — Não é meu estilo habitual. Assim que acabar, tomaremos um banho. —Prepare-se para ficar bem ensaboada, Srta Delícia!
— Oh, ok.
Somos interrompidos pelo toque do seu celular. Aliás, notei que seu aparelho é muito simples, de modelo antigo e de aparência gasta.
— Olá. — Ela se afasta para as portas de vidro da varanda. — O que exatamente ela não quer que eu ouça? Será o babaca do José?
Fico concentrado tentando ouvir a conversa e procurando não demonstrar. Enquanto isso continuo organizando a cozinha.
— Desculpe-me. Eu fui surpreendida pelos acontecimentos.
E continua:
— Sim, perfeitamente.
Quem será do outro lado? Estou impaciente.
— Kate, eu não quero comentar isso por telefone.
Ah, a amiga. Elevo os olhos para ela.
— Kate, por favor. Já te disse que estou perfeitamente bem.
O que será que ela está perguntando?
— Kate, por favor!
Ela demonstra aborrecimento e eu fico com vontade de tomar o telefone de suas mãos e dizer: —Srta. Kavanagh eu cuido de Anastasia, vá a merda por favor!
— Nos veremos esta noite.
Ela diz, desliga e fica parada pensativa. Eu continuo guardando os utensílios da cozinha fingindo não ter prestado atenção à conversa quando ela me pergunta indecisa:
— O acordo de confidencialidade abrange tudo?
— Por quê? — Me viro para olhá-la, enquanto guardo a caixa de chá.
— Bom, tenho algumas dúvidas, já sabe... sobre sexo. E eu gostaria de conversar com Kate. —Ah, isso não, era só o que me faltava!
— Você pode falar comigo.
— Christian, com todo o respeito... — Ela fica com a voz muito tensa.— É apenas sobre a mecânica. Não vou mencionar o Quarto Vermelho da Dor.
Levanto as sobrancelhas, pois esta interpretação do quarto de jogos que ela me passa é surpreendente.
— Quarto Vermelho da Dor? Trata-se, sobretudo, de prazer, Anastasia. Acredite! Digo. — E, além disso, — acrescento em tom mais duro, — sua companheira de quarto está saindo com meu irmão. Preferia que você não falasse com ela.
— Sua família sabe algo sobre as suas... preferências?
— Não. Não é assunto deles. — me aproximo dela.
Acho bom que ela demonstre interesse e curiosidade, sinal que está pensando sobre o assunto.
—O que quer saber? — Pergunto enquanto deslizo os dedos gentilmente pelo seu rosto até o queixo. Depois o levanto para olhar diretamente em seus olhos e passar total segurança para ela. Entendo que tantas novidades podem estar mexendo com seus sentimentos e sua segurança.
— No momento, nada de concreto, — sussurra.
— Bem, podemos começar perguntando como foi para você ontem à noite? — A curiosidade arde em meus olhos.
— Foi muito bom, - ela murmura.
Esboço um ligeiro sorriso.
— Para mim também. Eu nunca fiz sexo baunilha antes. Não sabia que seria tão gostoso, tão intenso. Mas, talvez seja porque foi com você. — Deslizo o polegar por seu lábio inferior e percebo que este movimento a deixa excitada. Ela respira profundamente.
— Venha, vamos tomar um banho. — Me inclino e a beijo já tremendo de tesão.
Conduzo-a até o banheiro. Abro a torneira para encher a banheira branca ovalada e coloco meu óleo de banho preferido. Assim que a banheira vai enchendo, a espuma se forma, o doce e sedutor aroma de jasmim invade o banheiro. Meu coração bate acelerado. Começo a lembrar da sensação que foi o momento de tirar a virgindade dela. Foi um misto de entrega e confiança sem precedentes, de ambos os lados.
Tiro a camiseta e a jogo no chão. Fico com a calça do pijama e demonstro naturalidade para ela.
— Senhorita Steele. — digo, estendendo a mão.
Ela está ao lado da porta, com os olhos muito abertos, receosa e com as mãos ao redor do corpo. Aproxima-se olhando furtivamente meu corpo. Estende-me a mão e entra na banheira ainda com a minha camisa.
— Vire-se e me olhe, — ordeno em voz baixa.
Ela obedece, vira e me encara. Está com o olhar doce, mas mordendo o lábio novamente. Ela não tem noção do desejo que desperta em mim quando faz isso. É como se utilizasse uma arma poderosa de sedução, que me atinge como alvo instantaneamente, me afetando profundamente.
— Sei que esse lábio é delicioso, posso atestar isso, mas pode deixar de mordê-lo? — digo apertando os dentes. — Quando faz isso, tenho vontade de foder você, e está dolorida, não é?
Ela para de morder o lábio, mas demonstra que ficou surpresa com minha afirmação.
— Isso. Você entendeu direitinho.
Eu a encaro e ela balança a cabeça freneticamente concordando comigo — Bom, garota, muito bom.
Ela amedrontada dentro da banheira é uma cena magnífica. Já estou desperto o suficiente para fodê-la loucamente e deixá-la enlouquecida de prazer. Toda vez que olhar para esta camisa, de agora em diante, verei Anastasia Steele em sua esplendorosa beleza. Retiro seu iPod do bolso da camisa.
— Água e iPods... não é uma combinação muito inteligente. Digo isto enquanto me inclino e agarro a camisa por baixo, puxando do seu corpo e a jogando no chão.
Afasto-me para contemplar seu corpo nu, exposto somente para mim. É uma obra de arte e eu sou dono dela, mais ninguém poderá contemplá-la desta maneira, porque eu não permitirei. Ela está tímida e sem saber o que fazer, onde colocar as mãos. Vou inclinando demoradamente minha cabeça enquanto meus olhos vão passeando pelo seu corpo. O rosto, os seios, a barriga, as pernas e sua espetacular feminilidade. Minha cabeça a admira, enquanto meu pau quer fodê-la imediatamente.
— Ouça, Anastasia. Você é linda, você toda, inteirinha! Não baixe a cabeça como se estivesse envergonhada. Não tem por que se envergonhar, eu lhe asseguro que é um prazer poder lhe contemplar.
Levanto seu queixo para que olhe nos meus olhos e sinta o quanto estão ardentes por ela.
— Você pode se sentar agora.
Ela se senta na banheira. Primeiramente vejo em sua expressão que sentiu desconforto. Deve ter ardido e eu fico com dó, não queria que ela sofresse por nada. Em seguida se deita de barriga para cima e fecha os olhos. Ao abri-los, me surpreende ao falar com voz rouca.
— Por que não toma um banho comigo?
Muito bem, ela demonstra seu desejo por mim.
— Eu acho que vou. Mova-se para frente.
Tiro as calças do pijama e me enfio na banheira atrás dela já a puxando para junto do meu peito. Coloco minhas pernas em cima das suas, com os joelhos flexionados e os tornozelos à mesma altura dos seus para abrir suas pernas com os pés. Coloco o nariz entre seus cabelos e inalo profundamente.
— Você cheira bem, Anastasia.
Percebo que ela treme ao meu toque e sente minha ereção que encosta-se às suas costas. Pego o frasco de gel da prateleira junto à banheira e jogo um pouco na mão. Esfrego as mãos para fazer uma ligeira quantidade de espuma, coloco ao redor do pescoço dela e começo a deslizar pela nuca e os ombros, massageando-os com força. Ela geme e eu vejo sua pele arrepiar. Isto me deixa tão feliz que não contenho um sorriso.
— Você gosta?
— Mmm.
Desço pelos seus braços, logo por debaixo até as axilas, deslizando meus dedos brandamente. Ela é macia, lisa, e está depiladinha do jeito que eu gosto. — Muito bem, Srta Pele de Pêssego, aguarde as mordidas que eu vou te dar.
Deslizo as mãos por seus seios e começo a massageá-los brandamente. Ela arqueia o corpo e empurra os seios para que se encaixem em minhas mãos. É uma sensação maravilhosa ver que ela corresponde aos meus estímulos. Sei que seus mamilos estão muito sensíveis, depois de tê-los explorado por horas ontem à noite, por isso deslizo minhas mãos até seu ventre enquanto ajeito minha ereção em suas costas. Meu pau dói de desejo enquanto sinto sua respiração cada vez mais intensa. Pego uma esponja e coloco mais gel. Inclino-me para frente e massageio entre suas pernas. Ela não resiste, está muito excitada tentando controlar a respiração.
Habilmente vou estimulando seu clitóris através da esponja. De vez em quando escorrego um dedo “sem querer” tocando seu sexo. Ela apoia as mãos em minhas coxas , arqueia o corpo contra mim e começa a mover os quadris, no ritmo dos meus dedos. Depois joga a cabeça para trás com os olhos semicerrados e a boca entreaberta gemendo roucamente. Eu continuo explorando sua deliciosa gruta secreta.
—Sinta isso, Baby — Sussurro em seu ouvido, enquanto roço suavemente o lóbulo de sua orelha com os dentes. — Sinta para mim. Sinta o que posso fazer por você!
Minhas pernas imobilizam as delas, contra as paredes da banheira, aprisionando-as, o que me dá livre acesso às suas partes mais íntimas. Exploro sua abertura apertada. Vou enfiando um dedo por vez, num entra e sai muito lento. Às vezes coloco os dois dedos, mexo rapidamente, enfio para dentro e depois retiro bem devagar. —Momento tortura, Srta Apertadinha!
— Oh... por favor, não aguento mais Christian — sussurra. Seu corpo fica rígido e tenta esticar as pernas. Mas não permito que se mova
— Acredito que já está suficientemente limpa — murmuro e paro abruptamente antes que ela goze.
Com a respiração irregular ela fica brava.
— Por que você parou? — pergunta ofegante.
—Porque tenho outros planos para você, Anastasia. Vire-se. Eu também tenho que me lavar — murmuro.
Ela se vira e eu começo meu show de exibicionismo. Ainda sentado na banheira arqueio levemente a cintura para cima para que meu pau apareça para ela. Começo a lavá-lo lentamente, depois agarro com força e inicio um massagem lenta e sedutora. Faço espuma com a esponja e enquanto seguro a cabeça do Greyzinho com uma mão, deixo a espuma cair em cima com a outra. Ele cresce ainda mais e fica duro com as veias expostas e pulsantes. Ela observa de boca aberta.
— Quero que, para começar, conheça bem a parte mais valiosa de meu corpo, minha parte favorita. Estou muito ligado a isso.
Meu pau está crescendo ainda mais e fica exposto por cima da água, que me chega aos quadris. Eu faço movimentos de sobe e desce rapidamente e depois massageio lentamente a cabeça que desponta para fora, ávida para cuspir o líquido quente que se aninha em mim. Adoro ver a expressão dela, olhando avidamente e passando a língua pelos lábios. —Sim, Baby, olha o que eu tenho para você, para enfiar inteirinho nesta sua boca gostosa.
Quando ela se dá conta e levanta os olhos, me surpreende observando-a com um sorriso perverso. Divirto-me com sua expressão atônita olhando fixamente para o meu membro enquanto engole a saliva. Ela não se dá conta de que tenho algo melhor, muito melhor, para ela engolir. Bem aqui, dentro deste pedaço do meu corpo que vai fodê-la de várias maneiras até ela gritar e implorar por mais prazer.
Como sempre, ela me oferece uma grata surpresa. Sorrindo para mim, pega o gel e joga um pouco na mão. Faz o mesmo que eu fiz, esfrega o sabão nas mãos até que forme espuma. Não tiro os olhos dos seus e observo sua boca deliciosa entreaberta. Deliberadamente ela morde o lábio inferior e logo passa a língua por cima, na área que acaba de morder. —Ah, Srta Explode Ereção, não queira me torturar, não brinque com fogo. Você pode se queimar!
Eu a olho com olhos sérios, em estado de hipnose. Será que vai fazer o que eu estou imaginando e querendo loucamente? Ela se inclina e rodeia meu pau com uma mão, imitando a maneira como fiz, o agarra. Fecho os olhos por um momento para desfrutar desta sensação maravilhosa. Coloco a minha mão sobre a dela para indicar o jeito que me deixa ainda mais louco de tesão.
— Assim, — sussurro com o pouco de voz que me resta neste momento. Movo a mão para cima e para baixo, segurando seus dedos com força, que por sua vez, apertam com ainda mais o meu membro.
Nossa, se existe um momento celestial é este que estou vivendo. Olho para ela que está com os olhos fechados e com o rosto iluminado de luxúria. Quando volta a abri-los, seu olhar é de um azul da cor do mar em dias de sol intenso. Percebo que também está curtindo cada momento enquanto prende a respiração.
—Muito bem, Baby. Você é uma aluna exemplar, vai tirar dez com louvor.
Solto a sua mão e deixo que siga sozinha. Nossa, ela pega um pau como ninguém. Fecho os olhos enquanto ela move a mão para cima e para baixo. Flexiono ligeiramente os quadris na sua mão e, reflexivamente, ela o agarra com mais força. Ai, está tão bom, mas tão bom, que não contenho um gemido animal, primitivo. O lobo que habita em mim uiva enfurecidamente para ela.
Abro a boca à medida que minha respiração se acelera igual aos meus batimentos cardíacos desenfreados. Continuo com os olhos fechados para sentir os movimentos de sua mão pequena e forte. De repente... Ela se inclina e coloca os lábios ao redor do meu membro. Chupa de forma vacilante, deslizando a língua pela ponta.
— Uau... Ana. —
Arregalo os olhos para ter certeza do que está acontecendo e me deparo com uma visão indescritível. Ela abocanhou meu membro duro e chupa forte. De onde estou avisto seus olhos bem abertos olhando para mim, me desafiando. De repente com os lábios ao redor do meu pau ela passa a língua pela ponta, circundando a cabeça.
— Cristo, o que é isso, Ana? — gemo, e volto a fechar os olhos tentando encontrar autocontrole.
Ela continua movendo a língua macia para cima e para baixo, e o empurra inteirinho dentro da boca. Tento soltar um gemido, mas na verdade solto um urro enlouquecido de tesão, não sei por quanto tempo vou aguentar esta tortura. Volta a girar a língua ao redor da ponta e eu arqueio e levanto os quadris. Abro os olhos cheios de fogo quero apreciar este momento. Volto a arquear-me apertando os dentes. Ela se apoia em minhas coxas e empurra a boca até o fundo, engolindo inteirinho, apertando ligeiramente. Eu sinto sua boca quente e macia como se me ordenhasse e não consigo mais me conter. Agarro-a pelas tranças e começo realmente a me mover.
— Oh... Baby... é fantástico, —murmuro.
Ela chupa mais forte e passa a língua pela ponta de minha impressionante ereção. Pressiona com a boca, cobrindo os dentes com os lábios em movimentos rápidos e surpreendentes. Respiro com a boca entreaberta e gemo.
— Jesus. Até onde você pode chegar? — sussurro.
Ela empurra com força e sinto que meu membro, duro como aço, atinge o fundo da sua garganta, e logo está nos lábios outra vez. Ela continua passando a língua pela ponta. —Isso, Baby! Chupa gostoso este picolé sabor Christian Grey, todinho seu, chupa!
Ela chupa cada vez mais depressa, empurrando cada vez mais fundo e girando a língua ao redor. Eu começo a me retorcer e a sentir aquela sensação gostosa que se apodera da cabeça do meu pau. Não aguento mais esta deliciosa tortura, vou gozar!
— Anastasia, eu vou gozar em sua boca, — eu advirto ofegante. — Se não quiser, pare agora.
Flexiono os quadris outra vez, com os olhos muito abertos, cautelosos e cheios de desejo lascivo, mas não quero fazer nada que a assuste e desmorone este momento tão maravilhoso. Agarro-a pelo cabelo com força tentando impedi-la de continuar os movimentos. Preciso que ela me responda antes de perder totalmente o controle que me resta.
Ela não para. Empurra ainda com mais força a boca que não desgruda do meu pau em brasas. De repente, em um momento de extrema segurança, descobre os dentes e arranha com firmeza. Isso me derruba e eu perco o controle. Grito, fico imóvel e derramo meu líquido quente e salgado pela garganta dela. É um jorro absurdo, dos mais deliciosos que já tive. E, para minha surpresa, ela engole tudo rapidamente.
Fico alguns momentos inerte, imóvel. Acho que morri e cheguei ao paraíso por alguns segundos. Assim que recupero um pouco das minhas forças, abro os olhos e a vejo sentada na banheira, de frente para mim, com um sorriso triunfal.
— Não tem ânsia de vômito? — pergunto-lhe curioso. — Cristo, Ana... isso foi.. realmente bom, de verdade, muito bom. Embora eu não esperasse. —Franzo o cenho em dúvida. —Sabe, você está sempre me surpreendendo.
Ela sorri e morde o lábio conscientemente. Isto me causa certa dúvida e uma insegurança apavorante.
— Você já tinha feito isso antes?
— Não. É claro que não.
— Bom, — acredito e respiro aliviado. — Outra novidade, Srta Steele.
Avalio-a com um olhar de admiração. — Bom, tem um ‘10’ em técnicas orais. Venha, vamos para cama. Devo-lhe um orgasmo.
Saio rapidamente da banheira. Enrolo uma pequena toalha na cintura para cobrir o essencial, e pego outra maior e suave, de cor branca, para ela. Envolvo-a na toalha, abraço-a e a beijo com força, invadindo sua boca com minha língua. É minha forma de agradecer a ela pela primeira foda da sua boca linda, quente, macia e deliciosa.
Afasto-me um pouco para olhar em seus olhos. Coloco as mãos em ambos os lados do seu rosto e sinto um misto de adoração e desejo de estar por horas, por dias, ao lado dela explorando um mundo de novidades para nós dois.
— Diga que sim, — sussurro fervorosamente.
Fico ansioso obervado sua expressão e aguardando uma resposta positiva. Ela franze o cenho, parece não entender.
— Para o quê?
— Sim, para o nosso acordo. Para ser minha. Por favor, Ana — sussurro suplicante, enfatizando o "por favor" e seu nome. Volto a lhe beijar com paixão, e logo me afasto e a olho piscando. Agarro-a pela mão e a conduzo de volta ao quarto. Ela me segue mansamente. Aturdida e um pouco cambaleante.
Já no quarto, observo-a junto à cama. Preciso dar a ela um momento especial, maravilhoso, inesquecível, igual ao que ela acaba de me proporcionar. Então, uma ideia me ocorre.
— Confia em mim? — pergunto. Ela concorda, sacudindo a cabeça, com os olhos muito abertos.
— Boa garota, — digo, passando o polegar pelo seu lábio inferior. Vou até o armário e pego minha gravata preferida, a cinza de seda. Ela fica observando com olhos interrogativos.
— Junte as mãos na frente, — ordeno.
Tiro a toalha que cobre seu corpo e jogo-a no chão. Ela obedece. Envolvo seus pulsos com a gravata e faço um nó apertado. Começo a ficar muito excitado novamente com as ideias que me afloram. Puxo a gravata para assegurar-me de que o nó não se soltará. Deslizo os dedos por suas lindas tranças. Ela está perfeita, parece que nasceu para ser submissa, a mim! Mas não sei se, de fato, é disso que ela vai gostar. Mas tenho certeza que ela gosta de sexo, que está aberta a experimentações, embora eu não saiba se este tipo de prática a agradará.
— Você parece tão jovem com estas tranças, — murmuro me aproximando dela. Instintivamente, se move para trás até sentir a cama atrás dos seus joelhos. Tiro a minha toalha, mas não posso tirar os olhos de seu rosto. Estou ardendo, cheio de desejo e ela também me olha com tesão.
— Oh, Anastasia, o que vou fazer contigo? — sussurro. Estendo-a sobre a cama, caio ao seu lado e levanto as suas mãos por cima da cabeça.
— Deixe as mãos assim. Não as mova. Entendido? — Ela me olha fixamente.
— Responda-me, —peço em voz baixa.
— Não moverei as mãos. — ela responde sem fôlego.
— Boa garota, —murmuro e deliberadamente passo a língua pelos lábios muito devagar. Olho em seus olhos, observo-a, examino-a. Inclino-me e lhe dou um casto e rápido beijo nos lábios.
— Vou beijar seu corpo todo, Srta Steele, — digo em voz sensual. Agarro seu queixo e o levanto, isso me dá acesso ao seu pescoço. Meus lábios deslizam pela sua garganta, beijando, chupando e mordiscando. Ela está tão cheirosa depois do banho, sua pele está mais macia ainda, me embriagando. Adoro ver o arrepio que meus beijos despertam em sua pele. Ela está vibrando em toda parte e geme deliciosamente.
Ela tenta mover as mãos, mas, como está amarrada, toca somente um pouco do meu cabelo. Deixo de lhe beijar, levanto os olhos e movo a cabeça de um lado a outro estalando a língua. Pego as suas mãos e volto a colocá-las acima da cabeça.
—Não, não... se mover as mãos novamente, teremos que recomeçar —repreendo-a suavemente, provocando-a.
— Quero tocar em você. — Me responde ofegando.
— Eu sei, — murmuro. — Mas deixe as mãos quietas, — ordeno com voz forte.
Levanto o seu queixo de novo e começo a beijar a sua garganta como antes. Desço as mãos pelo seu corpo, sobre seus seios, enquanto meus lábios deslizam pelo seu pescoço. Acaricio-a com a ponta do nariz, e logo, com a boca, dou início a uma lenta travessia para o sul e sigo o rastro das suas mãos, pelo esterno, até seus seios. Beijo e mordisco um, logo o outro, e chupo suavemente os mamilos que estão com um sabor incrível de mulher limpa. Seus quadris começam a balançar e a moverem-se.
— Não se mova, — advirto. —Chego ao seu umbigo, introduzo a língua e roço sua barriga com os dentes. Ela arqueia. — Mmm. Que doce você é, Srta Steele. — Deslizo o nariz desde seu umbigo até seus pelos púbicos, mordendo suavemente e a provocando com a língua. Sento-me, de repente e me ajoelho aos seus pés, agarrando-a pelos tornozelos e separando suas pernas.
Agarro o pé esquerdo, dobro seu joelho e levo seu pé à minha boca. Fico observando suas reações, beijo ternamente cada um dos seus dedos e logo mordo cada um suavemente. Quando chego ao mindinho, mordo com mais força. Ela treme toda e geme. Deslizo a língua pelo peito do seu pé, o tornozelo, a panturrilha e me detenho no joelho. Quero ver se ela suporta as sensações que estes movimentos provocam. Adoro promover em meus jogos eróticos esta tortura com beijos, principalmente nos pés que possuem todas as terminações nervosas do corpo. Não entendo como muitos homens não aproveitam esta parte do corpo para seduzir e preparar suas mulheres para um coito excepcional. —Mas você é Christian Grey, e não pertence à categoria dos homens comuns, rapaz!
Repito os mesmos movimentos no outro pé e na outra perna. Ela se contorce e implora:
— Oh, por favor, — Eu mordo seu dedo mindinho, e a dentada se projeta no mais profundo de seu ventre.
— Todas as coisas boas, Srta Steele, — respiro.
Desta vez não me detenho no joelho. Sigo pela parte interior da coxa e de uma vez separo mais as pernas dela. Causo expectativa e arrepio sua perna inteirinha. Mas resolvo judiar um pouquinho mais. Mudo para o outro joelho e subo até a coxa beijando, chupando, lambendo até atingir meu objetivo. Olho e lá está sua bocetinha aberta e preparada para me receber. Deslizo o nariz por sua xoxota linda e inalo o aroma de banho recente que ela exala, para cima e para baixo, muito suavemente, com muita delicadeza me embriagando enquanto vou roçando meu pau na cama, numa suave massagem.
Ela se debate, se retorce. Eu paro e espero que se acalme. Ela levanta a cabeça e olha para mim com a boca aberta.
— Sabe que seu aroma é embriagador, Srta Steele? — murmuro, e sem afastar meus olhos dos seus, introduzo o nariz em seus pelos e cheiro profundamente.
Não vejo mais seu rosto, porque me detenho somente em seu clitóris intumescido, quente, apontado em minha direção e seus pelos escuros. Ela está raspadinha de um jeito que, apesar de não estar acostumado, gosto.
— Eu gosto disso. — Gentilmente puxo os seus pelos púbicos. — Talvez devamos manter isso.
— Oh... por favor, — ela suplica.
— Mmm, eu gosto que me suplique, Anastasia.
Ela geme e me desperta ainda mais o tesão.
— Não estou acostumado a pagar com a mesma moeda, Srta Steele, — sussurro deslizando pelo seu sexo. — Mas hoje me agradou, assim tem que receber sua recompensa. — Começo a rodear seu clitóris com a língua, muito devagar.
— Ahhh! — Ela grita e seu corpo se arqueia e se convulsiona ao contato de minha língua.
Sigo a torturando com minha língua uma vez, outra vez, várias vezes. Subo, desço, sugo, devagar, muito devagar. Ouço seu gemido, enquanto lhe introduzo um dedo.
— Oh, Baby. Eu adoro que esteja tão molhada para mim.
Movo o dedo simulando um amplo círculo, expandindo, empurrando, enquanto minha língua segue o compasso do dedo ao redor de seu clitóris. Seu corpo suplica por alivio e ela não resiste. Goza deliciosamente para mim se retorcendo, uma e outra vez, gritando sem timidez alguma.
O mundo se desmorona e para por alguns instantes para eu apreciá-la ali, tão submissa a meu inteiro dispor, entregue para mim. Está ofegante e eu não aguento mais esperar para fodê-la com força, do jeito que só eu sei como fazer com ela. Coloco rapidamente a porra da camisinha, apesar de detestar usar isso, preciso garantir nossas seguranças. Muito lentamente a penetro e começo a me mover. A sensação é dolorosa e doce, forte e suave ao mesmo tempo porque ela é bem apertada.
— Como está? — pergunto em voz baixa.
— Bem. Muito bem, — ela responde. E começo a me mover muito depressa, até o fundo. Invisto uma e outra vez, implacável, empurro e volto a empurrar até que volto a estar perto da borda. Ela choraminga.
— Goze para mim, Baby. — Falo em seu ouvido, com voz áspera, dura e selvagem. Ela explode enquanto eu bombeio rapidamente dentro dela. Preciso deste gozo também
— Obrigado, porra! — sussurro e empurro forte uma vez mais. Gemo ao gozar me apertando contra ela.
Fico imóvel e desabo perdendo o controle do meu peso que a esmaga por alguns minutos contra o colchão. Ela me abraça depois de passar as mãos amarradas pelo meu pescoço. Apoio-me nos cotovelos, e a olho com um olhar penetrante.
— Vê como que nós somos bons juntos? — murmuro. — Se você se entregar para mim, será muito melhor. Confie em mim, Anastasia. Posso transportar você a lugares que nem sequer sabe que existem.
Ela me olha fixamente e eu sinto neste momento que entre nós construiu-se uma revelação, que nossos corpos juntos é o caminho da perfeição.
Ficamos alguns minutos quietos enquanto nossas respirações voltam ao normal. Apenas nos olhamos num silêncio que diz mais que muitas palavras.
Mas, para meu transtorno, este silêncio é quebrado por vozes que vêm do salão. Demoro um momento para processar o que estou ouvindo.
— Se ainda está na cama, tem que estar doente. Ele nunca está na cama a estas horas. Christian nunca se levanta tarde.
— Senhora Grey, por favor.
— Taylor, não pode me impedir de ver meu filho.
— Senhora Grey, ele não está sozinho.
— O que quer dizer com não está sozinho?
— Está com alguém.
— Oh... — Até eu posso ouvir a descrença em sua voz.
Pisco rapidamente, olhando para ela, com olhos arregalados, com horror humorado. Por essa eu não esperava.
— Merda! É minha mãe.

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